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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Tralhas

Ontem à noite fiz algo que deveria ter feito já há algum tempo, mas que, por um motivo ou outro (eles sempre existem), fui protelando: limpei e organizei minha mesa no escritório de casa (ou home-office, como se costuma dizer hoje em dia).
Fiquei impressionado com a quantidade de tralha e de papéis antigos e inúteis que encontrei.
O cesto de lixo ficou cheio em minutos.
Depois dessa "faxina", consegui arrumar até um bom espaço nas gavetas. Só espero que não junte mais tralha. Se bem que isso não posso prometer...
No domingo, já havia feito o mesmo com uma caixa enorme com o material da faculdade. Literalmente, coisas do século passado. Descartei tudo, sem dó, nem piedade.
Senti alguns calafrios durante o processo, talvez nem tanto pela tarde fria e chuvosa, mas sim pelas lembranças de algumas matérias tenebrosas e de alguns professores de classificação não muito melhor.
Mas o saldo foi positivo: mais lugar na estante da lavanderia, e alguns fantasmas devidamente exorcizados.
Certas lembranças ficam assim, como tralhas, guardadas nas gavetas ou caixas, por anos a fio. Quanto mais inertes, melhor.
Mas se, um dia, mexermos nelas, é melhor que as descartemos de vez. Sem dó, nem piedade.
Almas e gavetas limpas nos fazem bem.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Voz e sorriso, uma combinação certeira

Esta cantora e compositora norte-americana, nascida em Nova Iorque em 25 de junho de 1945, para mim, dispensa maiores apresentações.
Dona de uma voz marcante, começou cantando música folk na década de 60, e emplacou muitos sucessos ao longo de sua carreira, tais como The Right Thing to Do, You're So Vain, Nobody Does It Better, Let the River Run, You Know What to Do e Coming Around Again.
Seu sorriso parece que não tem fim, como pode ser visto abaixo.
Seu nome? Para quem ainda não matou a charada, é Carly Elisabeth Simon, ou simplesmente Carly Simon.
É outra boa dica para quem ainda não conhece a certeira combinação de voz macia e sorriso contagiante.


Esta imagem eu tirei daqui.

Sua página oficial na rede é: http://www.carlysimon.com/index.shtml.
Lá você pode ler mais a respeito dessa importante artista, e ver muitos de seus vídeos.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Cena urbana normal - 4

Esta é uma cena urbana natural, sem resquícios da estupidez humana.
Mais uma daquelas tardes quentes de final de inverno. Brisa apenas suficiente para mover as folhas.
Céu completamente cinza, mas sem nuvens, resultado das muitas queimadas e da ausência de chuva. O tempo seco permanecia implacável.
Da minha janela do escritório, noto um movimento diferente. Começo a procurar na árvore mais próxima, mas não vejo nada.
Depois de alguns instantes, lá está ele. Um pica-pau, fazendo aquilo que lhe dá o nome. Está preparando o ninho. Vejo-o saindo do buraco. É um pica-pau carijó (Colaptes melanochloros).
Caço a máquina fotográfica mais próxima, saio e chego mais perto. Consigo fazer algumas fotos com o zoom, mas saem tremidas.
Bem devagar, vou me aproximando. Ele fica imóvel, mas atento.

Quando me vê alguns centímetros mais perto, começa a subir pelo galho, e faz a pose para a foto.

Vantagens de se trabalhar cercado por árvores, certo? Sou um felizardo.
A natureza segue seu curso, apesar de nós, e não por nossa causa, e apesar de uns e outros acharem que o centro do universo está mais próximo de seus umbigos.
Você tem dúvidas de que a Terra sobreviveria sem a nossa espécie?

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Ela chegou de repente...

