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sábado, 30 de outubro de 2010

Alguém sabe onde fica?

Eu gostaria muito de saber onde fica esse tal planeta maravilhoso das propagandas, para poder me mudar imediatamente. Ou talvez no próximo voo, para dar tempo de arrumar a mala.
Lá tem sempre:
- dias ensolarados e com temperatura agradável;
- noites bem dormidas e livres de insetos;
- estações do ano perfeitamente definidas;
- famílias perfeitas, com papai, mamãe, filhinho mais velho e filhinha mais nova, com o respectivo cachorro, sempre limpinho, todos sempre muito sorridentes e bem arrumados, logo pela manhã. E com um farto café da manhã;
- casas espaçosas, bem iluminadas, muito limpas e arrumadas, e com cortinas esvoaçantes pela brisa agradável;
- carros que são os melhores do mundo, perfeitos, luxuosos, econômicos e com preços imperdíveis, não importando a marca ou os inúmeros recalls, e que andam em ruas sempre bem asfaltadas e desimpedidas;
- postos de abastecimento nos quais os frentistas fazem de tudo para você. Até enchem o tanque;
- cremes dentais sempre recomendados por nove entre dez dentistas, não importando a marca (essa matemática não fecha, claro), e que resolvem todos os problemas bucais como num passe de mágica (esses mesmos dentistas vivem de quê? Merchandising?);
- estradas perfeitas, sem buracos, bem sinalizadas e bem projetadas;
- praias sempre limpas, com areias branquinhas e águas com temperatura agradável;
- cerveja sempre estupidamente gelada, mas sem congelar, servida por mulheres absurdamente bonitas;
- cremes, shampoos, tinturas, desodorantes, perfumes e afins que não causam alergia;
- pessoas bonitas, saradas, com barriga tanquinho, e tudo com apenas cinco minutos diários de esforço;
- cartões de crédito que nunca nos dão dor de cabeça com faturas erradas, e que nos presenteiam com milhagens, com marcação de jantares, compra de entradas para eventos, entre outras "vantagens";
- bancos que são como "mães" para os clientes, e sem filas intermináveis;
- sorteios em que se ganha sempre;
- empresas que são verdadeiros paraísos na Terra para se trabalhar.

Alguém aí sabe qual é, ao menos, a galáxia? Ou a coordenada, para eu procurar no Google Earth?

A rendição

Um dos últimos lugares da Terra que estavam livres da praga do celular acaba de se render.
Veja a íntegra da notícia aqui.

28/10/2010 - 14h08
Passageiros da TAM já estão liberados para usar celular a bordo

O duro vai ser aguentar aqueles papos "muito importantes", que ninguém precisaria ouvir, durante boa parte do voo.
E tem o clássico: "já estou chegando, pode ir para o aeroporto".
O que vai ter de suposto executivo engravatadinho, com ares de superioridade, tratando de assuntos que definirão os destinos da humanidade, e que não podem esperar uma hora que seja...
Se tem uma coisa deselegante, é isso: atender celular e ficar aos berros, como se não houvesse mais ninguém por perto.
Ainda bem que esse "desserviço" vai custar caro.
Cá entre nós: será que é tão difícil ficar por algum tempo "fora do ar"?

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Uma grande perda para a humanidade

Na Veja, aqui.

Polvo Paul, o vidente da Copa 2010, morre na Alemanha

Ele foi a grande estrela da Copa da África do Sul, em dois papéis: fazendo a alegria de muitos apostadores, e sendo o terror das seleções que participaram de suas previsões. A Alemanha que o diga...
Reza a lenda que ele teria se recusado, um pouco antes de morrer, a prever o resultado das eleições no Brasil.
Mas tem sido assim: os bons vão primeiro, e os ruins ficam para aporrinhar.

