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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Crônicas candangas 3

Finalmente, a hora da mudança chegou.
Foram dias de preparação, descartando o que não servia mais, doando o que ainda servia, mas que não queríamos mais, desmontando móveis, retirando e lavando as cortinas.
Dezenas de caixas preparadas, fechadas e numeradas.
Roupas e documentos separados.
Eletroeletrônicos embalados com carinho, assim como os cristais.
Em breve o caminhão seguirá para seu destino, nosso novo lar.
Lá, estaremos esperando, para enfrentarmos mais uma maratona, que é a remontagem de nossas coisas.
Há pessoas que se desesperam com essa situação. Não é fácil transformar um amontoado de caixas num lar, mas isso não nos assusta. É uma experiência renovadora.
Já estamos acostumados... Para mim, essa será a 16ª mudança.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Crônicas candangas 2

O ônibus avança pela estrada, rumo à capital. O trânsito ainda é tranquilo.
Já acordei faz tempo, de um dos muitos cochilos. Ao meu lado, minha esposa dorme profundamente. Não foi um sono contínuo. A mistura de sensações, a tensão e o desconforto não me deixaram descansar. Em algumas horas, começarei a materializar o sonho de assumir o tão desejado cargo.
No horizonte, a faixa amarela do amanhecer de 9 de agosto empurra o manto da noite. Não há nuvens no céu, e as últimas estrelas dão um até breve.
Ao longe, desenha-se o perfil das cidades-satélites, emolduradas pela iluminação artificial, que começa a se desligar.
O amanhecer de um novo dia, também o amanhecer de uma nova etapa, pessoal e profissional.
Fecho os olhos, e o passado me vem à mente, misturado aos sonhos do futuro. Erros e acertos, grandes e pequenos sucessos, amigos que vieram e que se foram. Em alguns dias, tudo isso vai se repetir, no nosso eterno ciclo de aprendizado.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Crônicas candangas 1

Inicio neste post a série Crônicas Candangas, resultado de minhas primeiras observações no Cerrado.

Esta mudança veio de repente, mas veio para ficar.
Em breve estarei definitivamente instalado no planalto central.
Correria, viagem, exames médicos, psicotécnico, procura por imóvel para alugar, cidade nova, trânsito maluco, seca. Uma salada digna de mexer com as bases de qualquer vivente. Mas vamos tirar isso tudo de letra.
Graças à internet e aos fóruns e grupos de discussão, já sou conhecido de muita gente. Minha fama chegou antes de mim.
Quarta-feira à tarde, paletó e gravata, antes do psicotécnico.
Chego na porta de uma sala previamente indicada por e-mail. Bato levemente na porta já aberta, olho para dentro e vejo uma moça se levantando, sorriso e braços abertos. Ganho um abraço longo e apertado.
- Muito prazer, eu sou...
- Ah, você é o Fulano! Que legal te conhecer pessoalmente. (virando-se para trás) Ei, olha só quem está aqui!
Do fundo da sala:
- Caramba! Finalmente você chegou. Todo mundo queria te conhecer! Vem cá! Vamos tomar um café!
Parece que já somos amigos de longa data. Quer dizer, somos, só que pelo mundo virtual. A conversa segue animada, com lembranças dos tempos iniciais do concurso.
Pela recepção carinhosa e atenciosa, definitivamente, vim para o lugar certo.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A mudança está a caminho

Amigos, atendendo o pedido da Mônica, do Crônicas Urbanas, consegui um tempinho para sair de minha correria para satisfazer a curiosidade.
Mais uma mudança está para acontecer em minha vida profissional.
A notícia que recebi, e sobre a qual falei no post passado, foi a nomeação em um concurso público, que foi muito enrolado, teve altos e baixos, mas finalmente se desenrolou.
Fiz todos os exames médicos, apresentei a documentação, e aguardo a data da posse, correndo atrás de imóvel para alugar. Mas este probleminha deve se resolver em breve.
Falta terminar de preparar as caixas, desmontar os móveis e carregar o caminhão.
Em breve, mais novidades.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Você acha que está preparado?

Às vezes, sabemos que a boa notícia vai chegar.
Ela só não tem hora marcada.
Estamos aguardando ansiosamente, dia após dia.
Pensamos que estamos preparados.
Afinal, nossa mente está doutrinada e calejada, todos os passos foram meticulosamente passados e repassados. Quando fechamos os olhos ela já está ali, quase na nossa frente, e não pode haver surpresa, certo?
Errado!
Quando ela chega, de repente, sem avisar, vem aquela tremedeira, aquela sensação de iceberg na boca do estômago, as mãos suadas, a voz some dentro da garganta, e você fica sem saber direito o que fazer em primeiro lugar...
Passei por isso tudo hoje de manhã.
Graças a Deus recebi uma excelente notícia há tempos esperada.
E fiquei por alguns momentos sem saber o que fazer.
Mas, passado o "susto", agora temos de colocar os planos em execução.
Em breve teremos muitas mudanças. E para melhor, claro!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Conversa de consultório

Aproveitamos a semana que passou para fazer algumas coisas que estavam pendentes, como tirar a segunda via do RG (disseram-me que o “velho”, sem o dígito de controle, seria inválido. Será? Em todo caso...), e para algumas consultas médicas.
Levantamos cedo, e lá estávamos, esperando nossa vez, num dos consultórios.
Eu estava bastante entretido na leitura, curtindo os últimos momentos de minhas lentes antigas (pois uma das consultas da semana seria no oftalmologista), quando minha mulher me cutucou:
- Eu pensei que só em salão de beleza se fizesse fofoca.
- Ahn? Como assim?
- Você não está ouvindo? - e apontou discretamente para o balcão, onde a recepcionista conversava animadamente e em voz alta com outra mulher.
- Não. O que foi?
- Repara só! As duas ali, aparentemente, só não falaram de quem está aqui na sala de espera...
Parei minha leitura e prestei atenção por alguns instantes. Falaram de roupas de festa em casamentos, de quem não sabia se vestir, de quem parecia ter perdido a vontade até de pintar o cabelo após um acidente, e de alguém que, por gostar de beber, agora, se quisesse continuar com isso, teria que abdicar do whisky e apelar para a pinga, por estar “quebrado”.
Isso tudo sem perder o fôlego, em menos de quatro minutos, e entremeado com os telefonemas e atendimentos de quem chegava ao balcão.
Balancei a cabeça e voltei à minha leitura, não sem antes me lembrar da pergunta de minha esposa, e também de uma frase que vi no Facebook há alguns dias:
Promoção imperdível: pague minhas contas, assuma meus problemas e ganhe, inteiramente grátis, o direito de se meter na minha vida.
Este é o tal cerumano, cada vez mais intrometido e fofoqueiro, e cada vez menos discreto.
Ainda bem que fomos chamados para a consulta logo a seguir.
Mas... Esperem um pouco...
Pensando bem, quem me garante que não fomos o próximo assunto?