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domingo, 18 de abril de 2010

Um nome que poucos gostam de falar

Um grupo de amigos em conversa. O lugar pode variar, assim como a ocasião. Mas o teor, geralmente, é o mesmo, com pouquíssimas variações.
- Tem visto o Zé das Couves?
- Não. Faz tempo que não o vejo. Alguém sabe dele?
- Está internado. Fiquei sabendo esses dias. Está quase pele e osso.
- Pô, mas ele era uma fortaleza. Parecia um armário.
- O que ele tem?
- CA.
E aí, um dos amigos que estava chegando, pois foi buscar mais uma cerveja para a turma, não ouviu direito e pergunta de novo qual doença o amigo em comum tem. E alguém da roda responde:
- Câncer.
Todos os olhares se voltam para ele, com um misto de reprovação e horror, como que a dizer: você tem coragem de dizer esta palavra?
Aí sou eu que pergunto: por que não dar às coisas os nomes que elas têm?
Por que as pessoas têm receio em dizer o nome dessa doença, que acomete milhões de pessoas em todo o mundo? Na minha opinião, é mais um sintoma da nossa estupidez.
O fato de dar ao câncer um acrônimo, uma abreviatura, ou usar uma metáfora, um ainda um eufemismo, não vai fazer com que ele deixe de existir, ou não nos pegue “na virada da curva”.
Cabe, sim, informação, prevenção e tratamento.
O que não cabe é querermos nos esconder, nos enganar, e “dourar a pílula”.

Para começarmos a nos informar, que tal uma visita ao site do INCA?
http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/inca/portal/home

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