Minha meia dúzia de leitores sabe que trabalhei no ramo da siderurgia, num passado distante. Já falei disso aqui e aqui.
Recentemente li algumas notícias sobre meu antigo local de trabalho que deixaram abalado. Uma delas é esta:
Usiminas vai demitir mais 500 funcionários em Cubatãoa Mais:http://economia.estadao.com.br/noticias/negocios,usiminas-vai-demitir-mais-500-funcionarios-em-cubatao,10000057302
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Você pode ler a matéria aqui, no Estadão.
Para quem viu e viveu toda a agitação daquela usina trabalhando em ritmo de 4,5 milhões de toneladas de aço líquido por ano, com seus milhares de funcionários "ligados" 24 horas por dia, uma notícia dessas é um verdadeiro balde de água fria.
Eu já sabia que toda a parte primária havia parado, após o desligamento de um dos Altos-Fornos da usina de Cubatão. Duas notícias sobre esse fato podem ser lidas aqui e aqui. Somente permaneceriam trabalhando as áreas de Chapas Grossas, Laminação a Quente e Laminação a Frio. Já era um prenúncio de que tempos difíceis estavam por vir.
Só posso me solidarizar com meus antigos colegas de trabalho, rezando para que o Grande Arquiteto não os desampare.
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segunda-feira, 27 de junho de 2016
sábado, 19 de maio de 2012
Tem certas coisas com as quais eu me surpreendo...
Li a notícia agora há pouco, no Estadão.
Fogo atinge alto forno na Usiminas no litoral de SP
Fogo começou por volta de 23h de sexta-feira e 12 equipes dos bombeiros combateram as chamas. Ninguém ficou ferido
19 de maio de 2012 | 10h 43 - reportagem de Gheisa Lessa
O link para a notícia é este.
Eu trabalhei nessa usina de 1994 a 1997, quando ainda se chamava COSIPA, Companhia Siderúrgica Paulista. Ela já fazia parte do grupo Usiminas. Fiz um post sobre isso, aqui.
Para vocês não falarem que é sacanagem ou enrolação minha, a data do meu post é 25 de julho de 2010. Quase dois anos atrás...
Vou transcrever o pedaço:
"Foi um período muito produtivo, em termos profissionais. Aprendi boas
lições, que uso até hoje. Às vezes tenho sonhos relacionados com essa
época. Alguns deles, meio catastróficos. O mais recente, há alguns dias,
envolvia explosões e um incêndio infernal num dos Altos-Fornos. Nunca
passei por uma situação semelhante na empresa. Sinceramente, espero que
esse sonho seja apenas isso, um sonho ruim. Espero que minha antiga
empresa não enfrente um problema desses."
Agora leiam a notícia e olhem a foto que está lá, e que reproduzo aqui:
Estou arrepiado até agora. Foi um sonho profético. Ainda bem que nenhum profissional morreu no acidente.
terça-feira, 1 de maio de 2012
Sonho de infância
Não é todo dia que se pode realizar um sonho de infância.
No domingo, dia 30 de abril, tive esse feliz gostinho.
Assisti a um show de duas horas (sim, foi isso mesmo!) com Mr. Roger Hodgson, o antigo vocalista do Supertramp, de quem já falei brevemente aqui.
Ali, na minha frente, juntamente com uma banda excelente, formada por dois canadenses e dois californianos, pude ouvi-lo abrir o espetáculo com Take the Long Way Home, e intepretar sucessos como School, The Logical Song, Dreamer, Breakfast in America, In Jeopardy e encerrar o show com Fool's Overture, em performance de mais de 10 minutos. E, no bis duplo, fez todo mundo cantar e dançar com Give a Little Bit e It's Raining Again.
A plateia veio abaixo, e aplaudiu de pé por vários minutos.
Saí de lá com a alma limpa e a cabeça leve. Emoção é a palavra que descreve essa experiência única.
Certamente, esse foi um dos melhores shows a que já assisti até hoje.
O palco, antes do show:
E já quase no fim:
Pena que muitas fotos ficaram ruins. Após uma análise criteriosa, detectei que o problema parece ser naquela pecinha que fica atrás da máquina.
Até o próximo show!
No domingo, dia 30 de abril, tive esse feliz gostinho.
Assisti a um show de duas horas (sim, foi isso mesmo!) com Mr. Roger Hodgson, o antigo vocalista do Supertramp, de quem já falei brevemente aqui.
Ali, na minha frente, juntamente com uma banda excelente, formada por dois canadenses e dois californianos, pude ouvi-lo abrir o espetáculo com Take the Long Way Home, e intepretar sucessos como School, The Logical Song, Dreamer, Breakfast in America, In Jeopardy e encerrar o show com Fool's Overture, em performance de mais de 10 minutos. E, no bis duplo, fez todo mundo cantar e dançar com Give a Little Bit e It's Raining Again.
A plateia veio abaixo, e aplaudiu de pé por vários minutos.
Saí de lá com a alma limpa e a cabeça leve. Emoção é a palavra que descreve essa experiência única.
Certamente, esse foi um dos melhores shows a que já assisti até hoje.
O palco, antes do show:
E já quase no fim:
Pena que muitas fotos ficaram ruins. Após uma análise criteriosa, detectei que o problema parece ser naquela pecinha que fica atrás da máquina.
Até o próximo show!
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Teia de Aranha na Raquete 2
Ele foi um dos maiores rivais de Björn Borg nos anos 70 e 80.
Nascido em Illinois, EUA, em 1952.
Tem 109 títulos, e é um dos que permaneceram por mais semanas no topo do ranking.
Era um adepto do estilo saque-e-voleio, e era dono de um temperamento terrível, podendo ser classificado como "enfezadinho".
Apesar disso, era muito carismático e sabia como trazer a plateia para o seu lado, com jogadas sensacionais.
Abandonou o tênis profissional em 1996 e, em 2008, foi técnico do tenista Andy Rodick.
Ainda não adivinhou quem é?
Seu nome: James Scott Connors, conhecido como Jimmy Connors, ou Jimbo.
Uma foto sua, jogando em Wimbledon, tirada daqui.
Nascido em Illinois, EUA, em 1952.
Tem 109 títulos, e é um dos que permaneceram por mais semanas no topo do ranking.
Era um adepto do estilo saque-e-voleio, e era dono de um temperamento terrível, podendo ser classificado como "enfezadinho".
Apesar disso, era muito carismático e sabia como trazer a plateia para o seu lado, com jogadas sensacionais.
Abandonou o tênis profissional em 1996 e, em 2008, foi técnico do tenista Andy Rodick.
Ainda não adivinhou quem é?
Seu nome: James Scott Connors, conhecido como Jimmy Connors, ou Jimbo.
Uma foto sua, jogando em Wimbledon, tirada daqui.

