Obrigado pela visita, e volte sempre que quiser!

Pesquisar este blog

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Uma polêmica desnecessária

Na Folha, aqui.

24/02/2011 - 20h01
Beyoncé escurece pele para sessão de fotos e causa polêmica
De acordo com a reportagem, Beyoncé escureceu o rosto para uma sessão de fotos.
E na internet surgiram dois lados polemizando: os que criticaram, dizendo que a foto é racista, e os que acharam que os críticos são sensíveis demais.
Eis aqui um exemplo de polêmica totalmente desnecessária, deslocada e sem base.
Mais parece uma total falta do que fazer.
Por que não criticar as ditaduras sangrentas, a falta de democracia, a poluição, o consumo desenfreado, o trabalho escravo, as guerras, a perpetuação da fome e da dependência, o tráfico de drogas que é alimentado pelo consumo?
Por que não execrar a ditadura da magreza imposta pelos auto-proclamados "estilistas"?
Por que não deixarmos de lado a estupidez que assola nossa espécie supostamente inteligente?
Haverá uma saída?

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Uma troca justa

Caros amigos,
Vocês que me acompanham já devem ter percebido que meu ritmo de postagens diminuiu.
Explico.
Venho tentando me desconectar aos poucos desse vício chamado "computador ligado à internet".
Para isso, tenho meus aliados: o tênis (essa tal raquete nova é o bicho!), as caminhadas, os livros e minha esposa, que fica me policiando e me mandando desligar o computador.
Lá estou eu, navegando a mil com o desktop e o notebook ligados, fone de ouvido com o melhor do rock'n'roll, e querendo ver todos os sites dos jornais e revistas, ler todos os comentários sobre política, saber das útlimas dos esportes, conferindo os e-mails de todas as contas e...
Por cima do ombro, sobrepujando o som dos fones, vem a frase que já está se tornando um clássico aqui em casa:
- Ei, alienado, já são 22h00. Vê se desliga essa parafernália e vai dormir cedo!
E ela está mais do que certa.
Essa troca do mundo virtual pelo mundo real tem sido bem mais saudável.
Prefiro a canseira do corpo, aliada aos quilos a menos na balança, à canseira mental e aos olhos vermelhos e ressecados. Isso sem falar no sono mais tranquilo.
Alguém aí vai se animar?

Uma grafia e três itens explosivos

Na internet, nos jornais, nas revistas, na TV, enfim, na mídia em geral, já vi todas as grafias possíveis para esse nome ao longo dos últimos anos de um regime simplesmente asqueroso (e a quem certo chefe de estado recente e altamente equivocado e aloprado chamou de líder e irmão): Kadafi, Kadaffi, Kaddafi, Kaddaffi, Khadafi, Khadaffi, Khaddafi, Khaddaffi, Gadafi, Gadaffi, Gaddafi, Gaddaffi, Ghadafi, Ghadaffi, Ghaddafi, Ghaddaffi.

Seja lá qual for o nome, em que planeta vive este senhor, que se acha acima de tudo e de todos?
Que osso é esse, cujo sabor é tão bom, que certos "líderes" não querem deixar de provar?
Que sentimento é esse, inebriante, viciante, delirante, potente, que certos seres não querem dele se apartar?
Ao longo dos séculos, certa frase mudou apenas de aspecto, mas o conteúdo permance o mesmo: quer conhecer o verdadeiro caráter de uma passoa? Dê-lhe poder, dinheiro e bebida.
E olhe que nem precisa ser nessa ordem, e nem precisa juntar os três. Agora, quando os três itens se juntam, bem, já vimos o resultado bem perto de nós...

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Eu quero!

Exemplo característico da estupidez humana, no Globo:
Veja a notícia aqui.
Publicada em 18/02/2011 às 09h11
Mexicana faz greve de fome por convite para o casamento de William e Kate