De vento em popa

No Estadão, aqui.
A manchete:
Força dos ventos gera energia e negócios no País
Com queda no preço da energia eólica, projetos do setor vão multiplicar por sete a capacidade instalada no Brasil até 2013

Nos últimos tempos tem sido difícil, mas, às vezes, a gente lê boas notícias como essa.
A energia eólica é renovável e não poluente. A expansão das unidades geradoras aumenta a oferta de energia, sem sujar a matriz, e a expansão da produção dos equipamentos gera aumento de empregos e aumenta o recolhimento de impostos (se bem que já passamos de R$ 1 trilhão de arrecadação - sabe o que é isso? Olha só: R$ 1.000.000.000.000,00).
Sobre isso a gente fala outra hora...

domingo, 24 de outubro de 2010

Honestidade

Nestes tempos meio esquisitos, nos quais parece que o certo é o errado, e o errado assume ares de certo, seguem os versos do refrão da música Honesty, do grande William Joseph Martin Joel, nascido no Bronx, em 9 de Maio de 1949, mais conhecido como Billy Joel:

Honesty
Is such a lonely word
Everyone is so untrue
Honesty
Is hardly ever heard
And mostly
What I need from you


Penso que não é preciso acrescentar mais nada. Basta uma séria reflexão.
E lembrem-se: no dia 31, temos o segundo turno.
Vote. Não se omita. Tenha bons motivos para, depois, poder cobrar os novos governantes.
Segue uma frase exemplar, do economista inglês Arnold Toynbee (1852-1883):
“O maior castigo para aqueles que não se interessam por política, é que serão governados pelos que se interessam.”
Uma boa semana a todos.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Condomínio animal

Esta eu vi num rancho, sob o beiral da varanda.
O dono colocou lá a casinha, digamos, pré-fabricada, para que algum pássaro fizesse seu ninho.
Entretanto, algum tempo depois, apareceu a outra.
Fico me perguntando: será que há uma crise habitacional no mundo animal?
Ou seria apenas o desejo de ter uma boa vizinhança?
O único problema é o choro das crianças de baixo incomodar as crianças de cima, ou vice-versa... Aí, ninguém dorme, e quem sofre no dia seguinte são os pais, que têm que sair para "trabalhar" sem dormir.
Alguma semelhança com certa espécie bem conhecida?

Abraço apertado

De longe pode parecer que está tudo normal, ou seja, seria apenas mais uma árvore.



Mas, olhando de perto, dá para ver: são duas, e uma abraçou fortemente o tronco da outra. E há um bom tempo, pelo tamanho de ambas.



Apesar disso, as duas parecem bem saudáveis.
E a imagem é bem interessante.
Outro título bem que poderia ser: daqui não saio, daqui ninguém me tira.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A partida de um Anjo

Ela chegou numa noite fria e chuvosa de um domingo de outono, pequena, um pouco estressada pela mudança, teimosa, geniosa. Cabia numa caixa de papelão, sua primeira casinha.
Ficou, cresceu e nos conquistou.
Pulou, brincou, correu, puxou roupas do varal, destruiu algumas coisas.
Mas aprendeu a se comportar como uma lady.
Foi amiga, companheira zelosa.
Cuidou de nós, tanto quanto cuidamos dela.
Deu-nos tanto carinho quanto demos a ela.
Nunca pediu nada, a não ser quando comíamos frutas. Aí, aquele olhar pidão era irresistível.
Demos a ela do bom e do melhor.
Chegar em casa e ver aquele rabo abanando não tinha preço. Sua alegria era autêntica.
Espero que tenha sido feliz conosco, assim como fomos muito felizes com ela.
Se ao menos ela pudesse falar, para nos contar o que sentia.
Esperávamos ter a sua companhia por mais alguns anos. Esperávamos poder pegar seus filhotes no colo.
Tínhamos muito ainda que passear, que brincar de bola, que brincar de cabo de guerra.
Partiu por causa da doença silenciosa, a leishmaniose, assintomática no princípio, implacável, que lhe tomou as forças aos poucos.
Segundo seu veterinário, não sofreu ao nos deixar. Não consegui acompanhar seus últimos suspiros. Foi extremamente doloroso. Eu já estava chorando demais.
Sofremos nós, que ficamos sem ela.
Ficou só por quatro anos e meio.
Partiu numa tarde ensolarada e quente de primavera. Voltou para junto dos outros Anjos, seus iguais.
Esta pequena e singela homenagem é muito pouco pelo muito de bom que você trouxe para nossas vidas, pelo muito que você nos ensinou.
Não tenho mais palavras. O nó na garganta é muito maior do que a própria.
Adeus, Madonna. Muito obrigado pela sua companhia.



quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Mais uma vez, um tema domina a mídia 3

