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terça-feira, 20 de abril de 2010

A dobradinha e a evolução

- Cara! Comi uma dobradinha, ontem, na casa do Fulano! Simplesmente divina!
- Eu não gosto de dobradinha. Nem do cheiro. Não suporto!
- Como você não gosta? É uma delícia! Com uma pimentinha, então...
Podia ser chocolate, bolo de cenoura, sorvete de cajamanga, ovo frito, camarão ou chá de gengibre, não importa. A essência da história é sempre a mesma.
Por que será que tentamos impor nossos gostos aos outros? E por que não aceitamos que os outros não gostem de coisas das quais nós gostamos?
Simples. Porque cada um é cada um. Somos diferentes. Temos gostos diferentes. Temos criações diferentes. Temos histórias de vida diferentes.
Mas o ser humano não aceita quem é diferente.
Os opostos se atraem, é o que sempre ouvimos. No eletromagnetismo, pode ser. Mas, na vida, os semelhantes se atraem.
Andamos com pessoas que gostam de tênis, de futebol, de sinuca, ou de aviões. Se gostamos de ficção científica, não admitimos que alguém possa gostar de musicais. Se gostamos de rock pauleira, não suportamos quem gosta de música breganeja. E vice-versa.
Para aceitarmos as diferenças, ainda temos muito que evoluir.
Posso evoluir, mas vou continuar a não gostar de dobradinha. Prefiro um ovo frito.

Um comentário:

  1. Gege, parabéns pelo blog! Soou-me leve, plural e tolerante. Precisamos disso muito mais do que sabemos.
    Um abraço!
    Cristiano

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