sábado, 15 de janeiro de 2011
Teia de Aranha na Raquete 1
Para mim, ele é um dos maiores tenistas de todos os tempos.
Nasceu em Estocolmo, em 6 de junho de 1956. Foi cinco vezes campeão de Wimbledon (1976, 1977, 1978, 1979 e 1980), e seis vezes campeão de Roland Garros (1974, 1975, 1978, 1979, 1980 e 1981).
Tive a oportunidade de assistir a vários de seus jogos (pela TV, claro!), e pude me deliciar com jogadas magníficas.
Dono de um estilo de fundo de quadra, raramente ia à rede. Mas, quando ia, matava o ponto sem rodeios.
Ainda não descobriu quem é? Seu nome: Björn Rune Borg.
Eis aqui uma foto dele jogando em Roland Garros, tirada daqui.
Nasceu em Estocolmo, em 6 de junho de 1956. Foi cinco vezes campeão de Wimbledon (1976, 1977, 1978, 1979 e 1980), e seis vezes campeão de Roland Garros (1974, 1975, 1978, 1979, 1980 e 1981).
Tive a oportunidade de assistir a vários de seus jogos (pela TV, claro!), e pude me deliciar com jogadas magníficas.
Dono de um estilo de fundo de quadra, raramente ia à rede. Mas, quando ia, matava o ponto sem rodeios.
Ainda não descobriu quem é? Seu nome: Björn Rune Borg.
Eis aqui uma foto dele jogando em Roland Garros, tirada daqui.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Teia de Aranha Especial 3
Mais alguns vídeos "da velha guarda", para matar as saudades da turma mais experiente.
São dois clássicos que embalaram os invernos mais rigorosos. Disso eu tenho certeza!
É só olhar nos guarda-roupas das nossas avós, e também nos das nossas casas, para ver se não tem nenhum cobertor Parahyba. Nós tivemos vários. Aliás, na casa do meu pai ainda tem.
E esse é do tempo em que lá só se vendiam tecidos. Hoje, eletrodomésticos e confecções.
São dois clássicos que embalaram os invernos mais rigorosos. Disso eu tenho certeza!
É só olhar nos guarda-roupas das nossas avós, e também nos das nossas casas, para ver se não tem nenhum cobertor Parahyba. Nós tivemos vários. Aliás, na casa do meu pai ainda tem.
E esse é do tempo em que lá só se vendiam tecidos. Hoje, eletrodomésticos e confecções.
domingo, 9 de janeiro de 2011
Teia de Aranha Especial 2
Amigos, recebi agora há pouco um e-mail cujo conteúdo vale a pena divulgar. Só não sei quem conseguiu as imagens, e nem de onde elas foram obtidas.
Entretanto, cabe uma advertência: seu conteúdo pode causar ondas de nostalgia extrema em pessoas maiores de 45 anos. Recomendo cautela quando assistirem aos vídeos, eheheh!!!
Lojas Ducal - notem quem são os atores, bem novinhos, claro...
Para quem quiser ver, há uma página na Wikipedia sobre a empresa, aqui.
Biscoitos São Luís - e pensar que eu tive uma dessas lancheiras...
Entretanto, cabe uma advertência: seu conteúdo pode causar ondas de nostalgia extrema em pessoas maiores de 45 anos. Recomendo cautela quando assistirem aos vídeos, eheheh!!!
Lojas Ducal - notem quem são os atores, bem novinhos, claro...
Para quem quiser ver, há uma página na Wikipedia sobre a empresa, aqui.
Biscoitos São Luís - e pensar que eu tive uma dessas lancheiras...
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
O Natal vem aí
Muita gente já escreveu sobre o Natal.
Realmente, é uma época diferente. Aproxima-se o final do ano, e o ser humano tem também para esta época um ritual de passagem (sobre estes, falaremos em outro post).
São as festas de amigo secreto (também chamadas de amigo oculto, como no RJ) e as confraternizações de fim de ano, a ceia e o almoço de Natal, os presentes, a arrumação da casa com luzes e enfeites, e toda aquela correria nas ruas, nas lojas, nos shoppings, etc.
Correria em parte desnecessária, pois não sei por que todo mundo deixa essas tais compras para a última hora. Mania de brasileiro... Mas será que é só nossa, mesmo? Quem compra os presentes antecipadamente, nesse período, fica em casa vendo as reportagens nos telejornais, e dando risada da aglomeração, do empurra-empurra, do desespero, do suadouro...
Quando eu era pequeno, nessa época, eu sentia no ar um cheiro diferente. Eu chamava de cheiro de Natal.
Acho que era o tal “espírito de Natal”. Era uma sensação gostosa, algo bom. Hoje em dia não sinto mais isso. Mudei, ou mudou tudo?
No final do ano, na região Sudeste, é período de chuvas. E isso já seria suficiente para lançar aromas diferentes no ar.
Em Araraquara, na região central, os quarteirões eram chamados duplos, com cem metros de comprimento (os quarteirões simples eram de cinquenta metros). Eu morava numa esquina, e minha avó materna morava no meio do quarteirão, numa casa antiga, alugada (só fui saber que não era dos meus avós depois que ela morreu – e eu já tinha 14 anos), daquelas com quintal enorme, cheio de frutas e com uma horta. E quando chovia, eu sentia um cheiro gostoso, mistura de terra molhada, rosas, alecrim, figos, uvas, limão galego, salsinha e cebolinha. Esse cheiro, misturado com o espírito de Natal, infelizmente, eu nunca mais senti.
A mesa montada no quintal sob a lona, as extensões com as lâmpadas, o entra e sai dos parentes, dos amigos dos meus avós, dos meus pais e dos meus tios, tudo tinha uma aura especial. Não havia luxo, pois não éramos ricos, mas havia algo além da fartura na mesa que não sabia explicar. Hoje sei que era o Espírito de Natal.
Onde meus avós moravam, há um prédio de uns quinze andares.
Aliás, naquele quarteirão antes tranqüilo, já são três prédios desses.
Ah! Sim! Já ia me esquecendo de falar algo importante sobre o Natal.
Já notaram que, a cada ano que passa, mais se fala no Papai Noel, e menos no Aniversariante?
E aquela figura bonachona, vestida de vermelho, simpática, imposta a nós pelo poderoso marketing de um refrigerante, vem tomando cada vez mais os espaços na mídia, e cada vez mais cedo. Em outubro ele já aparece em alguns anúncios. Antigamente, ele aparecia só em dezembro.
