13 de abril de 2010
Manchete da Folha de São Paulo:
Começa a valer nesta terça-feira o novo código de ética médica.
Notícia no link: http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u720032.shtml
Manchete no Estadão:
Novo Código de Ética Médica veta terapia inútil em doente terminal.
Notícia no link: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100412/not_imp537056,0.php
Tudo muito louvável. A atividade médica precisa ser regulamentada.
Por todos os cantos do país se ouve a expressão “a máfia de branco”. Cabe aos médicos reverter este quadro.
E precisamos ficar atentos ao cumprimento de mais uma regra imposta a um segmento profissional. Como se não bastasse termos que observar e cumprir milhares de códigos, leis, decretos, decretos-leis, medidas provisórias, instruções, portarias, resoluções, ainda temos que vigiar os outros.
Resta saber se esse código de ética “vai pegar”... A começar pelas famosas receitas ilegíveis. No Brasil, como muita gente sabe, há leis que pegam, e leis que não pegam.
Reza a lenda que um estudante de medicina, quando entra na faculdade, pensa que é Deus. Quando sai, tem a certeza.
E ainda tem aquela famosa lenga-lenga: assim que pega o diploma de bacharel, o novo médico logo vai colocando o título indevido antes do nome: Doutor Fulano. Um pouquinho de humildade é bom. Mal sabe diagnosticar uma tuberculose (como se pode ver pelos resultados dos exames feitos com os recém-formados), e já se acha um renomado doutor...
Neste país de analfabetos funcionais, nunca é demais lembrar: doutor é quem tem doutorado, ou seja, estudou, cumpriu todos os créditos, escreveu e defendeu uma tese de doutoramento perante uma banca, sendo tal tese aprovada. Depois, seu diploma deve ser registrado para ter validade. Diploma sem registro não vale. Acrescente-se que este é um título acadêmico.
O mesmo vale para advogados...
Ah! País dos doutores!
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