Ela chegou de repente, de madrugada.
Fez-se anunciar invadindo e batendo portas, derrubando e espalhando folhas pelo chão.
Acordou toda a casa.
Derrubou alguns vasos, agredindo algumas plantas. Que teriam elas com isso? Elas pareciam apenas ansiosas...
Rosto rubro. Ou seriam tons de laranja-pálido? Não sei dizer ao certo.
Sibilou, entre dentes, um sussurro às vezes agudo, às vezes grave.
Levantei-me e saí, meio ressabiado.
Vi tudo quieto. Suas marcas ainda estavam por lá. Não, não foi um sonho.
Tumultuou, assustou e desapareceu.
Ou teria ficado, mas não notei, vencido que fui pelo sono?
Voltou pela manhã.
Chegou quieta, mas com semblante escurecido. Seria vergonha pela noite anterior?
Ficou rondando, como que à espreita.
Parecia não saber ao certo o que queria, ou o que iria fazer.
Talvez não soubesse bem como agir, pelo tempo que permaneceu longe de nós.
Há alguns dias, disseram-me não acreditar que viria tão cedo.
Outros, que já era para ter chegado. Disseram até duvidar de que ela viria, mesmo.
Só sei que ela chegou. Tímida, é certo. Ainda meio sem jeito.
Enfim, deu o ar de sua graça.
Apesar de tudo, já estava com saudades.
Espero que fique mais um tempo.
Mas só molhou o asfalto, depois de tê-lo sujado.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Tempo seco 5

Calor sufocante, umidade relativa do ar abaixo de qualquer crítica, e água só nas torneiras (quer dizer, às vezes, nem isso, pois a pressão da água varia tanto ao longo do dia que escorrer seria a expressão mais adequada).
Viajando por estradas em que as queimadas são quase onipresentes, as paisagens não são muito diferentes desta:



Você pensa que o tempo está nublado?
Engano seu. No horizonte, apenas uma mistura de fumaça e poeira. Os pastos estão tão secos que o capim quase se esfarela ao toque. O gado está com as costelas à mostra.

E, ao chegar à minha cidade, deparei-me com esta cena. Só uma palavra: deprimente.



Quando será que a chuva nos dará o ar de sua graça? E, quando chegar, virá com aquela fúria represada, em um ataque repentino e cruel?
Começo a ficar preocupado...

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Mas isso é uma falta de educação!

O título do post tem tudo a ver com esta notícia, que já tem alguns dias.
Você pode vê-la aqui.

Na Folha:
13/09/2010 - 09h46
1/5 dos estudantes brasileiros sai do colegial com matemática de 4ª série

DE SÃO PAULO
Um quinto dos alunos que terminam o ensino médio no Brasil não sabe em matemática nem o que se espera para um estudante do 5º ano (ou 4ª série) do fundamental. A informação é da reportagem de Antônio Gois publicada na edição desta segunda-feira da Folha (íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL).
Ainda de acordo com o texto, apenas 11% têm conhecimento adequado para este nível de ensino na disciplina. No caso dos estudantes com conhecimento abaixo do 5º ano, isso significa que fazem apenas operações básicas como soma e divisão. Ao se depararem com gráficos com mais de uma coluna ou na hora de converter medidas --como quilogramas em gramas-- apresentam dificuldades.
Os dados foram obtidos pela Folha a partir da Prova Brasil e do Saeb, exames do Ministério da Educação que avaliam alunos de escolas públicas e particulares em matemática e português. Entre todos os níveis analisados --a prova avalia alunos no 5º e 9º anos do fundamental, além da última série do médio--, o pior desempenho foi em matemática no 3º ano do antigo colegial.