E o Aniversariante? Aquele que veio ao mundo para nos mostrar um caminho de verdade, de paz, de harmonia, de união? Ah, cara! Fica quieto! Deixa de ser piegas! Assista aos anúncios, quietinho. E deixe a fúria consumista tomar conta do seu bolso. Torre tudo o que você tem, e também o seu 13º. Coma muito, beba muito, dê presentes até para quem você não gosta. Ceda aos apelos do marketing, que nada mais é do que criar supostas necessidades para coisas das quais você não precisa. Afinal de contas, a economia tem que girar... Por falar nisso, quantos canais de compras já estão disponíveis na TV, tanto aberta, quanto por assinatura? Vai um juicer aí? Seus problemas acabaram!
Realmente, é uma época diferente. Aproxima-se o final do ano, e o ser humano tem também para esta época um ritual de passagem (sobre estes, falaremos em outro post).
São as festas de amigo secreto (também chamadas de amigo oculto, como no RJ) e as confraternizações de fim de ano, a ceia e o almoço de Natal, os presentes, a arrumação da casa com luzes e enfeites, e toda aquela correria nas ruas, nas lojas, nos shoppings, etc.
Correria em parte desnecessária, pois não sei por que todo mundo deixa essas tais compras para a última hora. Mania de brasileiro... Mas será que é só nossa, mesmo? Quem compra os presentes antecipadamente, nesse período, fica em casa vendo as reportagens nos telejornais, e dando risada da aglomeração, do empurra-empurra, do desespero, do suadouro...
Quando eu era pequeno, nessa época, eu sentia no ar um cheiro diferente. Eu chamava de cheiro de Natal.
Acho que era o tal “espírito de Natal”. Era uma sensação gostosa, algo bom. Hoje em dia não sinto mais isso. Mudei, ou mudou tudo?
No final do ano, na região Sudeste, é período de chuvas. E isso já seria suficiente para lançar aromas diferentes no ar.
Em Araraquara, na região central, os quarteirões eram chamados duplos, com cem metros de comprimento (os quarteirões simples eram de cinquenta metros). Eu morava numa esquina, e minha avó materna morava no meio do quarteirão, numa casa antiga, alugada (só fui saber que não era dos meus avós depois que ela morreu – e eu já tinha 14 anos), daquelas com quintal enorme, cheio de frutas e com uma horta. E quando chovia, eu sentia um cheiro gostoso, mistura de terra molhada, rosas, alecrim, figos, uvas, limão galego, salsinha e cebolinha. Esse cheiro, misturado com o espírito de Natal, infelizmente, eu nunca mais senti.
A mesa montada no quintal sob a lona, as extensões com as lâmpadas, o entra e sai dos parentes, dos amigos dos meus avós, dos meus pais e dos meus tios, tudo tinha uma aura especial. Não havia luxo, pois não éramos ricos, mas havia algo além da fartura na mesa que não sabia explicar. Hoje sei que era o Espírito de Natal.
Onde meus avós moravam, há um prédio de uns quinze andares.
Aliás, naquele quarteirão antes tranqüilo, já são três prédios desses.
Ah! Sim! Já ia me esquecendo de falar algo importante sobre o Natal.
Já notaram que, a cada ano que passa, mais se fala no Papai Noel, e menos no Aniversariante?
E aquela figura bonachona, vestida de vermelho, simpática, imposta a nós pelo poderoso marketing de um refrigerante, vem tomando cada vez mais os espaços na mídia, e cada vez mais cedo. Em outubro ele já aparece em alguns anúncios. Antigamente, ele aparecia só em dezembro.
E o Aniversariante? Aquele que veio ao mundo para nos mostrar um caminho de verdade, de paz, de harmonia, de união? Ah, cara! Fica quieto! Deixa de ser piegas! Assista aos anúncios, quietinho. E deixe a fúria consumista tomar conta do seu bolso. Torre tudo o que você tem, e também o seu 13º. Coma muito, beba muito, dê presentes até para quem você não gosta. Ceda aos apelos do marketing, que nada mais é do que criar supostas necessidades para coisas das quais você não precisa. Afinal de contas, a economia tem que girar... Por falar nisso, quantos canais de compras já estão disponíveis na TV, tanto aberta, quanto por assinatura? Vai um juicer aí? Seus problemas acabaram!
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
A partida de um Anjo
Ela chegou numa noite fria e chuvosa de um domingo de outono, pequena, um pouco estressada pela mudança, teimosa, geniosa. Cabia numa caixa de papelão, sua primeira casinha.
Ficou, cresceu e nos conquistou.
Pulou, brincou, correu, puxou roupas do varal, destruiu algumas coisas.
Mas aprendeu a se comportar como uma lady.
Foi amiga, companheira zelosa.
Cuidou de nós, tanto quanto cuidamos dela.
Deu-nos tanto carinho quanto demos a ela.
Nunca pediu nada, a não ser quando comíamos frutas. Aí, aquele olhar pidão era irresistível.
Demos a ela do bom e do melhor.
Chegar em casa e ver aquele rabo abanando não tinha preço. Sua alegria era autêntica.
Espero que tenha sido feliz conosco, assim como fomos muito felizes com ela.
Se ao menos ela pudesse falar, para nos contar o que sentia.
Esperávamos ter a sua companhia por mais alguns anos. Esperávamos poder pegar seus filhotes no colo.
Tínhamos muito ainda que passear, que brincar de bola, que brincar de cabo de guerra.
Partiu por causa da doença silenciosa, a leishmaniose, assintomática no princípio, implacável, que lhe tomou as forças aos poucos.
Segundo seu veterinário, não sofreu ao nos deixar. Não consegui acompanhar seus últimos suspiros. Foi extremamente doloroso. Eu já estava chorando demais.
Sofremos nós, que ficamos sem ela.
Ficou só por quatro anos e meio.
Partiu numa tarde ensolarada e quente de primavera. Voltou para junto dos outros Anjos, seus iguais.
Esta pequena e singela homenagem é muito pouco pelo muito de bom que você trouxe para nossas vidas, pelo muito que você nos ensinou.
Não tenho mais palavras. O nó na garganta é muito maior do que a própria.
Adeus, Madonna. Muito obrigado pela sua companhia.

