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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Pai desnaturado 3

Amigos, não precisam me crucificar. Eu sei que estou ausente.
É isso que dá querer fazer muitas coisas ao mesmo tempo. Temos que abrir mão de algumas, para poder dar conta de outras.
Apesar da minha ausência, causa primordial da falta de postagens, minha meia dúzia de frequentadores continua a aparecer por aqui. Fico feliz com isso (isso, no caso, é a presença de vocês).
Para tirar um pouco do atraso, eu poderia falar da seca no planalto central, dos litros de água diários, do uso frequente da manteiga de cacau, do soro fisiológico e do hidratante. Poderia falar das manhãs de azul profundo, dos ventos incessantes, das noites frias e das tardes quentes deste mês de agosto. Também poderia falar das queimadas inexplicáveis, dos gramados que já perderam a cor, dos ipês que estão florindo e colorindo a paisagem.
Poderia falar do Congresso meio vazio, do julgamento do mensalão, das greves do funcionalismo, das passeatas e manifestações, e das eleições municipais.
Poderia falar de nosso pífio crescimento econômico, dos nossos muitos impostos, da crise na Europa, das privatizações fajutas e da nossa infraestrutura precária. E da crise na Síria, dos ataques terroristas, do asilo político do Assange.
Poderia falar do fiasco dos esportes coletivos na Olímpiada, das (poucas) medalhas da pretensa potência esportiva tupiniquim, do excesso de profissionalismo do esporte amador, e do excesso de amadorismo de nossos dirigentes profissionais.
Poderia falar do trânsito cada vez mais caótico da capital federal, dos péssimos motoristas, da sinalização ruim e das dezenas de novos radares instalados a cada 500 m nas pistas cheias de remendos.
Poderia falar da minha cidade natal, que apesar de seus 200 mil e poucos habitantes, instalou dezenas de novos semáforos (ou sinais, ou faróis, ou sinaleiros, dependendo da região do Brasil onde você estiver, meu caro leitor), mas que continua e vai continuar a enfrentar congestionamentos em suas ruas, e não só nos chamados horários de pico.
Poderia falar de muitas outras coisas, mas vou falar mesmo é da visita que fiz ao meu pai, de quem estava com muita saudade. Eu não o via desde o Natal, quando ele veio passar alguns dias conosco. Comemos pizza na sexta, fomos a uma feijoada no sábado, e fizemos um churrasco no domingo, Dia dos Pais. Tristeza só na hora de nos despedirmos, mas em breve faremos uma nova visita. Tomara que possamos ficar mais do que três dias.
E, como ninguém é de ferro, encontrei-me com alguns de meus amigos de infância. Pudemos nos abraçar, rir, nos emocionar, beber alguns chopes e constatar que não só os cabelos ficaram mais brancos (ou mais ralos) e as barrigas cresceram um pouco, mas também que a amizade e o respeito cresceram e se fortaleceram. Só não posso afirmar que o nosso juízo melhorou. Aí já seria demais.