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quarta-feira, 4 de maio de 2011

Crônica de uma morte anunciada

Caros amigos, infelizmente somos testemunhas oculares da história, e lemos, ao mesmo tempo em que escrevemos, a crônica de uma morte anunciada.
Vemos, através do vidro da UTI, nosso meio ambiente moribundo, deitado numa cama, todo entubado.
Grandes partes de seu corpo são amputadas, a cada dia.
As atribuições dos principais órgãos ambientais estão se esvaindo, tal como o sangue flui de um corte profundo.
A capilaridade dos órgãos ambientais diminui a olhos vistos, tal como as pequenas veias colapsam.
Sua capacidade de execução está reduzida, garroteada pelo corte de verbas, tal como um membro prestes a ser amputado.
Estão todos fracos e atrofiados, por não poderem se mover.
Estão enjoados, de tanto engolir sapos.
Sua capacidade pensante está prejudicada pela evasão de servidores,
tal como a morte dos neurônios causada pelo Alzheimer.
Aquele que seria o suposto remédio, o tal novo código florestal, pode ser um
veneno amargo, de efeito muito rápido.
O sangue está contaminado, tal qual nossas águas.
Os pulmões estão prejudicados, devido ao ar poluído.
Os olhos estão obstruídos, devido à ganância, tal qual catarata.
A surdez já se instalou, causada pelo barulho incessante das máquinas do progresso.
A pele está insensível, devido ao efeito dos produtos químicos tóxicos.
Depois que o último tubo for retirado, depois que o último suspiro ocorrer, o que não deve tardar, por favor, alguém pode apagar a luz da UTI?

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