Ficou, cresceu e nos conquistou.
Pulou, brincou, correu, puxou roupas do varal, destruiu algumas coisas.
Mas aprendeu a se comportar como uma lady.
Foi amiga, companheira zelosa.
Cuidou de nós, tanto quanto cuidamos dela.
Deu-nos tanto carinho quanto demos a ela.
Nunca pediu nada, a não ser quando comíamos frutas. Aí, aquele olhar pidão era irresistível.
Demos a ela do bom e do melhor.
Chegar em casa e ver aquele rabo abanando não tinha preço. Sua alegria era autêntica.
Espero que tenha sido feliz conosco, assim como fomos muito felizes com ela.
Se ao menos ela pudesse falar, para nos contar o que sentia.
Esperávamos ter a sua companhia por mais alguns anos. Esperávamos poder pegar seus filhotes no colo.
Tínhamos muito ainda que passear, que brincar de bola, que brincar de cabo de guerra.
Partiu por causa da doença silenciosa, a leishmaniose, assintomática no princípio, implacável, que lhe tomou as forças aos poucos.
Segundo seu veterinário, não sofreu ao nos deixar. Não consegui acompanhar seus últimos suspiros. Foi extremamente doloroso. Eu já estava chorando demais.
Sofremos nós, que ficamos sem ela.
Ficou só por quatro anos e meio.
Partiu numa tarde ensolarada e quente de primavera. Voltou para junto dos outros Anjos, seus iguais.
Esta pequena e singela homenagem é muito pouco pelo muito de bom que você trouxe para nossas vidas, pelo muito que você nos ensinou.
Não tenho mais palavras. O nó na garganta é muito maior do que a própria.
Adeus, Madonna. Muito obrigado pela sua companhia.
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Tralhas
Ontem à noite fiz algo que deveria ter feito já há algum tempo, mas que, por um motivo ou outro (eles sempre existem), fui protelando: limpei e organizei minha mesa no escritório de casa (ou home-office, como se costuma dizer hoje em dia).
Fiquei impressionado com a quantidade de tralha e de papéis antigos e inúteis que encontrei.
O cesto de lixo ficou cheio em minutos.
Depois dessa "faxina", consegui arrumar até um bom espaço nas gavetas. Só espero que não junte mais tralha. Se bem que isso não posso prometer...
No domingo, já havia feito o mesmo com uma caixa enorme com o material da faculdade. Literalmente, coisas do século passado. Descartei tudo, sem dó, nem piedade.
Senti alguns calafrios durante o processo, talvez nem tanto pela tarde fria e chuvosa, mas sim pelas lembranças de algumas matérias tenebrosas e de alguns professores de classificação não muito melhor.
Mas o saldo foi positivo: mais lugar na estante da lavanderia, e alguns fantasmas devidamente exorcizados.
Certas lembranças ficam assim, como tralhas, guardadas nas gavetas ou caixas, por anos a fio. Quanto mais inertes, melhor.
Mas se, um dia, mexermos nelas, é melhor que as descartemos de vez. Sem dó, nem piedade.
Almas e gavetas limpas nos fazem bem.
Fiquei impressionado com a quantidade de tralha e de papéis antigos e inúteis que encontrei.
O cesto de lixo ficou cheio em minutos.
Depois dessa "faxina", consegui arrumar até um bom espaço nas gavetas. Só espero que não junte mais tralha. Se bem que isso não posso prometer...
No domingo, já havia feito o mesmo com uma caixa enorme com o material da faculdade. Literalmente, coisas do século passado. Descartei tudo, sem dó, nem piedade.
Senti alguns calafrios durante o processo, talvez nem tanto pela tarde fria e chuvosa, mas sim pelas lembranças de algumas matérias tenebrosas e de alguns professores de classificação não muito melhor.
Mas o saldo foi positivo: mais lugar na estante da lavanderia, e alguns fantasmas devidamente exorcizados.
Certas lembranças ficam assim, como tralhas, guardadas nas gavetas ou caixas, por anos a fio. Quanto mais inertes, melhor.
Mas se, um dia, mexermos nelas, é melhor que as descartemos de vez. Sem dó, nem piedade.
Almas e gavetas limpas nos fazem bem.
domingo, 12 de setembro de 2010
Teia de Aranha - Especial
A Teia de Aranha de hoje é especial.
Quem é mais experiente deve se lembrar da seguinte narração:
"O espaço, a fronteira final. Estas são as viagens da nave estelar Enterprise, em sua missão de cinco anos, para exploração de novos mundos, para pesquisar novas vidas, novas civilizações... Audaciosamente indo onde nenhum homem jamais esteve".
No YouTube você pode ouvir a abertura, com dublagem feita pela AIC São Paulo, aqui.
Esta é minha homenagem a este clássico da ficção científica. Literalmente, um verdadeiro universo a ser explorado.
A notícia no Estadão aqui:
Há 44 anos, começava a Jornada nas Estrelas
por Carlos Orsi
Seção: Dia-a-dia
História
10.setembro.2010 08:27:52
Sou um fã dessa série. Lembro-me de ter assistido a quase todos os episódios, e também aos primeiros filmes.
Só não gostei das séries derivadas. Penso que sou um conservador saudosista.
Assisti ao último filme, Star Trek, de 2009, dirigido por J. J. Abrams, em DVD. Foi muito bem feito. Na Wikipedia há uma página sobre ele, aqui.
Há várias páginas na rede que falam sobre este fascinante universo trekker.
Este é o link da Wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jornada_nas_estrelas
Há também o http://www.trekbrasilis.org/
Seguem três fotos, uma pequena amostra do que se pode garimpar na rede.

