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quarta-feira, 23 de junho de 2010

Muito barulho por nada?

Um sinal característico dos tempos modernos, nas grandes cidades, é a vida agitada, a correria insana, os compromissos inadiáveis, o movimento intenso (às vezes eu me pergunto: para quê tudo isso, mesmo?).
Carros nas ruas a toda hora, shoppings, bares, restaurantes e até carrinhos de lanche sempre cheios, anúncios luminosos por toda parte, instigando o consumo desenfreado.
Com tantas luzes e tanto barulho, o que seria próprio para o momento de descanso noturno torna-se quase impossível: escuro e silêncio.
Felizmente moro em uma cidade de porte médio, em uma rua quase sempre tranquila.
Numa noite dessas, na transição do outono para o inverno, com baixa umidade do ar, acordei por volta de três horas, com a boca seca.
Levantei-me, fui até a cozinha, tomei aquele copo de água reparador, e retornei à cama, ajeitando-me nas cobertas. Como demorei um pouco a pegar no sono, fiquei prestando atenção em alguma coisa indefinida, sem saber direito o que era.
Após breves instantes, a ficha caiu. Reinava o mais absoluto silêncio na vizinhança.
Alguns minutos depois, ouvi ao longe o toque eletrônico da moto do guarda noturno (antigamente era o apito, e os guardas andavam a pé – sinal dos tempos).
Peguei no sono logo após, contente por ainda poder desfrutar dessa benção: o silêncio reconfortante.
Melhor aproveitar. Pode ser que, em breve, o barulho passe a nos incomodar por mais tempo.

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