Janeiro, mês de verão, muito sol, temperaturas elevadas, clube, piscina, muitas partidas de tênis, uma cervejinha gelada, ar condicionado ou ventilador a mil, roupas leves. Muito bom, não é?
Sim, seria tudo verdadeiro e muito bom se aqui no planalto central não estivéssemos sob chuvas diárias e prolongadas.
Praticamente não demos as caras no clube, estamos usando calça de abrigo e moleton dentro de casa, e dormindo de edredon todas as noites.
Guarda-chuva é item de primeira necessidade. Faz parte do kit de sobrevivência.
Sol é artigo de luxo. Sabemos que ele está lá, reinando sobre as nuvens pesadas e perenes, pois se trata de verdade natural e incontestável. Entretanto, não o vemos há dias.
O Metrô continua em greve, sem perspectiva de volta às operações normais. Parece-me que os trens não operam tão cheios, a não ser nos horários de pico, prejudicando quem mais precisa deles.
Já os ônibus enfrentam um efeito tostines: estão caindo aos pedaços por que caem nos buracos, ou caem nos buracos por que estão aos pedaços?
De qualquer maneira, muitos deixam de usar o transporte coletivo e tiram seus carros da garagem, entupindo as ruas e aumentando os congestionamentos. Que sob a chuva ficam ainda mais chatos.
O asfalto das vias do DF está em pandarecos, como dizia minha avó. Os buracos se multiplicam como bactérias, ameaçando os pobres e incautos condutores. Notícias de pneus rasgados e rodas arrebentadas já não são mais manchetes. Assim como as desculpas das autoridades, especialistas em culpar a natureza, o Criador e os governos anteriores.
Pela TV vemos as notícias cada vez mais impactantes de rios transbordando, encostas ameaçadas, quedas de barreiras, estradas destruídas, plantações devastadas, vidas perdidas... Um começo de ano bastante triste e problemático para muitos.
Por enquanto, a chuva deu uma trégua. Mas, antes de anoitecer, vi que nuvens extremamente ameaçadoras estavam no horizonte. Esta noite promete...
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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Perrengues pluviais
Sábado à tarde, depois de sairmos do clube, passamos no mercado. Durante as compras, percebemos a diminuição da claridade, e ouvimos a chuva batendo forte no teto. Na saída, a chuva parecia querer diminuir.
Fiquei obviamente aliviado. Fizemos o retorno próximo ao shopping e pegamos o caminho de volta para casa. Ao entrar na EPGU, de repente, o mundo veio abaixo. A chuva passou de leve a torrencial, com a visibilidade abaixo de 10 metros. Ainda era dia, mas parecia que o crepúsculo havia se adiantado...
A velocidade foi reduzida, mas não havia onde parar. Segui em frente.
- Caramba, que chuva, hein?
Minha esposa estava bastante assustada, e apenas balbuciou, concordando.
Mais alguns metros e um barulho chamou-me a atenção: granizo! Pequenas pedras de gelo por todos os lados. Gelei, tal qual as pedras, pois simplesmente continuava sem lugar para que pudéssemos nos proteger. Felizmente foi rápido, e assim como surgiram, sumiram.
Chegamos em casa sob chuva forte, e tivemos que deixar as compras no carro. Somente depois de 40 minutos consegui descarregar tudo. Logo depois, ao olhar o céu, o sol se fez presente, e parecia não ter havido nada. Que bom! O susto ficou para trás.
Ao anoitecer, lá veio o convite:
- Vamos passear naquele shopping que ainda não conhecemos?
- OK! O céu está bastante carregado, mas acho que conseguiremos voltar antes da chuva, se é que vai chover de novo! - respondi com um sorriso.
E lá fomos nós, felizes, ouvindo o bom e velho rock'n'roll.
Como não havia vagas no estacionamento público, entramos no pago, coberto, e fomos "bater perna".
Passeio feito, chegou a hora de voltar para casa. Paguei o tíquete, e fomos para a garagem. Notei que alguns carros entravam molhados. Comentei, rindo:
- É, a chuva não esperou...
Ao sair, percebi que a enxurrada estava grande, e a chuva continuava a cair com certa intensidade.
- Bem, já que estamos aqui, vou pela W3, apesar dos semáforos. Não deve ter muito movimento.
Realmente, quase não havia movimento. O que havia era muita água acumulada, em vários pontos, ao longo de toda a Asa Sul. E a enxurrada vinha de todos os lados, complicando ainda mais o trânsito.
O medo da tarde voltou com força, quando cheguei próximo do Pão de Açúcar do final da W3, e vi os carros à minha frente atravessarem um verdadeiro rio.
A água chegava ao meio das rodas.