A tripulação da NCC-1701 - USS Enterprise (não sei qual é a fonte original, pois muitos sites têm a mesma imagem; foi tirada do www.minhainfancia.com.br).

A nave mais famosa da ficção científica. Dispensa maiores apresentações. Imagem tirada do ultradownloads.uol.com.br (é só buscar wallpaper de Jornada nas Estrelas).

A tripulação no filme A Ira de Khan, e foi tirada de www.trekkercultura.com.br.
São muitas imagens disponíveis na rede. O difícil é escolher quais devem ser mostradas. E esta é uma escolha pessoal de cada trekker.
Quem é mais experiente deve se lembrar da seguinte narração:
"O espaço, a fronteira final. Estas são as viagens da nave estelar Enterprise, em sua missão de cinco anos, para exploração de novos mundos, para pesquisar novas vidas, novas civilizações... Audaciosamente indo onde nenhum homem jamais esteve".
No YouTube você pode ouvir a abertura, com dublagem feita pela AIC São Paulo, aqui.
Esta é minha homenagem a este clássico da ficção científica. Literalmente, um verdadeiro universo a ser explorado.
A notícia no Estadão aqui:
Há 44 anos, começava a Jornada nas Estrelas
por Carlos Orsi
Seção: Dia-a-dia
História
10.setembro.2010 08:27:52
Sou um fã dessa série. Lembro-me de ter assistido a quase todos os episódios, e também aos primeiros filmes.
Só não gostei das séries derivadas. Penso que sou um conservador saudosista.
Assisti ao último filme, Star Trek, de 2009, dirigido por J. J. Abrams, em DVD. Foi muito bem feito. Na Wikipedia há uma página sobre ele, aqui.
Há várias páginas na rede que falam sobre este fascinante universo trekker.
Este é o link da Wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jornada_nas_estrelas
Há também o http://www.trekbrasilis.org/
Seguem três fotos, uma pequena amostra do que se pode garimpar na rede.

A tripulação da NCC-1701 - USS Enterprise (não sei qual é a fonte original, pois muitos sites têm a mesma imagem; foi tirada do www.minhainfancia.com.br).

A nave mais famosa da ficção científica. Dispensa maiores apresentações. Imagem tirada do ultradownloads.uol.com.br (é só buscar wallpaper de Jornada nas Estrelas).