Tudo bem. É emocionante. Foi difícil. Foi desafiador. Foi negligência da empresa. Foi uma vitória dos técnicos.
É uma atividade inerentemente perigosa.
Todos são heróis, pela sua garra e pela sua luta.
As famílias estão agradecidas. O mundo está consternado.
Todo mundo está vendo que o presidente do Chile, que andava meio em baixa, está faturando politicamente. Até o Evo apareceu por lá, e faturou uns pontinhos a mais de popularidade.
Todo mundo agora "descobriu" o Chile, inclusive os "especialistas".
Agora preparem-se: em seguida virão as entrevistas para jornais, revistas semanais e mensais (especializadas ou não), programas de TV de todos os tipos e tendências, rádios e internet. Todos terão direito a seus quinze minutos de fama, como diria Andy Warhol. Depois, serão os diários, os livros autobiográficos, as biografias, os romances, as séries e os filmes para TV e cinema, camisetas, bottons, bonés, fitas, tiaras, chaveiros, bandeiras, flâmulas e toda sorte de lembrancinhas.
E as TVs, precisavam ficar naquela imagem 24 horas por dia? E os repórteres, precisavem fazer aquela penca de perguntas óbvias, apenas para requentar o assunto?
O enviado especial relata a vida no acampamento. O repórter Fulano entrevista os familiares. Beltrano detalha a construção da cápsula. A repercussão no Chile. A repercussão no Brasil. A repercussão em Belize, no Tahiti e na Mauritânia.
Querem apostar que vêm aí um Globo Repórter, e um SBT Repórter, e outros programas do gênero, nos próximos dias?
Mais uma vez um tema domina a mídia.
Será que não tem mais nada acontecendo no mundo?

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Dica de música

A dica de hoje é de uma dupla britânica, formada por Roland Jaime Orzabal de la Quintana, nascido em Portsmouth, nos vocais e na guitarra, e por Curt Smith, nos vocais e no baixo.
Suas primeiras composições tiveram forte influência da Teoria do Grito Primal (psicoterapia na qual o paciente é encorajado a reviver e a expressar seus sentimentos básicos, que o terapeuta considera que podem ter sido reprimidos), do psicanalista norte-americano Arthur Janov.
Os dois trabalhos de maior sucesso foram Songs From the Big Chair, de 1985, e Seeds of Love, de 1989.
Para quem ainda não descobriu, é o Tears for Fears, banda com um som que traz tons de jazz e de soul.
Sempre vale uma nova audição.

Esta foto é da capa do Songs from the big chair. Estavam bem novinhos.


Esta outra é mais recente, tirada daqui. O tempo é mesmo implacável.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Voltei 4

O ritmo dos posts está meio baixo.
É fato, e admito. Mas explico.
Ando meio assim, como se dizia antigamente, borocoxô.
Só não consegui detectar exatamente o porquê.
A saúde está boa.
No trabalho, está tudo em ordem.
A família está bem.
Não briguei com ninguém, e alguns antigos “inimigos” estão mais sumidos do que carne no Plano Cruzado (alguém aí lembra dessa?).
Em casa, tudo certo. Só uma tomada de telefone não funciona a contento. Preciso subir na laje para testar os fios. E também tenho que reenvernizar algumas portas. Nada que seja complicado como uma integral de linha, ou uma equação de campo eletromagnético.
A única coisa que preciso resolver é uma cobrança indevida no cartão de crédito. Se não der por bem, partimos para a justiça. Mas isso é “do jogo”. Nada que preocupe tanto assim. A propósito, fica aqui o conselho: se puder deixar seus cartões de lado, para sempre, faça isso. Em breve, pretendo cancelar os meus.
Seria, então, da idade? Afinal, já estou mais para a segunda metade da vida, do que para a primeira. Já entrei nos "enta" faz tempo...
Ou alguma deficiência vitamínica? Dizem que isso pode causar certa irritabilidade.
Ou apenas impaciência? Isso seria um sintoma da “síndrome da velocidade” desses tempos de século XXI? Será que não podemos reduzir o ritmo, sem sentir seqüelas ou termos uma síndrome de abstinência?
Ando com preguiça até mesmo de ler. Quando inicio um texto mais longo, já me irrito se me parece que o autor começa a “enrolar” no tema. Deve ser implicância.
Preciso de ânimo, também porque quero retomar os estudos para concursos. Para isso, é necessário um ritmo um tanto alucinado, para dar conta da família, do trabalho e de toda a matéria, sem descuidar da saúde e dos amigos.
Agora, enquanto escrevo, entra uma brisa fresca e suave pela janela. Respiro fundo. Alguns aromas trazem-me recordações de acertos, vitórias e decisões acertadas.
Fecho os olhos e busco inspiração. Para este texto, e para a próxima etapa de estudos.
A meta se delineia, novamente. O caminho para atingi-la será, mais uma vez, árduo.
Aliás, tem sido assim. Sair da zona de conforto nunca é suave.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Palavra do dia

