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quinta-feira, 31 de março de 2011

Desejos e necessidades

Caro amigo leitor,
Como estão seus níveis de desejo? Estão compatíveis com suas reais necessidades?
Você tem sido um comprador compulsivo? Tem olhado as vitrines com avidez? Tem acessado com excessiva frequência vários sites de compras? Seu cartão de crédito está no limite do aceitável?
O quê? Já está no limite do seu quinto cartão?
Bem, talvez todos nós estejamos precisando rever nossos conceitos, e baixar a velocidade de nossas vidas.
Vale a visita no site de onde tirei estas imagens, que comparam bem desejos e necessidades, aqui. A página é de Erin Hanson, e se chama Recovering Lazyholic.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Prepare-se, contribuinte!

Essa eu li no Correio Braziliense, aqui.

LEGISLAÇÃO » Veículos deverão usar placas refletivas a partir de 2012

Agência Estado
Publicação: 23/03/2011 17:26
A partir do ano que vem, todos os veículos deverão usar obrigatoriamente placas refletivas nos emplacamentos, segundo resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) publicada no Diário Oficial da União hoje.

É, meu caro leitor contribuinte.
Não basta pagar praticamente 50% do valor do carro em impostos. Ainda temos que pagar o licenciamento, o IPVA e o seguro obrigatório.
Nas estradas, temos os inúmeros pedágios.
Os nossos combustíveis estão entre os piores e mais caros do mundo.
Nossas estradas e ruas são mal projetadas, e estão sempre esburacadas. Os radares são insaciáveis. A sinalização é sofrível.
Temos que "renovar" nossas carteiras de habilitação de 5 em 5 anos, fazendo "cursos" e "exames médicos".
O preço das autopeças e da hora de serviço nas oficinas está pela hora da morte. Nem vou falar sobre os preços das chamadas "autorizadas", porque aí entramos no caso de assalto a mão desarmada.
O preço do seguro não para de aumentar, apesar de o valor dos veículos despencar ladeira abaixo.
Agora nossas "autoridades" vieram com mais esse custo para os nossos já combalidos bolsos.
Alguém aí se lembra do famoso "kit de primeiros socorros", que não serviu para absolutamente nada, a não ser para que alguns fabricantes ganhassem às nossas custas?
Alguém também se lembra daquele selinho que tínhamos de colar no vidro dianteiro, lá pelo início dos anos 90?
Quando será que vamos exigir que nossos "pais-da-pátria" façam algo de realmente relevante por nós? Algo assim do tipo "redução drástica da carga tributária", por exemplo.
Minha paciência está começando a se esgotar...

quarta-feira, 23 de março de 2011

Dia da água

Ontem, 22 de março, foi comemorado o Dia Mundial da Água.
Como sempre, tivemos as tradicionais reportagens exaltando a posição privilegiada do Brasil com relação à disponibilidade deste importante recurso natural.
Ufanismo à parte, temos pouco a comemorar.
Ainda temos pouco acesso à água tratada, e muito menos acesso à coleta e tratamento de esgoto.
Muitos rios importantes sofrem com a poluição despejada por cidades e indústrias. E isso não é exclusividade dos grandes rios.
Lixo de todo tipo é encontrado às margens dos cursos d'água.
Doenças de veículação hídrica ainda são causa de mortes, tanto de adultos, quanto de crianças.
Entre os que militam na área, é praticamente consenso: a cada R$ 1,00 aplicado em saneamento, economizam-se R$ 4,00 em saúde pública.
Margens desmatadas e assoreamento são espantosamente comuns.
Há descaso por parte das autoridades e da população.
O desperdício ainda faz parte da nossa cultura.
Ainda se passarão muitos verões até que tomemos consciência de que a água é um bem importante e escasso. Só então poderemos comemorar essa data como se deve.