A tripulação no filme A Ira de Khan, e foi tirada de www.trekkercultura.com.br.
São muitas imagens disponíveis na rede. O difícil é escolher quais devem ser mostradas. E esta é uma escolha pessoal de cada trekker.
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Calou-se a voz do Primeira Hora
Na Folha:
Íntegra aqui.
06/09/2010 - 00h00
Lourival Nascimento Pacheco (1935 - 2010) - A voz da "Primeira Hora" de SP
Em 1983 eu estava me preparando para o vestibular de engenharia. Minha mãe, professora, ia para a escola e me deixava em frente ao prédio onde funcionava o cursinho.
O fusquinha verde oliva (seu apelido na turma era Osório, pois se parecia, pela cor, com um dos carros de combate do Exército) só tinha o rádio AM. Logo ao entrar no carro, eu sintonizava uma rádio que retransmitia o Primeira Hora.
Lembro-me de ouvir o Lourival dizendo que os "passaros de prata" da ponte aérea pousavam e decolavam normalmente no Aeroporto de Congonhas. Naquele tempo, ainda operavam os Lockheed L-188 Electra, turboélice com quatro motores. Este modelo foi exclusivo na ponte aérea de 1975 a 1991.
Segundo a lenda, dizia-se que, se necessário, ele poderia voar só com um dos motores, caso os outros três falhassem. Não sei se isso aconteceu alguma vez, mas não me lembro de casos de acidentes com esses aviões na história da rota São Paulo-Rio.
Na Wikipedia há uma página sobre o Electra.
Para lembrar desse avião, segue uma foto que tirei de www.jetsite.com.br. Para quem gosta de aviões, como eu, este site é bem interessante.
Ela mostra um dos Electra da Varig, o PP-VJM. Ao fundo, notem a cidade de São Paulo, vista do pátio de Congonhas. Uma viagem ao passado.
Íntegra aqui.
06/09/2010 - 00h00
Lourival Nascimento Pacheco (1935 - 2010) - A voz da "Primeira Hora" de SP
Em 1983 eu estava me preparando para o vestibular de engenharia. Minha mãe, professora, ia para a escola e me deixava em frente ao prédio onde funcionava o cursinho.
O fusquinha verde oliva (seu apelido na turma era Osório, pois se parecia, pela cor, com um dos carros de combate do Exército) só tinha o rádio AM. Logo ao entrar no carro, eu sintonizava uma rádio que retransmitia o Primeira Hora.
Lembro-me de ouvir o Lourival dizendo que os "passaros de prata" da ponte aérea pousavam e decolavam normalmente no Aeroporto de Congonhas. Naquele tempo, ainda operavam os Lockheed L-188 Electra, turboélice com quatro motores. Este modelo foi exclusivo na ponte aérea de 1975 a 1991.
Segundo a lenda, dizia-se que, se necessário, ele poderia voar só com um dos motores, caso os outros três falhassem. Não sei se isso aconteceu alguma vez, mas não me lembro de casos de acidentes com esses aviões na história da rota São Paulo-Rio.
Na Wikipedia há uma página sobre o Electra.
Para lembrar desse avião, segue uma foto que tirei de www.jetsite.com.br. Para quem gosta de aviões, como eu, este site é bem interessante.
Ela mostra um dos Electra da Varig, o PP-VJM. Ao fundo, notem a cidade de São Paulo, vista do pátio de Congonhas. Uma viagem ao passado.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Viagens, o azul pálido e a música
Outra safra de viagens em dias e tardes de um irritante azul pálido, tingido pelo improvável sol escaldante de inverno, e tendo como companhia a onipresente fumaça empoeirada no horizonte.
Boca seca, amenizada por várias garrafas de água, e alguns CDs para atenuar o tédio das estradas.
Desenterrei dois conjuntos que não ouvia há algum tempo. Bons momentos dos anos 80 e 90 que voltam à lembrança logo nos primeiros acordes.
O primeiro é o grupo brasileiro 14 Bis, formado em Minas Gerais, em 1979, e composto originalmente por Flávio e Cláudio Venturini, Hely Rodrigues, Vermelho e Sérgio Magrão. Para saber mais sobre eles, há uma página na Wikipedia.
O segundo é o duo britânico Eurythmics, formado pela escocesa Annie Lennox e pelo inglês Dave Stewart. Para saber mais sobre eles, há uma página na Wikipedia.
Se você já conhece, vale relembrar. Se ainda não ouviu, deve conhecer. Mais uma vez, digo: para falar mal, deve ter pelo menos conhecimento de causa.
Boca seca, amenizada por várias garrafas de água, e alguns CDs para atenuar o tédio das estradas.
Desenterrei dois conjuntos que não ouvia há algum tempo. Bons momentos dos anos 80 e 90 que voltam à lembrança logo nos primeiros acordes.
O primeiro é o grupo brasileiro 14 Bis, formado em Minas Gerais, em 1979, e composto originalmente por Flávio e Cláudio Venturini, Hely Rodrigues, Vermelho e Sérgio Magrão. Para saber mais sobre eles, há uma página na Wikipedia.
O segundo é o duo britânico Eurythmics, formado pela escocesa Annie Lennox e pelo inglês Dave Stewart. Para saber mais sobre eles, há uma página na Wikipedia.
Se você já conhece, vale relembrar. Se ainda não ouviu, deve conhecer. Mais uma vez, digo: para falar mal, deve ter pelo menos conhecimento de causa.
domingo, 25 de julho de 2010
Você já trabalhou à noite?
Na Folha:
25/07/2010 - 15h04
Corpo sofre com trabalho à noite
Veja a íntegra aqui.
A reportagem cita uma estimativa de 15 milhões de trabalhadores no turno noturno.
Eu já fiz parte deste contingente, durante o período em que trabalhei numa siderúrgica. A usina trabalhava (e trabalha, ainda) 24 horas por dia, 365 dias por ano, em ritmo frenético. Fiquei durante um tempo numa das cinco equipes da Central Termoelétrica. Trabalhávamos em horários alternados, sendo dois dias das 23 às 7, dois dias das 7 às 15, e dois dias das 15 às 23, com folga de 96 horas. Na época, essas folgas eram bem aproveitadas, pois podia resolver assuntos pessoais, visitar meus pais, encontrar a namorada, bater uma bola com os amigos.
O problema era a volta, pois tinha de enfrentar a estrada (sorte que eram pistas duplas) logo depois do almoço, para chegar a tempo de dormir um pouco, e pegar o ônibus da usina por volta das 22.
No começo eu estranhei bastante. Depois, entrei no ritmo. Quando saí do turno, e fui para o horário administrativo, demorei um pouco para me acostumar.