Acredito que o problema não é só em matemática.
Parece-me que, de uma maneira geral, o conhecimento dos alunos é cada vez menor.
Às vezes recebo aqueles e-mails com supostas "pérolas do ENEM". Se são todos verdadeiros, sinto arrepios quando penso que o país estará, em breve, nas mãos (e nas cabeças) de pessoas sem qualquer nível de preparo para enfrentar os desafios que se imporão. Se ao final do colegial (sim, no meu tempo era esse o nome) temos falhas como as citadas na reportagem, que condição têm esses alunos para enfrentar a universidade?
Que tipo de mentalidade, de conhecimento e de consciência crítica terão esses jovens? Como terão base teórica para questionar posições demagógicas e supostamente libertadoras de um modelo dito ultrapassado? Como saberão comparar fatos atuais com fatos históricos? Como farão as devidas correlações para descobrir que a História se repete, só mudando um pouco as "cores ideológicas"? Como saberão identificar teses fascistas travestidas de modernas e inclusivas?
Será que estamos num caminho sem volta, e que leva à ignorância coletiva?
Sou contra essa tal "empurração continuada". Sou do tempo em que o aluno, se não soubesse, "repetia de ano". Alguns amigos passaram por isso. É claro que o problema não é só esse, sendo um pouco mais complexo: estrutura física, formação, remuneração e qualificação dos professores, educação dos alunos (aquela que deveria vir de casa, e que muitos pais "delegam"), material didático, métodos de ensino, só para citar alguns.

A segunda florada dos ipês

Mais uma série de viagens, tendo como companhia o asfalto e a palidez irritante do céu que vai voltar a ser azul.
Nesses caminhos, certas paisagens merecem uma parada e alguns cliques.
É uma segunda florada dos ipês amarelos. Eles estão por toda parte, nos campos e nas cidades.
Em alguns casos, aparecem acompanhados de uns poucos e ainda tímidos ipês brancos.
Pena que a florada destes seja tão breve. Muitas vezes não temos a chance de captá-los como deveriam.
Mas algumas imagens dos amarelos alegram nossas vidas.







E para fechar com chave de ouro (aliás, uma cor bem pertinente neste caso), uma crônica de Rubem Alves, que você pode ler no original aqui. Um primor irretocável.

Os ipês estão floridos

Thoureau, que amava muito a natureza, escreveu que se um homem resolver viver nas matas para gozar o mistério da vida selvagem será considerado pessoa estranha ou talvez louca. Se, ao contrário, se puser a cortar as árvores para transformá-las em dinheiro (muito embora vá deixando a desolação por onde passe), será tido como homem trabalhador e responsável. Lembro-me disso todas as manhãs, pois na minha caminhada para o trabalho passo por um ipê rosa florido. A beleza é tão grande que fico ali parado, olhando sua copa contra o céu azul. E imagino que os outros, encerrados em suas pequenas bolhas metálicas rodantes, em busca de um destino, devem imaginar que não funciono bem.

Gosto dos ipês de forma especial. Questão de afinidade. Alegram-se em fazer as coisas ao contrário. As outras árvores fazem o que é normal - abrem-se para o amor na primavera, quando o clima é ameno e o verão está prá chegar, com seu calor e chuvas. O ipê faz amor justo quando o inverno chega, e a sua copa florida é uma despudorada e triunfante exaltação do cio.

Conheci os ipês na minha infância, em Minas, os pastos queimados pela geada, a poeira subindo das estradas secas e, no meio dos campos, os ipês solitários, colorindo o inverno de alegria. O tempo era diferente, moroso como as vacas que voltam em fim de tarde. As coisas andavam ao ritmo da própria vida, nos seus giros naturais. Mas agora, de repente, esta árvore de outros espaços irrompe no meio do asfalto, interrompe o tempo urbano de semáforos, buzinas e ultrapassagens, e eu tenho de parar ante esta aparição do outro mundo. Como aconteceu com Moisés, que pastoreava os rebanhos do sogro, e viu um arbusto pegando fogo, sem se consumir. Ao se aproximar para ver melhor, ouviu uma voz que dizia: “Tira as sandálias dos teus pés, pois a terra em que pisas é santa”. Acho que não foi sarça ardente. Deve ter sido um ipê florido. De fato, algo arde, sem queimar, não na árvore, mas na alma. E concluo que o escritor sagrado estava certo. Também eu acho sacrilégio chegar perto e pisar as milhares de flores caídas, tão lindas, agonizantes, tendo já cumprido sua vocação de amor.

