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quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Virou moda

Há alguns dias, fui até o centrinho próximo de casa, para pagar umas contas, comprar remédios para a filhota, enfim, coisas de pai.
Estacionei o carro, desci, e olhei desinteressadamente para as lojas próximas. Notei que havia algo diferente ali. Sim, mas o quê?
Ah! Havia uma loja nova. Uma, não! Duas! Caramba, como a rotatividade está alta nesse pedaço!
Então eu notei que uma delas era uma barbearia. Dessas novas, que estão abrindo por todos os lados, cheia de firulas, com decoração ao estilo antigo. Com direito a games, cervejas diferentes e afins. Algumas têm até mesas de sinuca.
São a versão masculina dos salões de beleza, um point para tentar agregar os homens em torno de coisas "de homem". As mulheres devem pensar: "Como se não bastassem os botecos... Mais essa agora..."
Depois disso, passei a notar que há uma proliferação de novas barbearias, todas muito parecidas. Parecem franquias, que devem seguir o "padrão da marca".
Elas eram algo muito comum, antigamente. Um ponto de encontro, onde se lia o jornal do dia e as revistas da semana, se discutia sobre política, futebol e carros. E até se fazia a barba. Depois, aos poucos, foram sumindo. Poucas conseguiram sobreviver à popularização das lâminas de barbear, em substituição às temidas navalhas, que precisavam de mãos hábeis no seu manuseio, e ao abandono do uso das barbas. Estas ficaram nos rostos de apenas alguns renitentes usuários, assim como os bigodes.
Essa nova fase, com o renascimento desses estabelecimentos, é o resultado da "nova" moda de uso dos rostos masculinos cobertos por pelos. E isso dá trabalho. Em dois sentidos: uma barba bem feita requer cuidados, e nem todos têm tempo para isso, o que leva à necessidade de profissionais para realizar tais atividades, gerando empregos.
Resta saber quem vai conseguir sobreviver à concorrência. E quanto tempo vai durar essa moda.
Ah, sim! Li por aí que as barbas estão associadas à masculinidade. E este site aqui dá 10 motivos para deixá-la crescer.
Apenas a título de curiosidade, eu uso meu cavanhaque desde o ano 2000. Nesses 16 anos, só raspei o rosto umas três ou quatro vezes. Questão de escolha, sem influência de moda.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Eu tô um caco...

Na Folha On-line, aqui.

06/06/2011 - 09h43
Jovens de classe média adotam a preguiça como profissão - um artigo de Carlos Minuano

Um dos parágrafos da reportagem:
Andréa M., 22, formada em gastronomia, revela sua receita predileta: levar a vida em banho-maria. "Em plena quarta-feira, fui à praia com uma amiga. Se eu estivesse trabalhando, isso não seria possível", diz.
Outro trecho:
Ela conta que, para espantar a monotonia, sai três ou quatro vezes por semana. Seu roteiro inclui bares e baladas na Vila Madalena.
Andréa admite que os seus pais não concordam muito com sua situação atual. "Vivem me dizendo para ir trabalhar. Mas agora, no inverno, prefiro é ficar embaixo das cobertas."


Um descansozinho de vez em quando, tudo bem. Às vezes eu também tenho vontade de ficar embaixo do edredon, principalmente nos dias mais frios. Mas abusar da sorte já é demais, certo?
No lado dos mais novos, tenho visto com frequência pessoas dizendo que querem retardar sua entrada no mercado de trabalho. Muitas vezes, o motivo é fazer uma pós-graduação, ou um curso de línguas. Mas, às vezes, o motivo é querer ficar o maior tempo possível na barra da saia, ou na aba.
Já no lado dos mais velhos, vejo um contingente cada vez maior de profissionais querendo se aposentar o mais rápido possível. Os motivos são vários: cansaço, desânimo, falta de perspectivas.
Poderíamos escrever um tratado psicológico abordando esse aspecto da vida moderna.
Seria uma busca do prazer, pelo prazer, ou do ócio, pelo ócio? E sem querer pagar o preço? Onde chegaremos?
Bem, não sei onde chegaremos, mas posso descansar um pouquinho antes de irmos? Eu tô um caco...

