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domingo, 14 de novembro de 2010

Notas sobre uma cidade grande 1

Para quem mora no interior, a chegada a uma cidade como São Paulo sempre é um choque, não importa quantas forem as viagens feitas.
Principalmente se considerarmos que a região metropolitana começa a muitos quilômetros de Sampa propriamente dita, de qualquer direção que se venha. E isso vale também pelo ar...
É um Leviatã, verdadeiro organismo de concreto cinzento, coroado por um manto ora marrom, ora cinza de poluentes, recheado por artérias de asfalto, onde os habitantes são simples células desse corpo imponente, impressionante, fascinante e aterrorizante.
Uma das primeiras impressões que se tem, ao andar pelas ruas, é que as pessoas praticamente não se olham nos olhos. Uns olham para o chão, outros olham para o infinito, na tradicional “cara de paisagem”, ou parecem olhar através de nós. Penso que muitos, se pudessem, nem olhariam.
O mp3 (ou 4, 5, 6...), com fone de ouvido, é um campeão de uso, juntamente com o celular. Eles estão em todos os lugares: ônibus, carros, motos, metrô, calçadas, shoppings. Cada um está em seu mundo particular, mas usando o mesmo espaço. É um estar não estando, uma presença ausente, talvez fuga temporária das agruras e das aflições diárias.
A cidade grande não é para amadores...

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