Bem, no dia 18, a tal Estíbalis Chávez, de 19 anos, dizia estar já há 9 dias em greve de fome para conseguir o convite para o "casamento do ano". Nem sei o que aconteceu com ela, mas hoje já seria o 11º dia.
Ah! A tal greve de fome... Ainda não havia falado sobre isso antes, mas lá vai, para quem quiser ouvir/ler/comentar.
Para mim, isso é uma enorme, gigantesca, estúpida e insana babaquice.
Ainda mais para uma "causa" como essa.
Provavelmente, essa mexicana não tem mais nada para fazer na vida, a não ser ficar plantada na frente da embaixada do Reino Unido.
Se a pessoa não quer comer, ou não quer beber, o problema é só dela. E de mais ninguém. Ela sofrerá as consequências desse suposto período de abstinência (de comida, de trabalho, de estudo, do que for).
Uma questão a ser considerada é que ela precisará, caso o período se prolongue, de atendimento médico. O tempo gasto pela equipe e a vaga que ela ocuparia em um hospital poderiam ser destinados a uma outra pessoa que realmente precisasse, no caso de uma doença de verdade.
A mídia dá espaço para atitudes como essa, e outras pessoas acham que isso pode surtir efeito.
Se ela queria ter direito aos seus quinze minutos de fama, talvez já tenha coseguido.
Isso me faz lembrar de um caso clássico, geralmente ocorrido na infância:
- Eu quero o brinquedo tal.
- Não.
- Por que não? Eu quero!!!
- Não, e pelos motivos tais, tais etc.
- Então eu não vou mais respirar, até ganhar o brinquedo!
Todos sabemos que isso não dura muito...

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Não...

Não corra.
Não mate.
Não morra.
Não reaja.
Não pise na grama.
Não quebre.
Não pule o muro, nem a cerca.
Não cace, nem pesque.
Não puxe o saco.
Não coma demais, nem de menos.
Não beba.
Não discrimine.
Não polua.
Não fume.
Não pule.
Não grite.
Não jogue.
Não chore.
Não cole.
Não deva.
Não odeie.
Não ande na chuva.
Não se exponha ao sol.
Não se esqueça.
Não mexa aí.

Nossa civilização tem sua base fortemente fincada nas negativas.
Nascemos, crescemos e vivemos ouvindo milhões de vezes a palavrinha "não".
Pensar por mim mesmo, posso? Ou nem pensar?
Posso pelo menos respirar?

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Psicologia em dois momentos

Um de meus amigos (daqueles do tempo em que o mundo era mais simples e analógico), sempre pródigo em garimpar coisas na rede, mandou-me uma mensagem que me fez refletir bastante sobre o teor psicológico e comportamental.
Veja você, caro leitor, uma lição de psicologia baseada em vários cenários, focados em dois momentos de nossa história recente.

Cenário 1: João não fica quieto na sala de aula. Interrompe e perturba os colegas.

1959: É mandado à sala da diretoria, fica parado esperando 1 hora, vem o diretor, dá-lhe uma bronca descomunal e ele volta tranquilo à classe.
2010: É mandado ao departamento de psiquiatria, diagnosticam-no como hiperativo, com transtornos de ansiedade e déficit de atenção em ADD. O psiquiatra receita então Rivotril. Ele se transforma num zumbi. Os pais reivindicam uma subvenção por ter um filho incapaz.

Cenário 2: Luis quebra o farol de um carro no seu bairro.

1959: Seu pai tira a cinta e aplica-lhe umas sonoras bordoadas no traseiro... A Luis nem lhe passa pela cabeça fazer outra nova "cagada", cresce normalmente, vai à universidade e se transforma num profissional de sucesso.
2010: Prendem o pai de Luis por maus tratos. Condenam-no a 5 anos de reclusão e, por 15 anos, deve abster-se de ver seu filho. Sem o guia de uma figura paterna, Luis volta-se para a droga, delinque e fica preso num presídio especial para adolescentes.

Cenário 3: José cai enquanto corria no pátio do colégio e machuca o joelho. Sua professora, Maria, encontra-o chorando e o abraça para confortá-lo...

1959: Rapidamente, José se sente melhor e continua brincando.
2010: A professora Maria é acusada de abuso sexual e é condenada a três anos de reclusão. José passa cinco anos em terapia. Seus pais processam o colégio por negligência e a professora por danos psicológicos, ganhando os dois juízos. Maria renuncia à docência, entra em depressão aguda e se suicida...

Cenário 4: Disciplina escolar

1959: Fazíamos bagunça na classe... O professor nos dava uma boa "mijada" e/ou encaminhava para a direção; chegando em casa, nosso velho nos castigava sem piedade.
2010: Fazemos bagunça na classe. O professor pede-nos desculpas por nos repreender e fica com a culpa por fazê-lo. Nosso velho vai até o colégio se queixar do docente e, para consolar o filhinho querido, verdadeiro prodígio incompreendido, compra-lhe uma moto nova.