sábado, 19 de março de 2011

Muito circo, muitos palhaços

Essa visita de Barack Obama ao Brasil está uma chatice.
Todos babando o ovo de Mr. President: políticos, assessores, serviços secretos, serviços não tão secretos, polícias e militares de modo geral.
O público está a milhas de distância.
A segurança está reforçadíssima, a ponto de supostos e possíveis terroristas e manifestantes desistirem muito antes de sequer terem a mais leve intenção de fazer um simples cartaz do tipo "Yankees, Go Home!".
A pauta da mídia está totalmente preenchida pela viagem, pelos detalhes, pelos suspiros, pelas falas oficiais e oficiosas, pelos piscares de olhos, pelas roupas, pelos penteados, pelas comidas, pelos carros, navios e aviões usados ou postos à disposição.
Fico me perguntando: quanto está custando aos nossos bolsos essa visitinha de cortesia de Barack?
Quais serão os efetivos dividendos que essa passagem-relâmpago renderá para a Banânia?
Será que passaremos milagrosamente da condição de simples chicanos à situação de personas gratas na terra do Tio Sam?
Será que não mais precisaremos de visto para ir à Disney?
Será que nossas relações comerciais serão mais parelhas?
Será que deixarão de existir barreiras comerciais e sobretaxas a nossos produtos?
Bem, eu sei qual é a resposta para essas perguntas, com exceção da primeira.
Essa excursão pela América Latina de um dos homens mais poderosos do mundo está plenamente caracterizada: muito circo e muitos palhaços, apesar do pouco público.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Cuidado com a patrulha

Na Folha, aqui; reportagem de Fernando Magalhães.

14/03/2011 - 07h52
Venda de moedas com marca nazista causa reações
O site de vendas Mercado Livre disponibiliza para seus clientes moedas com a suástica, símbolo do nazismo. São mais de 20 peças que correspondem a vários anos da década de 30, algumas da época da Segunda Guerra.
A venda e a divulgação no site provocaram reações na comunidade judaica.


Vivemos tempos de atitudes "politicamente corretas". No fundo, isso tem se tornado uma chatice, devido ao excessivo patrulhamento ideológico. Não se pode mais falar, criticar, fazer piadas, escrever. Em breve, sequer poderemos pensar.
Essa suposta "comoção" por causa da venda de moedas é apenas uma das facetas dessa história. Seria o mesmo se ocorresse com selos.
Não se trata de propaganda nazista, nem de incentivo ao anti-semitismo. Tratam-se de moedas de determinado período histórico, no caso, do período de dominação do nazismo, nas décadas de 30 e 40.
E se as moedas fossem da ex-URSS, do período de governo de Stalin, um dos mais sangrentos de que se tem notícia na história mundial? Haveria manisfestações contrárias? Afinal de contas, dezenas de milhares de soviéticos foram simplesmente varridos da face da Terra por discordarem do regime (muitas vezes, nem isso ficou efetivamente provado, pois bastava uma simples denúncia para que os gulags ficassem cheios).
Oh, tempora! Oh, mores!

domingo, 13 de março de 2011

Uma estiagem providencial

Hoje à tarde, depois de uma ventania daquelas, do aparecimento de muitas nuvens ameaçadoras e de alguns primeiros pingos, cheguei a pensar que os céus desabariam em mais uma chuva daquelas.
Felizmente me enganei. O céu limpou, o azul voltou a reinar, as nuvens se tornaram brancas como algodão e o calor voltou com força.
Com isso, já são dois dias seguidos sem chuva. Nada mal. Já estávamos sentindo cheiro de mofo por aqui.
Conseguimos até lavar e secar as roupas acumuladas durante a semana.
Perguntinha: quanto tempo vai durar essa estiagem providencial?
Já tem gente com medo de que se repitam os mais de 90 dias sem chuva, quando chegar o inverno...

quinta-feira, 10 de março de 2011

A comemoração e o silêncio constrangedor

Durante a apuração do resultado dos desfiles de escolas de samba, as equipes de reportagem fizeram várias entradas ao vivo das quadras das principais escolas. Quem acompanhou viu que todos estavam lá, parados, tensos, preocupados, com os olhos pregados na tela da TV.
Mas bastava que a imagem da quadra chegasse à tela para que todos entrassem em verdadeiro transe, passando da inércia à dinâmica.
Você, caro amigo, já deve ter assistido muitas cenas assim, ao vivo, durante as coberturas de comemorações relativas a títulos, seja de times de futebol, vôlei, o que for.
Está todo mundo lá, feliz, mas relativamente comportado. Bandeiras praticamente enroladas, tambores quase quietos. Enfim, praticamente reina a calma.
O estúdio avisa ao repórter que o link está OK, e a contagem se inicia: 4, 3, 2, 1... Vai!
O problema é que a imagem e o áudio mostram todos ali, parados ao lado do repórter, num silêncio constrangedor, até que, somente alguns segundos depois, a imagem chega no retorno e, aí então, todos entram em euforia, e começam a pular, a gritar, a cantar, a bater os tambores, a tocar as cornetas. Parece até que é de verdade.
Só então o repórter fala a frase tradicional, praticamente aos berros, na tentativa de suplantar o súbito barulho:
- Aqui todos estão muito animados. A festa não tem hora para acabar, etc, etc, etc...
Depois que a entrada é encerrada, e o repórter dá a "famosa deixa", "é com vocês aí no estúdio", tudo volta ao normal. Bandeiras enroladas, tambores e cornetas quietos, calma quase absoluta. Exceção feita às quadras das escolas de samba, onde o êxtase atinge níveis inimagináveis.
Comemoração por encomenda, via satélite, ao vivo e a cores, para todo o Brasil. Todo mundo quer aparecer na televisão...
Afinal de contas, Andy Warhol declarou, um dia, que todos têm direito a seus quinze minutos de fama. Mesmo que os quinze minutos se resumam em alguns segundos, por trás do repórter, numa emissora que nem tenha lá tanto índice de audiência... Se for na Vênus Platinada, melhor...