Mas sei que o espaço urbano pensa diferente. O que é milagre para alguns é canseira para a vassoura de outros. Melhor o cimento limpo que a copa colorida. Lembro-me de um pé de ipê, indefeso, com sua casca cortada a toda volta. Meses depois, estava morto, seco. Mas não importa. O ritual de amor no inverno espalhará sementes pela terra e a vida triunfará sobre a morte, o verde arrebentará o asfalto. A despeito de toda a nossa loucura, os ipês continuam fiéis à sua vocação de beleza, e nos esperarão tranqüilos. Ainda haverá de vir um tempo em que os homens e a natureza conviverão em harmonia.

Agora são os ipês rosa. Depois virão os amarelos. Por fim, os brancos.

Cada um dizendo uma coisa diferente. Três partes de uma brincadeira musical, que certamente teria sido composta por Vivaldi ou Mozart, se tivessem vivido aqui.

Primeiro movimento, “Ipê Rosa”, andante tranqüilo, como o coral de Bach que descreve as ovelhas pastando. Ouve-se o som rural do órgão.

Segundo movimento, “Ipê Amarelo”, rondo vivace, em que os metais, cores parecidas com as do ipê, fazem soar a exuberância da vida.

Terceiro movimento, “Ipê Branco”, moderato, em que os violoncelos falam de paz e esperança. Penso que os ipês são uma metáfora do que poderíamos ser. Seria bom se pudéssemos nos abrir para o amor no inverno...

Corra o risco de ser considerado louco: vá visitar os ipês. E diga-lhes que eles tornam o seu mundo mais belo. Eles nem o ouvirão e não responderão. Estão muito ocupados com o tempo de amar, que é tão curto. Quem sabe acontecerá com você o que aconteceu com Moisés, e sentirá que ali resplandece a glória divina... (Tempus Fugit, pág. 12).

domingo, 19 de setembro de 2010

Rock Progressivo

Eis um ramo do rock bastante controverso.
Uns amam, outros odeiam. Parece-me que ninguém fica indiferente a esse estilo.
Eu, particularmente, gosto.
E indico, desta vez, um grupo inglês formado no metade da década de 70, que tem um som muito bem trabalhado.
É o The Alan Parsons Project, cuja formação variou durante sua existência, com os seguintes integrantes: Alan Parsons, tecladista, produtor, engenheiro; Eric Woolfson, tecladista, produtor executivo; Andrew Powell, tecladista, arranjo para orquestra; Ian Bairnson, guitarrista; Baixo: David Paton (1975-1985) e Laurie Cottle (1985-1987); Bateria, Percussão: Stuart Tosh (1975-1977) e Stuart Elliott (1977-1987); Saxofone, Teclado: Mel Collins (1980-1984) e Richard Cottle (1984-1987); Vocais: Eric Woolfson, Lenny Zakatek, John Miles, Chris Rainbow, Colin Blunstone, David Paton, e muitos outros.
Na Wikipedia, há uma página sobre o grupo aqui.

Esta é a capa do disco Ammonia Avenue, de 1984, editado pela Arista Records.

A imagem foi tirada daqui.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Falar outras línguas é importante

Recebi agora há pouco uma mensagem, cujo texto reproduzo.
Sei que ela circula pela rede, mas não sei sua origem.
Só sei que dei boas risadas.

O Brasil sediará a Copa de 2014. Como muitos turistas de todo mundo estarão por aqui, é imprescindível o aprendizado de outros idiomas (em particular o inglês) para a melhor comunicação com eles.
Pensando em auxiliar no seu aprendizado, foi formulada uma solução prática e rápida!!
Chegou o sensacional e insuperável curso "The Book is on the Table", com muitas palavras que você usará durante a Copa do Mundo de 2014.