Cenário 5: Horário de Verão.

1959: Chega o dia de mudança de horário de inverno para horário de verão. Não acontece nada.
2010: Chega o dia de mudança de horário de inverno para horário de verão. A gente sofre transtornos de sono, depressão, falta de apetite, e nas mulheres aparece celulite.

Cenário 6: Fim das férias.

1959: Depois de passar férias com toda a família enfiada num Gordini, após 15 dias de sol na praia, é hora de voltar. No dia seguinte trabalha-se e tudo bem.
2010: Depois de voltar de Cancún, numa viajem 'all inclusive', terminam as férias e a gente sofre das síndromes do abandono e do pânico, aparecem caspa e seborreia, sente palpitações e tremores...

Fica a pergunta...

QUANDO FOI QUE NOS TRANSFORMAMOS NESTE "BANDO DE BOSTAS"?

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A praga do telemarketing

Se você ainda não passou por uma dessas, certamente vai passar.
Depois dizem que o chato sou eu...

- Gê, telefone para você.
- Pode passar... Alô, pois não?
- Senhor, para sua segurança, esta ligação está sendo gravada. Um instante, que um dos nossos consultores vai falar.
- Tudo bem.
Alguns segundos depois, lá vem aquela voz padronizada, sem entonação, com sotaque indefinido, capaz de causar algo próximo a enjoos depois de alguns minutos:
- Senhor Fulano, aqui é a Beltrana, do Grupo Itaú, em associação com o Banco Ford. Em quinze dias, depois de aprovada a sua proposta, o senhor receberá seu cartão de crédito, que tem a vantagem...
- Espera aí! Que cartão é esse? Eu não fiz e nem recebi nenhuma proposta. Já tenho outros cartões, e não estou interessado. Estou querendo é cancelar alguns deles.
- Mas o que impede o senhor de conhecer a proposta do cartão...
- Eu não estou interessado no cartão.
- Mas o que impede o senhor de conhecer a proposta do cartão...
Em pensamento: caramba, é a segunda vez que ela começa a frase assim. Deve estar lendo o script à risca.
Já começando a ficar irritado:
- Moça, vamos poupar o seu tempo e o meu tempo. Eu não estou interessado no cartão.
- Mas qual o motivo? O que impede o senhor de conhecer a proposta do cartão...
Pela terceira vez a frase feita... Desta vez, bastante irritado:
- Que parte da frase "Eu não estou interessado no cartão" você não entendeu, moça? Quer que eu desenhe? De novo: eu não estou interessado no cartão.
- O senhor tem carro?
- Sim, tenho um Ford. Mas o que isso tem a ver? Eu não estou interessado no cartão.
Eu já sabia, pois esta "oferta" de cartão já havia sido feita há algum tempo... E eu já tinha recusado.
- Este cartão tem a vantagem...
- Eu não estou interessado no cartão, moça.
- Mas o que impede o senhor de conhecer a proposta do cartão...
Já perdendo as contas de quantas vezes tinha ouvido esta maldita frase, beirando um ataque de nervos, e em voz alta, expandindo as sílabas:
- Quero que fique registrado aí no seu sistema de gravação, para a minha segurança: eu não estou interessado no cartão.
- Mas o que impede o senhor de conhecer a proposta...
Cansei de esbravejar e desliguei, puto da vida e mais estressado do que já estava...
Será que estávamos falando línguas diferentes?
Será que a frase negativa não havia ficado clara o suficiente, depois de tantas repetições?
Será que quem trabalha em telemarketing passa por algum tipo de lavagem cerebral, ou sofre de algum tipo de deficiência auditiva ou mental que o impede de ouvir palavras como "não", "cancelamento", "desistência", "reclamação" e assemelhados?
Este serviço até pode ter sua serventia, mas certamente é uma porta aberta para a sublimação da estupidez humana.
Eis aí uma boa praga para rogar em seus inimigos: que eles sejam importunados diariamente por dezenas de operadores de telemarketing descerebrados e insistentes.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Semaninha quente...