terça-feira, 8 de março de 2011

Está acabando...

Em algumas horas estará terminado.
Depois de dois meses e oito dias, finalmente o Brasil começará a funcionar, segundo reza a lenda. Bem, em Salvador e Olinda pode demorar mais um pouco, é claro.
Para muitos, o Carnaval é tempo de se esbaldar, de calçar as pantufas de jaca, de escancarar as portas dos armários, de se portar/comportar próximo às raias do ridículo, com uma certa dose de perigo inerente.
Bem, tem gosto e louco para tudo neste mundo meio torto e destrambelhado do cerumano.
Alguns podem perguntar se não sou supostamente "normal", se não gosto de carnaval. Bem, serei sincero: já gostei. Mais pela bagunça e pelos porres homéricos, do que pelo samba em si. Começávamos a secar garrafas já na quinta-feira, e só parávamos no alvorecer da quarta-feira. Uma breve pausa na quinta, e na sexta a maratona continuava. Simples assim: não tínhamos fundo, nem fim. Coisa de adolescentes irresponsáveis, inconsequentes e impertinentes. Que atire a primeira pedra quem nunca fez, ou nunca teve vontade de fazer...
Hoje em dia quero sossego, para poder tomar minha cerveja (ou whisky, ou pinga, o que vier, desde que não seja gim, mas em doses civilizadas) em paz, para poder ler um pouco, e para ouvir o bom e velho rock'n'roll, alternado com algumas músicas dos anos 80 e 90.
Tem gente por aí querendo que não acabe. E tem gente pedindo para que não tenha mais.
Sinal dos tempos.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Dica de Filme

Assisti agora há pouco um filme muito bom, realmente emocionante.
Concorreu ao Oscar de melhor filme, mas quem ganhou a estatueta foi Sandra Bullock, no papel de Leigh Anne Tuohy, coincidentemente no mesmo ano em que ganhou o Framboesa de Ouro por All About Steve.
Trata-se de Um Sonho Possível (The Blind Side), com direção de John Lee Hancock. Tem ainda no elenco, em grande interpertação, Quinton Aaron, no papel de Michael Oher.
O filme se passa em Memphis, Tennessee, e narra a história real de um jovem negro que vem de um lar destruído, sendo sua mãe usuária de drogas.
Ele é ajudado por uma família branca de classe alta, os Tuohy, que acredita em seu potencial. Com a ajuda do treinador de futebol de sua escola, Sr. Cotton, de sua nova família, e da Sra. Sue, Oher trava uma batalha pessoal de superação de desafios, mudando não só sua vida, como a das pessoas próximas.
Vale a pena assistir.

sábado, 5 de março de 2011

Pausa para descanso

Tirei uns dias para descansar, e fiquei propositalmente longe do computador e da internet. Resultado: dezenas de e-mails não lidos, acumulados nas caixas-postais.
Como se diz no Nordeste, o "perrengue" foi enfrentar a estrada debaixo de chuva. Felizmente, tudo correu bem, tanto na ida, quanto na volta. Só vi um caminhão com o "focinho" num barranco, mas não houve vítimas.
Infelizmente, a chuva não deu trégua. Fazia tempo que não via tanta água cair dos céus.
Não pude jogar tênis, saí pouco, mas pude curtir uns dias com meu pai.
E também aproveitei para rever alguns amigos da juventude, com direito a várias cervejas, pois ninguém é de ferro.
Agora, vamos embalar esse tal carnaval com muito rock'n'roll.
Ah! Já ia me esquecendo: folião é o cacete!