Veja como é fácil!

a) Is we in the tape! = É nóis na fita.
b) Tea with me that I book your face = Chá comigo que eu livro sua cara.(essa é SEN-SA-CI-O-NAL!!!!!)
c) I am more I = Eu sou mais eu.
d) Do you want a good-good? = Você quer um bom-bom?
e) Not even come that it doesn't have! = Nem vem que não tem!
f) She is full of nine o'clock = Ela é cheia de nove horas.
g) I am completely bald of knowing it. = Tô careca de saber.
h) Ooh! I burned my movie! = Oh! Queimei meu filme!
i) I will wash the mare. = Vou lavar a égua.
j) Go catch little coconuts! = Vai catar coquinho!
k) If you run, the beast catches, if you stay the beast eats! = Se correr, o bicho pega, se ficar o bicho come!
l) Before afternoon than never. = Antes tarde do que nunca.
m) Take out the little horse from the rain = Tire o cavalinho da chuva.
n) The cow went to the swamp. = A vaca foi pro brejo!
o) To give one of John the Armless = Dar uma de João-sem-Braço.

Gostou?
Quer ser poliglota?
Na compra do "The Book is on the Table" você ganha inteiramente grátis o incrível "The Book is on the table - World version"!!!

Outras línguas:

CHINÊS
a) Cabelo sujo: chin-champu.
b)Descalço: chin chinela.
c) Top less: chin-chu-tian.
d) Náufrago: chin-chu-lancha.
f) Pobre: chen luz, chen agua e chen gaz.

JAPONÊS
a) Adivinhador: komosabe.
b) Bicicleta: kasimoto.
c) Fim: saka-bo.
d) Fraco: yono komo.
e) Me roubaram a moto: yonovejo m'yamaha.
f) Meia volta: kasigiro.
g) Se foi: non-ta.
h) Ainda tenho sede: kiro maisagwa.

OUTRAS EM INGLÊS:
a) Banheira giratória: Tina Turner.
b) Indivíduo de bom autocontrole: Auto stop.
c) Copie bem: copyright.
d) Talco para caminhar: walkie talkie.

RUSSO
a) Conjunto de árvores: boshke.
b) Inseto: moshka.
c) Cão comendo donut's: Troski maska roska.
d) Piloto: simecaio patatof.
e) Prostituta: Lewinsky.
f) Sogra: storvo.

ALEMÃO
a) Abrir a porta: destranken.
b) Bombardeio: bombascaen.
c) Chuva: gotascaen.
d) Vaso: frask.

domingo, 12 de setembro de 2010

Teia de Aranha - Especial

A Teia de Aranha de hoje é especial.
Quem é mais experiente deve se lembrar da seguinte narração:
"O espaço, a fronteira final. Estas são as viagens da nave estelar Enterprise, em sua missão de cinco anos, para exploração de novos mundos, para pesquisar novas vidas, novas civilizações... Audaciosamente indo onde nenhum homem jamais esteve".

No YouTube você pode ouvir a abertura, com dublagem feita pela AIC São Paulo, aqui.

Esta é minha homenagem a este clássico da ficção científica. Literalmente, um verdadeiro universo a ser explorado.

A notícia no Estadão aqui:

Há 44 anos, começava a Jornada nas Estrelas
por Carlos Orsi
Seção: Dia-a-dia
História
10.setembro.2010 08:27:52

Sou um fã dessa série. Lembro-me de ter assistido a quase todos os episódios, e também aos primeiros filmes.
Só não gostei das séries derivadas. Penso que sou um conservador saudosista.
Assisti ao último filme, Star Trek, de 2009, dirigido por J. J. Abrams, em DVD. Foi muito bem feito. Na Wikipedia há uma página sobre ele, aqui.