Pensei em pegar a pista de volta e cortar pelo meio da quadra, indo para o Eixão. Mas, ao olhar para a tal pista, desisti... Estava ainda mais cheia, por ser mais baixa.
Lá na frente, o nível da água continuava a subir, mas os carros estavam passando.
- Vou arriscar, não podemos ficar aqui parados.
Engatei a primeira, acelerei e segui, mas o receio era de que as coisas poderiam ficar piores a qualquer momento. A chuva continuava, inclemente.
Encostei o carro no canteiro central, onde a pista era um pouco mais alta, e cheguei ao sinal. Vários carros parados, aguardando nervosamente o sinal verde. A tensão aumentava, assim como o nível da água...
Finalmente, a tão esperada luz verde surgiu. Todos saíram tão rápido quanto possível, e respirei aliviado. Estávamos voltando para casa.
Aumentei o volume da música e já respirava mais tranquilamente, quando percebi vários pontos alagados na EPTG...
Todos reduziram a velocidade, e as cortinas de água subiam conforme os carros passavam.
- Pô, de novo? Não basta o que passamos à tarde?
Pensei: isso tudo aqui foi construído recentemente! Será que ninguém pensou na drenagem da pista? Para que um acidente ocorra, não precisa muito...
Finalmente a entrada para o Guará surgiu à minha frente. Relaxei minhas mãos no volante. Nossa casa estava próxima.
Fui dormir com os ombros ainda tensos. Ninguém merece dois perrengues pluviais no mesmo dia.
Fiquei obviamente aliviado. Fizemos o retorno próximo ao shopping e pegamos o caminho de volta para casa. Ao entrar na EPGU, de repente, o mundo veio abaixo. A chuva passou de leve a torrencial, com a visibilidade abaixo de 10 metros. Ainda era dia, mas parecia que o crepúsculo havia se adiantado...
A velocidade foi reduzida, mas não havia onde parar. Segui em frente.
- Caramba, que chuva, hein?
Minha esposa estava bastante assustada, e apenas balbuciou, concordando.
Mais alguns metros e um barulho chamou-me a atenção: granizo! Pequenas pedras de gelo por todos os lados. Gelei, tal qual as pedras, pois simplesmente continuava sem lugar para que pudéssemos nos proteger. Felizmente foi rápido, e assim como surgiram, sumiram.
Chegamos em casa sob chuva forte, e tivemos que deixar as compras no carro. Somente depois de 40 minutos consegui descarregar tudo. Logo depois, ao olhar o céu, o sol se fez presente, e parecia não ter havido nada. Que bom! O susto ficou para trás.
Ao anoitecer, lá veio o convite:
- Vamos passear naquele shopping que ainda não conhecemos?
- OK! O céu está bastante carregado, mas acho que conseguiremos voltar antes da chuva, se é que vai chover de novo! - respondi com um sorriso.
E lá fomos nós, felizes, ouvindo o bom e velho rock'n'roll.
Como não havia vagas no estacionamento público, entramos no pago, coberto, e fomos "bater perna".
Passeio feito, chegou a hora de voltar para casa. Paguei o tíquete, e fomos para a garagem. Notei que alguns carros entravam molhados. Comentei, rindo:
- É, a chuva não esperou...
Ao sair, percebi que a enxurrada estava grande, e a chuva continuava a cair com certa intensidade.
- Bem, já que estamos aqui, vou pela W3, apesar dos semáforos. Não deve ter muito movimento.
Realmente, quase não havia movimento. O que havia era muita água acumulada, em vários pontos, ao longo de toda a Asa Sul. E a enxurrada vinha de todos os lados, complicando ainda mais o trânsito.
O medo da tarde voltou com força, quando cheguei próximo do Pão de Açúcar do final da W3, e vi os carros à minha frente atravessarem um verdadeiro rio.
A água chegava ao meio das rodas.
Pensei em pegar a pista de volta e cortar pelo meio da quadra, indo para o Eixão. Mas, ao olhar para a tal pista, desisti... Estava ainda mais cheia, por ser mais baixa.
Lá na frente, o nível da água continuava a subir, mas os carros estavam passando.
- Vou arriscar, não podemos ficar aqui parados.
Engatei a primeira, acelerei e segui, mas o receio era de que as coisas poderiam ficar piores a qualquer momento. A chuva continuava, inclemente.
Encostei o carro no canteiro central, onde a pista era um pouco mais alta, e cheguei ao sinal. Vários carros parados, aguardando nervosamente o sinal verde. A tensão aumentava, assim como o nível da água...
Finalmente, a tão esperada luz verde surgiu. Todos saíram tão rápido quanto possível, e respirei aliviado. Estávamos voltando para casa.