Achar v.
1 Encontrar (alguém ou algo) que se está ou não procurando [td. Antôn.: perder]
2 Conseguir, alcançar, obter [td.]
3 Descobrir (resultado, modo de fazer algo) [td.]
4 Ter como opinião sobre, considerar, julgar, supor [tdp.] [td. ]
5 Pensar, acreditar [td.]
6 Deparar com, encontrar, constatar (estado de algo) [tdp.]
7 Estar (em determinada condição ou situação ou em determinado momento ou local); encontrar-se [tp.] [ta.]
8 Considerar (certa ação ou atitude) oportuno ou conveniente, optar por, decidir [tr. + de]
9 Contar com, ou receber o auxílio, a proteção, o consolo de [tdr. + com, em]

[F.: Do lat. afflare 'soprar'. Explica-se a evolução semântica pelo fato de o voc. ter or. na linguagem dos caçadores: do sentido primitivo do lat. 'soprar' passou-se ao de 'sentir a proximidade da caça pelo odor, farejar' e, daí, 'descobrir, encontrar (a caça)'. Hom./Par.: acha (fl.), acha (sf.).]

E as palavras associadas:
Achismo sm.
1 Fundamentação de uma ideia, de um conceito, de um julgamento apenas em palpite ou opinião subjetiva, sem qualquer outra base ou evidência.
2 Tendência a ou hábito de ter ideias com tal fundamentação.

Achômetro sm.
1 Bras. Joc. Opinião, julgamento ou impressão, formados de modo intuitivo ou subjetivo, e referidos como um suposto instrumento que dá a capacidade de achar, de emitir opinião ou palpite [Pode ser usado para valorizar a opinião emitida, ou, ao contrário, de modo pejorativo]

Exemplo: Ultimamente, o achismo tem sido muito praticado no Brasil.

Digamos que há também um neologismo, que por aqui pode até atingir o grau de ciência, que é a Achologia. Podemos defini-la como sendo a ciência e a prática do achismo. Ainda estão em desenvolvimento os achômetros, que são os instrumentos que quantificarão os achados.
Não sei não... Mas acho que isso não vai dar muito certo... Mas, se der, certamente seremos grandes candidatos a um Prêmio Nobel.
Se bem que muitos certamente ganhariam o Ig-nobel. Se não ganham é apenas porque não concorrem.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Blade Runner

E, para fechar a noite, segue uma dica de filme.
Comprei o DVD com a chamada "versão do diretor" e, neste último final de semana, assisti a um filme que marcou minha adolescência, Blade Runner.
Alguns anos depois de ver o filme no cinema, li o livro no qual ele se baseou, Do Androids Dream of Electric Sheep, de Philip Kindred Dick.
Obviamente, há diferenças entre as obras, mas ambas valem a pena.
Elas levantam algumas questões filosóficas interessantes, e mostram uma realidade muito mais próxima do que pensamos.
A fala final do replicante Roy nos faz pensar. Aliás, o filme todo nos induz a uma reflexão necessária e que pode chegar a conclusões certamente incômodas.
A trilha sonora, de Evángelos Odysséas Papathanassíu, mais conhecido como Vangelis, com a participação da New Americam Orchestra é simplesmente primorosa.
O sax do "Love Theme" é de arrepiar, e o "End Title" é marcante.

Aqui e aqui há links para dois dois muitos artigos que analisam as obras.

E aqui o cartaz do filme, um clássico da ficção-científica.

Lugar perigoso

O mundo, de maneira geral, tem se tornado um lugar muito perigoso.
O trânsito cada vez mais maluco, o aumento da criminalidade, as pessoas nervosas, estressadas e destemperadas, ruas e estradas esburacadas, construções mal sinalizadas e desprotegidas, tudo isso tem contribuído para que enfrentemos situações difíceis.
Mas alguns locais são mais perigosos do que outros, certo? Às vezes é apenas uma sensação, um desconforto, mas muitas vezes é algo real, quase palpável.
Essa placa retrata bem o problema.