Há várias páginas na rede que falam sobre este fascinante universo trekker.
Este é o link da Wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jornada_nas_estrelas
Há também o http://www.trekbrasilis.org/

Seguem três fotos, uma pequena amostra do que se pode garimpar na rede.


A tripulação da NCC-1701 - USS Enterprise (não sei qual é a fonte original, pois muitos sites têm a mesma imagem; foi tirada do www.minhainfancia.com.br).


A nave mais famosa da ficção científica. Dispensa maiores apresentações. Imagem tirada do ultradownloads.uol.com.br (é só buscar wallpaper de Jornada nas Estrelas).


A tripulação no filme A Ira de Khan, e foi tirada de www.trekkercultura.com.br.

São muitas imagens disponíveis na rede. O difícil é escolher quais devem ser mostradas. E esta é uma escolha pessoal de cada trekker.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Palavra do dia

A palavra do dia é:
Chicana sf.
1 Jur. Ação ou resultado de impedir ou dificultar o andamento de um processo, com argumento ou questão irrelevante, ligada a aspectos técnicos ou a sutilezas e detalhes das leis;
2 Uso abusivo, distorcido, das formalidades, tecnicidades e sutilezas próprias ao funcionamento da justiça ou, p.ext., de outras instituições e atividades;
3 P.ext. Argumentação ou contestação ou outra ação judicial feita com má fé; qualquer astúcia ou trapaça em litígios judiciais: Um advogado que abusa das chicanas;
4 P.ext. Ação capciosa, manobra de má-fé; ardil; fraude; tramoia; trapaça.: chicana política;
5 Aut. Passagem estreita em zigue-zague no traçado da pista, para forçar os pilotos a reduzirem a velocidade dos veículos.

[F.: do fr. chicane 'id', derivado regressivo de chicaner 'perseguir na justiça'. Sin. nas acps. 1 e 2: chicanice. Hom./Par.: chicana (sf.), chicana (fl. de chicanar)]

A palavra associada é:
Chicaneiro ou chicanista a.
1 Que faz chicanas, que se aproveita de detalhes ou aspectos técnicos da lei ou de um regulamento para criar situação vantajosa ou se livrar de adversidades (advogado chicaneiro);
2 Diz-se do que é ou resulta de chicana(s), de ardis, maquinações, trapaças (manobra chicaneira);
3 Que se atém ou dá atenção exagerada, mesquinha ou distorcida aos detalhes e tecnicalidades de uma situação, em prejuízo da boa, rápida e justa resolução das questões mais importantes;
4 Que usa argumentos palavrosos, ou bem construídos mas sem boas intenções (discurso chicaneiro).

sm.
5 Pessoa chicaneira.

Exemplo:
Ele acusou a Justiça de lenta e chicaneira.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Tempo seco 4

Sábado, final da tarde, e noto algo que traz alguma esperança: há nuvens no céu, depois de muitos dias de céu limpo.
Ao anoitecer, o céu está totalmente nublado, e outra presença se faz notar: o vento mais forte, em rajadas. Aquela frente fria está lá longe, no litoral.
São condições que, somadas, já foram prenúncios de “virada” no tempo.
Pensei que, finalmente, a tão esperada chuva viria para nos presentear com aquele gostoso cheiro de terra molhada.
Vou dormir mais contente, mas ao mesmo tempo mais preocupado. No domingo, logo cedo, o pintor virá para terminar alguns recortes e passar o grafite no quintal e na calçada. Mas isso só será feito se tudo estiver seco...
Sentimentos conflitantes: uma parte quer matar a saudade da chuva, e outra parte quer ver o serviço terminado.
Amanhece e constato que a chuva não veio, e o céu está mais limpo do que nunca.
O pintor veio, mas um de seus pincéis sumiu. Inadvertidamente, deve ter ido para o lixo. Ele disse que iria buscar outro em sua casa e voltaria em seguida.
Ele apareceu por aí? Não? Então, nem por aqui.
Continuo esperando. O pintor e a chuva.