O ritmo de trabalho no chamado ADM era melhor, por conta dos horários certos. O ruim é que as folgas passaram a ser somente aos finais de semana, com dois dias, e também tive um problema no órgão mais sensível do corpo humano: o bolso. Saindo do turno, perdi o adicional noturno...
Foi um período muito produtivo, em termos profissionais. Aprendi boas lições, que uso até hoje. Às vezes tenho sonhos relacionados com essa época. Alguns deles, meio catastróficos. O mais recente, há alguns dias, envolvia explosões e um incêndio infernal num dos Altos-Fornos. Nunca passei por uma situação semelhante na empresa. Sinceramente, espero que esse sonho seja apenas isso, um sonho ruim. Espero que minha antiga empresa não enfrente um problema desses.
25/07/2010 - 15h04
Corpo sofre com trabalho à noite
Veja a íntegra aqui.
A reportagem cita uma estimativa de 15 milhões de trabalhadores no turno noturno.
Eu já fiz parte deste contingente, durante o período em que trabalhei numa siderúrgica. A usina trabalhava (e trabalha, ainda) 24 horas por dia, 365 dias por ano, em ritmo frenético. Fiquei durante um tempo numa das cinco equipes da Central Termoelétrica. Trabalhávamos em horários alternados, sendo dois dias das 23 às 7, dois dias das 7 às 15, e dois dias das 15 às 23, com folga de 96 horas. Na época, essas folgas eram bem aproveitadas, pois podia resolver assuntos pessoais, visitar meus pais, encontrar a namorada, bater uma bola com os amigos.
O problema era a volta, pois tinha de enfrentar a estrada (sorte que eram pistas duplas) logo depois do almoço, para chegar a tempo de dormir um pouco, e pegar o ônibus da usina por volta das 22.
No começo eu estranhei bastante. Depois, entrei no ritmo. Quando saí do turno, e fui para o horário administrativo, demorei um pouco para me acostumar.
O ritmo de trabalho no chamado ADM era melhor, por conta dos horários certos. O ruim é que as folgas passaram a ser somente aos finais de semana, com dois dias, e também tive um problema no órgão mais sensível do corpo humano: o bolso. Saindo do turno, perdi o adicional noturno...
Foi um período muito produtivo, em termos profissionais. Aprendi boas lições, que uso até hoje. Às vezes tenho sonhos relacionados com essa época. Alguns deles, meio catastróficos. O mais recente, há alguns dias, envolvia explosões e um incêndio infernal num dos Altos-Fornos. Nunca passei por uma situação semelhante na empresa. Sinceramente, espero que esse sonho seja apenas isso, um sonho ruim. Espero que minha antiga empresa não enfrente um problema desses.
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Aromas da infância
Tenho a felicidade de poder ir para o trabalho a pé. Meu carro, às vezes, fica dias na garagem, e só o tiramos para ir ao mercado, ou para algum compromisso. Bom para o bolso, e também para o meio ambiente. Coisas de cidade média.
Hoje pela manhã, tempo nublado, aquele friozinho causado pela massa de ar polar da vez, sigo meu caminho habitual. Ao passar por um determinado trecho, sinto um aroma conhecido, cuja lembrança vem desde a infância, na casa de minha avó materna, a saudosa Dona Áurea.
Às 08h00 o aroma das esfirras recém-tiradas do forno se espalhava pela vizinhança.
Reduzi um pouco a marcha para desfrutar daquele prazer repentino, e me lembrar das esfirras abertas que minha avó assava. Era uma daquelas cozinheiras que sabia quase todas as receitas de cabeça, apesar de ter seu livro com as mesmas, bem guardado numa das gavetas da cozinha.
Os aromas são uma parte importante na formação das nossas lembranças. E, na casa de minha avó, isso era particularmente intenso: fogão de lenha, pimenta do reino, café moído na hora, massas feitas em casa, molhos, bolos, pudins, doce de mamão, biscoitos, pães, limão galego, alecrim, uvas colhidas diretamente na parreira, rosas, figos, queijo com goiabada, feijão com folhas de louro, tomates com azeite, doce de abóbora e cheiro de terra molhada.
A vizinhança de minha casa de infância também tinha seus aromas próprios: a fábrica de macarrão, a padaria, a torrefação de café, a fábrica de essências, a sapataria (com uma curiosidade: o sapateiro também era violinista).
Bons tempos que voltam, assim, de repente, quando somos agradavelmente surpreendidos por um aroma familiar. Eu era feliz, e sabia. Sorte que ainda sou.
Hoje pela manhã, tempo nublado, aquele friozinho causado pela massa de ar polar da vez, sigo meu caminho habitual. Ao passar por um determinado trecho, sinto um aroma conhecido, cuja lembrança vem desde a infância, na casa de minha avó materna, a saudosa Dona Áurea.
Às 08h00 o aroma das esfirras recém-tiradas do forno se espalhava pela vizinhança.
Reduzi um pouco a marcha para desfrutar daquele prazer repentino, e me lembrar das esfirras abertas que minha avó assava. Era uma daquelas cozinheiras que sabia quase todas as receitas de cabeça, apesar de ter seu livro com as mesmas, bem guardado numa das gavetas da cozinha.
Os aromas são uma parte importante na formação das nossas lembranças. E, na casa de minha avó, isso era particularmente intenso: fogão de lenha, pimenta do reino, café moído na hora, massas feitas em casa, molhos, bolos, pudins, doce de mamão, biscoitos, pães, limão galego, alecrim, uvas colhidas diretamente na parreira, rosas, figos, queijo com goiabada, feijão com folhas de louro, tomates com azeite, doce de abóbora e cheiro de terra molhada.
A vizinhança de minha casa de infância também tinha seus aromas próprios: a fábrica de macarrão, a padaria, a torrefação de café, a fábrica de essências, a sapataria (com uma curiosidade: o sapateiro também era violinista).
Bons tempos que voltam, assim, de repente, quando somos agradavelmente surpreendidos por um aroma familiar. Eu era feliz, e sabia. Sorte que ainda sou.
domingo, 11 de julho de 2010
Teia de Aranha
A Teia de Aranha de hoje relembra algumas guloseimas.
Você, que viveu naquela época, certamente vai se lembrar. Vamos lá, não minta!
Sei que o sabor delas ficou na lembrança. Penso que nem será preciso fechar os olhos.