Parece que não apenas as curvas sejam perigosas. Quem frequenta a estrada também leva perigo, não somente aos motoristas, como também ao patrimônio público.
Os estúpidos precisavam treinar tiro ao alvo na placa?

A segunda florada dos ipês - 2

Mais uma viagem, dessa vez impregnada de sensações de viagens há muito realizadas.
Não sei dizer bem o que foi, mas acordei assim, com várias recordações. Enfim, um sensação gostosa.
E, pelas estradas, como não poderia deixar de ser, acabamos nos deparando com paisagens que merecem destaque.
Depois das chuvas da última semana, o verde começou a retornar, e no meio das muitas árvores, ele se destacou. Por isso, mereceu alguns cliques.



segunda-feira, 4 de outubro de 2010

É o cão chupando manga

Certamente você já deve ter ouvido a expressão "é o cão chupando manga".
Há vários significados para ela, tais como coisa muito feia ou bonita, ou situação difícil.
Mas poucas vezes se produziu uma imagem que retratasse o fato.
Pois bem, há algum tempo eu tive a felicidade de produzir alguns cliques que ilustram bem tal expressão.
Divirtam-se.




domingo, 3 de outubro de 2010

Domingo à noite...

No Estadão de 1º de outubro:
Vazamento do Enem completa 1 ano

Veja a íntegra aqui.

O primeiro parágrafo da reportagem:
Um ano após a descoberta do vazamento da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), feita pelo Estado, os cinco acusados ainda não foram ouvidos pela Justiça. O depoimento dos réus está agendado para 12 novembro. Estima-se que a sentença judicial saia até fevereiro. Anteontem, a reportagem que denunciou o vazamento rendeu ao Estado o Prêmio Ayrton Senna de Jornalismo.

E segue o Baile de Gala na Republiqueta de Banânia.
Processos se acumulam até em corredores. Crimes prescrevem ao longo de seu "trâmite".
Condenados não cumprem pena.
A política se tornou uma "profissão".
O povo continua sem educação, sem saúde, sem saneamento básico, sem segurança, sem estradas, portos e aeroportos.
Em compensação, temos leis em profusão, que não servem para nada.
Ah! Sim! Temos a Copa, e também as olimpíadas. Grande coisa... Você, meu caro leitor, vai ganhar alguma coisa com isso? Seja sincero na sua resposta.

Domingo à noite. Ressaca cívica. Na TV e na rede, um tema domina a pauta.
Reflexões, pensamentos misturados e indignados, revolta, desânimo... Seria isso mesmo? Ou seria uma crise da idade?
Deixar um mundo melhor para nossos filhos... Já ouvi isso muitas vezes. Mas estamos deixando filhos melhores para o mundo? Podemos substituir, facilmente, nessas frases, mundo por país, e filhos por povo.
A eleição, finalmente, chegou e passou. Mas vem aí o segundo tempo da partida.
Pensou bem na hora de exercer seu dever cívico?
Sim, é um dever, por mais que tentem convencê-lo do contrário. Se fosse direito, poderia se exercido, ou não. E não me venham com essa conversinha de que, se quiser, não precisa votar. Até pode ser. Mas vá você tentar assumir um cargo, por ter passado em um concurso, se não estiver com suas obrigações eleitorais em dia... E deixe de apresentar o título eleitoral como documento obrigatório para ver se você toma posse...

O dia do barulhinho infernal

Neste domingo de dever cívico, enquanto muitos permaneceram em suas casas, curtindo um churrasco, ou almoço em família, ou coisa parecida, alguns enfrentaram um suplício digno das masmorras medievais.
Para quem vota, ou seja, fica na seção por apenas alguns instantes, já é um martírio. E para quem tem de ficar lá o dia todo?
Você pensa que é fácil aguentar aquele barulhinho infernal da urna eletrônica?
Deveriam pagar um adicional de insalubridade para os mesários.
Ninguém merece aquilo.
Minhas homenagens a essses bravos brasileiros que enfrentaram, resignados, o suplício.
Só que tenho uma má notícia, que tem seu lado positivo.
Dia 31 tem mais barulhinho.