Aumentei o volume da música e já respirava mais tranquilamente, quando percebi vários pontos alagados na EPTG...
Todos reduziram a velocidade, e as cortinas de água subiam conforme os carros passavam.
- Pô, de novo? Não basta o que passamos à tarde?
Pensei: isso tudo aqui foi construído recentemente! Será que ninguém pensou na drenagem da pista? Para que um acidente ocorra, não precisa muito...
Finalmente a entrada para o Guará surgiu à minha frente. Relaxei minhas mãos no volante. Nossa casa estava próxima.
Fui dormir com os ombros ainda tensos. Ninguém merece dois perrengues pluviais no mesmo dia.
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Frio básico
Amigos, voltei.
Precisei tirar uns pinguins de cima do notebook, para poder postar uma mensagem.
Fui dormir no sábado com um céu estrelado, e uma temperatura bem agradável, com o já tradicional pensamento: levantar cedo e encarar uns sets de dupla no clube, com direito a algumas cervejas como aperitivo para o almoço...
Acordei todo encolhido, perguntando-me o que havia de errado... Levantei-me, e fui até o banheiro. Pelo vitrô fechado, parecia que o céu estava encoberto... Que estranho...
Abri-o, e tomei um susto: temperatura baixíssima, um vento cortante, e o céu realmente carregado. Pensei: de onde veio essa mudança súbita e radical, ocorrida em apenas seis horas?
De repente, caiu a ficha: lá no meio da semana, eu ouvi na TV que a previsão era de mudança do tempo no domingo. Mais uma vez, eles acertaram em cheio!
Voltei para a cama resmungando um pouco, mas ao mesmo tempo pensei: dormir com esse frio é o bicho! Puxei o edredon quietinho para não acordar a minha mulher, e dormimos até tarde. Depois do almoço, fomos jogar baralho na casa de amigos, e retornamos diretamente para casa, ansiosos por nos enfiarmos embaixo das cobertas.
Enfrentamos temperaturas bastante baixas também nesta segunda-feira, com a diferença de que o céu amanheceu e permaneceu totalmente limpo. Assim que o sol se pôs, meus pés viraram pedras de gelo... Hora de tirar o meião de futebol da gaveta. Ele é bem útil, e não só no campo!
Conversei agora há pouco com uma grande amigo pelo telefone, para cumprimentá-lo por seu aniversário. Ele está em Nova Friburgo, RJ. Perguntei-lhe sobre o clima na serra, e a resposta fez-me tremer: a temperatura havia chegado a apenas 3 ºC.
E temos a previsão de mais uma madrugada gelada. Enfim, o inverno chegou, trazendo um friozinho básico.
Bem, chega de conversa fiada. Preciso alimentar os pinguins.
Precisei tirar uns pinguins de cima do notebook, para poder postar uma mensagem.
Fui dormir no sábado com um céu estrelado, e uma temperatura bem agradável, com o já tradicional pensamento: levantar cedo e encarar uns sets de dupla no clube, com direito a algumas cervejas como aperitivo para o almoço...
Acordei todo encolhido, perguntando-me o que havia de errado... Levantei-me, e fui até o banheiro. Pelo vitrô fechado, parecia que o céu estava encoberto... Que estranho...
Abri-o, e tomei um susto: temperatura baixíssima, um vento cortante, e o céu realmente carregado. Pensei: de onde veio essa mudança súbita e radical, ocorrida em apenas seis horas?
De repente, caiu a ficha: lá no meio da semana, eu ouvi na TV que a previsão era de mudança do tempo no domingo. Mais uma vez, eles acertaram em cheio!
Voltei para a cama resmungando um pouco, mas ao mesmo tempo pensei: dormir com esse frio é o bicho! Puxei o edredon quietinho para não acordar a minha mulher, e dormimos até tarde. Depois do almoço, fomos jogar baralho na casa de amigos, e retornamos diretamente para casa, ansiosos por nos enfiarmos embaixo das cobertas.
Enfrentamos temperaturas bastante baixas também nesta segunda-feira, com a diferença de que o céu amanheceu e permaneceu totalmente limpo. Assim que o sol se pôs, meus pés viraram pedras de gelo... Hora de tirar o meião de futebol da gaveta. Ele é bem útil, e não só no campo!
Conversei agora há pouco com uma grande amigo pelo telefone, para cumprimentá-lo por seu aniversário. Ele está em Nova Friburgo, RJ. Perguntei-lhe sobre o clima na serra, e a resposta fez-me tremer: a temperatura havia chegado a apenas 3 ºC.
E temos a previsão de mais uma madrugada gelada. Enfim, o inverno chegou, trazendo um friozinho básico.
Bem, chega de conversa fiada. Preciso alimentar os pinguins.
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