Calou-se a voz do Primeira Hora

Na Folha:
Íntegra aqui.
06/09/2010 - 00h00
Lourival Nascimento Pacheco (1935 - 2010) - A voz da "Primeira Hora" de SP

Em 1983 eu estava me preparando para o vestibular de engenharia. Minha mãe, professora, ia para a escola e me deixava em frente ao prédio onde funcionava o cursinho.
O fusquinha verde oliva (seu apelido na turma era Osório, pois se parecia, pela cor, com um dos carros de combate do Exército) só tinha o rádio AM. Logo ao entrar no carro, eu sintonizava uma rádio que retransmitia o Primeira Hora.
Lembro-me de ouvir o Lourival dizendo que os "passaros de prata" da ponte aérea pousavam e decolavam normalmente no Aeroporto de Congonhas. Naquele tempo, ainda operavam os Lockheed L-188 Electra, turboélice com quatro motores. Este modelo foi exclusivo na ponte aérea de 1975 a 1991.
Segundo a lenda, dizia-se que, se necessário, ele poderia voar só com um dos motores, caso os outros três falhassem. Não sei se isso aconteceu alguma vez, mas não me lembro de casos de acidentes com esses aviões na história da rota São Paulo-Rio.
Na Wikipedia há uma página sobre o Electra.
Para lembrar desse avião, segue uma foto que tirei de www.jetsite.com.br. Para quem gosta de aviões, como eu, este site é bem interessante.
Ela mostra um dos Electra da Varig, o PP-VJM. Ao fundo, notem a cidade de São Paulo, vista do pátio de Congonhas. Uma viagem ao passado.

domingo, 5 de setembro de 2010

Homem e Meio – um é produto do outro?

Por um lado, o homem é um produto do meio, segundo uma leitura da teoria existencialista.
Sartre cunhou primeiramente o conceito “a existência precede e governa a essência”.
O indivíduo, no princípio, somente tem a existência comprovada. Com o passar do tempo ele incorpora a essência em seu ser, não existindo uma essência pré-determinada.
Com esta frase, os existencialistas rejeitam a idéia de que há no ser humano uma alma imutável, desde os primórdios da existência até a morte. Esta essência será adquirida através da sua existência. O indivíduo por si só define a sua realidade.
Em 1946, no "Club Maintenant" em Paris, Jean Paul Sartre pronuncia uma conferência, que se tornou um opúsculo com o nome de "O Existencialismo é um Humanismo". Nele, ele explica a frase acima:
"... se Deus não existe, há pelo menos um ser, no qual a existência precede a essência, um ser que existe antes de poder ser definido por qualquer conceito, e que este ser é o homem ou, como diz Heidegger, a realidade humana. Que significa então que a existência precede a essência? Significa que o homem primeiramente existe, se descobre, surge no mundo; e que só depois se define. O homem, tal como o concebe o existencialista, se não é definível, é porque primeiramente é nada. Só depois será, e será tal como a si próprio se fizer."

Mas, por outro lado, o meio é produto do homem? O mundo como o vemos é produto da ação sistemática e voluntária do homem?
Segundo Durkheim, o homem é produto do meio, e ele cumpre à risca as regras impostas pela sociedade. Assim, o homem é mais influenciado pelo meio do que o meio pelo homem.
O homem precisa de leis para viver em sociedade, com regras e coerção, pois se não houvesse leis, a sociedade estaria doente. A coerção social, por sua vez, é o remédio da sociedade, é a força que os fatos exercem sobre os indivíduos, levando-os a se conformar com as regras da sociedade. O grau de coerção se torna evidente com a sanção, que é dividida entre sanções legais, que são as prescritas pela sociedade sob forma de leis, e as sanções espontâneas são as que surgem em decorrência de condutas não adaptadas pela sociedade (costumes).