Para complementar, na reportagem da Folha tem um gráfico com os 10 mandamentos do ócio. Vocês vão se divertir:

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Uma troca justa

Caros amigos,
Vocês que me acompanham já devem ter percebido que meu ritmo de postagens diminuiu.
Explico.
Venho tentando me desconectar aos poucos desse vício chamado "computador ligado à internet".
Para isso, tenho meus aliados: o tênis (essa tal raquete nova é o bicho!), as caminhadas, os livros e minha esposa, que fica me policiando e me mandando desligar o computador.
Lá estou eu, navegando a mil com o desktop e o notebook ligados, fone de ouvido com o melhor do rock'n'roll, e querendo ver todos os sites dos jornais e revistas, ler todos os comentários sobre política, saber das útlimas dos esportes, conferindo os e-mails de todas as contas e...
Por cima do ombro, sobrepujando o som dos fones, vem a frase que já está se tornando um clássico aqui em casa:
- Ei, alienado, já são 22h00. Vê se desliga essa parafernália e vai dormir cedo!
E ela está mais do que certa.
Essa troca do mundo virtual pelo mundo real tem sido bem mais saudável.
Prefiro a canseira do corpo, aliada aos quilos a menos na balança, à canseira mental e aos olhos vermelhos e ressecados. Isso sem falar no sono mais tranquilo.
Alguém aí vai se animar?

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Vida de concurseiro I

A partir de uma certa idade, normalmente na casa dos quarenta, o ser humano começa a fazer questionamentos sobre a vida, suas escolhas, seus erros e acertos, sua maneira de ver o mundo...
Para o concurseiro, tais questões são:
1. Quem sou eu?
- Sou alguém que vive em função dos editais, dos livros, das apostilas e da jurisprudência do Supremo, claro.
2. O que faço aqui?
- Estudo. Se possível, até no chuveiro.
3. Qual o sentido da vida?
- Sei lá! Isso está no conteúdo programático? Se não estiver, só vou me preocupar com isso depois. Bem depois. Agora não dá!
4. Para que serve tudo isso?
- Para passar no concurso, claro!
5. De onde vim?
- De um emprego sem perspectiva, sem estabilidade, com salário abaixo do que eu penso que mereço.
6. Para onde vou?
- Para um emprego melhor, pelo menos por enquanto. Estou de olho naquele edital que deve sair no ano que vem...

Vivemos em função do concurso, seja ele qual for. Mais especificamente, da data da prova. Não fazemos outra coisa senão pensar na prova, em atualizar o material de estudo, em discutir aquela questão nebulosa, em fazer exercícios...
A vida torna-se regrada, com horário de trabalho, volta para casa, banho, lanche, rápido descanso, e estudo. No final de semana, estudo em três períodos.
Os diálogos abaixo são bem conhecidos:
- Cara, vem aí um final de semana prolongado. Vamos fazer um churrasco?
- Nem pensar. Vou aproveitar para ler aquele livro novo de Direito Constitucional que comprei.
Ou então:
- Você não vai levar o cachorro para passear? Faz horas que ele está lá, perto do portão, olhando para a rua e para a guia pendurada na área...
- Só depois da prova.
Tudo fica para depois da prova. E se não passar? Bem, mais uma vez adia-se tudo para depois da próxima prova, porque a carga de estudo tem que aumentar.
- O edital deve sair no mês quem vem. Vou parar tudo para estudar.
- Mas já não tinha parado tudo antes? Quanto tempo faz que não vamos tomar um chope? Ou ao cinema?
E assim a vida passa, e tudo fica para depois. Vivemos outra realidade. Vida de concurseiro é assim.
Culpa de quem? Nossa, do sistema, da vida, do mercado de trabalho...
- Para de filosofar, bobão! Chega de pensar besteira. Olha aí a quantidade de matéria que ainda tem para revisar. A prova está chegando!
Vida de concurseiro é dura!