Bala Soft: quem nunca se engasgou com uma?

Cigarrinhos de chocolate da Pan: quem nunca fez pose com um desses entre os dedos, fingindo que fumava?

Eskibon: um verdadeiro clássico dos sorvetes, de sabor inimitável.

A propaganda é um clássico: groselha vitaminada Milani - Yahoo! (muito tempo antes do site, claro!).

Kri, um chocolate do barulho!

Um verdadeiro clássico dos chicletes.

Finalmente, o clássico dos clássicos, até hoje imbatível nos cinemas.
Você, que viveu naquela época, certamente vai se lembrar. Vamos lá, não minta!
Sei que o sabor delas ficou na lembrança. Penso que nem será preciso fechar os olhos.

Bala Soft: quem nunca se engasgou com uma?

Cigarrinhos de chocolate da Pan: quem nunca fez pose com um desses entre os dedos, fingindo que fumava?

Eskibon: um verdadeiro clássico dos sorvetes, de sabor inimitável.

A propaganda é um clássico: groselha vitaminada Milani - Yahoo! (muito tempo antes do site, claro!).

Kri, um chocolate do barulho!

Um verdadeiro clássico dos chicletes.

Finalmente, o clássico dos clássicos, até hoje imbatível nos cinemas.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Anos 80
Para quem gosta, vai uma dica.
A Jovem Pan 2, na internet, tem um canal com músicas dos anos 80. Vale a pena conhecer. Boas lembranças virão, com certeza.
O link:
http://webradiofm.virgula.uol.com.br/player_jp80/index.php?id_radio=9
Também tem um para as músicas dos anos 90.
A Jovem Pan 2, na internet, tem um canal com músicas dos anos 80. Vale a pena conhecer. Boas lembranças virão, com certeza.
O link:
http://webradiofm.virgula.uol.com.br/player_jp80/index.php?id_radio=9
Também tem um para as músicas dos anos 90.
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Teia de Aranha
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Teia de Aranha
sábado, 22 de maio de 2010
Teia de Aranha
Mais um capítulo da série Teia de Aranha.
Abaixo estão cinco séries que marcaram a TV nos anos 70 e 80.
É claro que estão entre minhas favoritas.
Agente 86
Personagens: Maxwell Smart, 99, Chefe, Agente 13, Larabee, entre outros.

Jeannie é um Gênio
Personagens: Jeannie, Major Nelson, Major Healey, Dr. Bellows, General Peterson

A Feiticeira
Personagens: Samantha, James, Tabatha, Endora, Tia Clara, Serena, Dr. Bombay, entre outros.

As Panteras
Personagens: Kelly, Jill, Sabrina, Bosley, Charlie (que nunca aparecia)

Perdidos no Espaço
Personagens: Dr. Zachary Smith, Família Robinson (John, Maureen, Judy, Penny, Will), Robô, Major West.

Vocês devem estar se perguntando: só essas?
É claro que não. Não se desesperem, pois vem muito mais por aí.
Abaixo estão cinco séries que marcaram a TV nos anos 70 e 80.
É claro que estão entre minhas favoritas.
Agente 86
Personagens: Maxwell Smart, 99, Chefe, Agente 13, Larabee, entre outros.

Jeannie é um Gênio
Personagens: Jeannie, Major Nelson, Major Healey, Dr. Bellows, General Peterson

A Feiticeira
Personagens: Samantha, James, Tabatha, Endora, Tia Clara, Serena, Dr. Bombay, entre outros.

As Panteras
Personagens: Kelly, Jill, Sabrina, Bosley, Charlie (que nunca aparecia)

Perdidos no Espaço
Personagens: Dr. Zachary Smith, Família Robinson (John, Maureen, Judy, Penny, Will), Robô, Major West.

Vocês devem estar se perguntando: só essas?
É claro que não. Não se desesperem, pois vem muito mais por aí.
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