Esse nó filosófico vem atormentando os pensadores desde a Grécia antiga, e não sei se conseguiremos chegar a um consenso, pois este traz em si o germe da unanimidade, e toda unanimidade é essencialmente burra.

Mas alguns exemplos podem reforçar a tese de que uma parcela do meio, no caso, o meio ambiente, é produto do homem. O que me dizem a respeito?



Palavra do dia

A palavra do dia é:
Fraudar v.
1 Cometer fraude em prejuízo de (pessoa física ou jurídica). [td.]
2 Falsificar, adulterar. [td.]
3 Agir com o intuito de iludir, ludibriar. [td.]
4 Fazer contrabando de; contrabandear. [td.]
5 Fazer fracassar; frustrar. [td.]

A palavra associada é:
Fraude sf.
1 Ação desonesta realizada com o propósito de enganar alguém ou burlar regras e leis vigentes .
2 Falsificação de marca, produtos patenteados, documentos etc.
3 Contrabando.
4 Fig. Aquilo ou aquele que não é verdadeiro.

Exemplo: O documento foi fraudado.

Certas coisas que acontecem conosco

Certas coisas acontecem conosco, e pensamos que estamos em algum tipo de inferno astral. Os “especialistas” dizem que esse período ocorre pouco antes do aniversário, só que o meu foi em junho...
Há alguns dias, bateram no para-choque do meu carro. Uma pick-up, ao manobrar, abriu um rombo na lâmina de plástico com o engate de carreta.
Lá se foi minha condução para a oficina. A pessoa, consciente e generosa, emprestou-me o seu próprio carro enquanto durou o conserto. Por sorte, praticamente nem precisei usá-lo.
O carro ficou pronto, devolvi o carro emprestado, peguei o meu, conferi o serviço e fui embora, todo feliz. Até aí, tudo bem.
Estacionei em frente à minha casa, do outro lado da rua, pois precisaria sair logo em seguida. Demorei apenas alguns minutos e, ao sair, deparei-me com uma cena comum: meu vizinho estava tirando seu carro da garagem.
Voltei-me para a porta de casa, para impedir que minha pit-bull saísse para um “passeio” na calçada. Tudo absolutamente normal.
Mas a surpresa estava a caminho.
Ao olhar novamente para a rua, o Uno começou a aproximar-se perigosamente de meu carro, limpinho e encerado.
Não deu nem tempo de pensar em gritar. Lá veio aquele barulho tenebroso, e surgiu um “belo amassado” bem no meio da porta do motorista.
Serão mais alguns dias de dor de cabeça, esperando que meu carro passe novamente pelo “estaleiro”. Foram menos de 50 minutos de satisfação.
Parece encomenda, não é mesmo?

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Palavra do dia

A palavra é:

Soberba sf.
1 Orgulho desmedido; arrogância; presunção.
2 Elevação, altura de uma coisa em relação a outra.

Penso que não precisamos de exemplo. Basta saber ler, e nem precisa ser nas entrelinhas.

A verdadeira teia de aranha

Outra daquelas manhãs bastante ensolaradas, com vento insistente e secura de deserto. Nem precisaria citar que o céu está de um "profundo" azul pálido, pois ele já se tornou uma onipresença garantida neste "inverno".
Caminho até a padaria para buscar o tradicional pãozinho.
Ao passar por entre um muro e uma árvore, sinto aquela sensação estranha e desagradável: uma teia de aranha gruda-se nos braços e no peito.
Segue-se então aquele frenético balé, passando as mãos nos braços e na roupa, tentando retirar essa estranha entidade que existe, mas que parece não estar lá. Geralmente, só a percebemos depois de nos enrolarmos nela.
Essa é mais uma das muitas ocasiões em que isso aconteceu.
Sou um mestre premiado em encontrar teias de aranha pelos caminhos, tanto urbanos, quanto rurais.
Ainda bem que os atuais aracnídeos não nos têm como presas.