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domingo, 13 de junho de 2010

E a Copa finalmente chegou...

A copa finalmente chegou.
Foram anos de preparação no país-sede, com muitos milhões de dólares gastos em estádios. E nem tanta preparação por parte dos times. Mas essa é outra história.
O que vimos até agora? "Emocionantes" empates e placares mínimos.
Agora, aguenta:
- Os telejornais mostrarão seus repórteres em frente e dentro dos estádios, dentro dos vestiários, nos gramados, nas arquibancadas, nas ruas, em entrevistas e reportagens "interessantíssimas", cada um querendo mostrar o lado mais pitoresco da África (e não só a do Sul).
- Todos os dias teremos concentrações, jogos, reportagens, jogos, mesas redondas, quadradas, ovóides, triangulares, sem pé e nem cabeça, mais jogos, entrevistas com "especialistas" (sempre eles...), outros jogos, compactos, melhores momentos, piores momentos, momentos sem qualquer importância, e, claro, jogos.
- Depois dos jogos, as indefectíveis entrevistas coletivas, com aquela enxurrada de perguntas importantes e inteligentes de repórteres ávidos por mostrar serviço e justificar sua presença na cobertura da copa, associadas, claro, às respostas ainda mais importantes e inteligentes de jogadores e técnicos.
Quer saber de uma coisa? Quem viu duas entrevistas, uma do time ganhador, e outra do perdedor, viu todas. Não muda nada. Só a língua é diferente. Já o conteúdo...
Será uma overdose. Depois, vem a síndrome do pós-copa: acabam-se os jogos, e haverá crises de abstinência severas, que serão parcialmente aplacadas com os joguinhos do "campeonato brasileiro".
E preparem-se, pois daqui a quatro anos teremos uma copa só nossa...
A Copa de 2014 será um sucesso? Não sei. Pode ser. Só sei que, para que tudo (?) fique pronto, serão gastos centenas de milhões de dólares, a toque de caixa.
Meu amigo contribuinte, vamos compartilhar um segredo? Concorda?
Ei-lo: boa parte do dinheiro virá dos nossos muitos impostos, apesar de nossos governantes dizerem que não.
Depois não digam que eu não avisei.
E o que ficará? Somente estádios, para serem usados pelo nosso desorganizado futebol, comandado pelos mesmos de sempre. Este osso é um dos mais apetitosos, por isso é difícil de largar. Que o digam certos "cartolas".
Buscaremos o hepta em 2014? Provavelmente não. Duvido que sejamos hexa. Posso até morder a língua, mas assumo o que escrevi.
- Pô, mas você não é patriota! Está torcendo contra!
- Sou patriota, sim. Só penso que, a cada dia, aumenta-se mais e mais a valorização do futebol, em detrimento de outras áreas que deveriam, sim, ser valorizadas: educação, saneamento, segurança, infraestrutura. Quanto a torcer contra, não é bem assim. Torço para que seja campeão, mas não creio no sucesso desse time.
Agora vem a Pergunta Básica, que vai direto na ferida: o que realmente muda na sua vida o fato de o Brasil ser campeão mundial de futebol?

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