Entra ano, sai ano, e precisamos voltar ao tema. Mais uma vez chegamos ao Dia Mundial do Meio Ambiente, "comemorado" hoje, dia 5 de junho.
Dessa vez não tivemos tsunami, e nem outra Fukushima, mas tivemos finalmente a votação do novo código florestal. E em breve teremos a tal Rio+20.
Os chefes de estado virão, com seus séquitos de aspones, e farão discursos quase vazios, repetindo clichês e chavões, pregando algo que nunca farão. Serão horas e mais horas de discussões, de relatórios, de trabalhos, de conferências, tanto do lado oficial, quanto do lado extra-oficial.
Haverá grupos de radicais, de alternativos, de neo-hippies, de capitalistas, de liberais, de neo-liberais, de conservadores, de... Bem, serão grupos para todos os gostos.
Uns dirão que o aquecimento global é algo real, outros dirão que é
balela. Questionarão o tamanho do buraco na camada de ozônio, e a perda
das florestas tropicais. Dirão que a China não pode mais crescer no
ritmo em que está. Afirmarão que o padrão de consumo dos EUA não pode
permanecer nos patamares atuais. E blá, blá, blá...
O discurso, no final, parecerá afinado, mas mostrará claras discordâncias, com mais dúvidas do que certezas. Haverá as tradicionais críticas ao padrão insustentável de consumo, à produção a qualquer custo, ao capitalismo predatório, etc.
Enfim, mais do mesmo.
Já vi esse filme. O final é previsível. Aguardem a Rio+30. Quero estar errado, mas adianto que não deve haver grandes novidades até lá.
Continuamos a não ter o que comemorar.
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