Mais uma semana de calor infernal.
Isso é que dá viver numa cidade tradicionalmente quente, mas que tem registrado temperaturas pra lá de altas, com um sol totalmente inclemente.
E, quando a chuva vem, não há refresco. Parece que estamos numa daquelas panelas de cozimento a vapor.
Na nossa casa, a sala e o quarto recebem iluminação do sol na parte da tarde, e as paredes ficam "agradavelmente" quentes, transformando os cômodos em verdadeiros fornos.
Para dormir, no mínimo, usamos o ventilador. Às vezes, precisamos usar o ar condicionado portátil, literalmente pagando o preço pelo conforto.
Para sair de casa, olhamos as roupas com o rabo dos olhos, temerosos em saber que, dentro de instantes, elas estarão grudadas, ensopadas pelo suor.
Mal posso esperar pelos dias de temperaturas um pouco mais amenas do inverno. Sim, do inverno, pois o outono, por aqui, é praticamente igual ao verão...

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Tenho muito o que aprender

Hoje recebi uma mensagem de e-mail que tinha a seguinte frase do Swami Brahmananda:
"Aprendam a ser pacientes. A ira pode ser controlada por meio da paciência. Sejam pacientes, tolerantes e humildes. A humildade é de grande ajuda na construção do caráter. Sri Ramakrishna costumava dizer: "quando a superfície é mais baixa a água se acumula, quando é mais alta a água vai embora." No homem humilde a doçura de caráter e outras qualidades positivas desenvolvem-se naturalmente."

Depois de um tempo meditando sobre isso, cheguei à conclusão de que ainda tenho muito o que aprender.
Quanto à humildade, até que estou caminhando. Lentamente, mas caminhando.
Já quanto à paciência e à tolerância, bem, aí a coisa muda de figura.
Nos últimos tempos tenho perdido a paciência por muito pouca coisa. E meu nível de tolerância está bem aquém do aceitável.
Meu pavio está perigosamente curto e, por várias vezes, tive de me controlar bastante para não sair dizendo "cobras e lagartos".
Além disso, não podemos controlar certas situações, e não temos como fazer acontecer coisas que dependem de pessoas que estão a muitos quilômetros, e que têm interesses muito diferentes dos nossos.
Penso que já passou da hora de ficar adiando minhas férias. Uns dias longe do trabalho pode ser um excelente começo. Outro ponto importante é ceder aos apelos da minha mulher e começar a meditar, ou fazer yoga, ou qualquer coisa dessas. Acalmar a mente e reduzir o estresse me parece ser um bom caminho para o aprendizado proposto pelo Swami.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Dica de filme

Para quem gosta de westerns, assim como eu, vai aqui uma dica.
É o último filme de um dos grandes astros deste gênero, Marion Robert Morrison, nascido em Winterset, Iowa, em 26 de maio de 1907, e falecido em Los Angeles, Califórnia, em 11 de junho de 1979. Ele participou de "apenas" 250 filmes, e recebeu o Oscar de melhor ator em 1970, por sua atuação em True Grit, de 1969.
O título em inglês é The Shootist, filmado em 1976, pelo diretor Don Siegel. O roteiro é baseado em livro publicado em 1975, de Glendon Swarthout.
Conta a história de John Bernard Books, um pistoleiro veterano, que teria matado 30 homens, e que chega à cidade de Carson, Nevada, para consultar um médico, seu velho amigo Doc E.W. Hostetler, em busca de uma segunda opinião para o diagnóstico de câncer de próstata.
Já associou o nome e o título à pessoa?
Está bem: em português, o filme recebeu o título de O último Pistoleiro, e o ator é artisticamente chamado de John Wayne.
Vale preparar uma boa bacia de pipoca.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Escutatória

Ouvi o termo ontem à noite, e fui procurar agora pela manhã. Trata-se de "escutatória". Está numa das crônicas do excelente Rubem Alves, aqui.
A frase inicial é a seguinte, e dá o toque certeiro:
Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar. Ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de escutatória. Mas acho que ninguém vai se matricular.

Há muitas frases que envolvem o tema. Algumas delas:
A palavra é prata, mas o silêncio é ouro.
Uma imagem vale mais do que mil palavras.
Ele perdeu uma chance enorme de ficar com a boca fechada.
Fulano calado é um poeta.
O homem tem dois olhos, dois ouvidos e apenas uma boca.
Quem fala muito acaba dando bom dia a cavalo.

No fundo, todas dizem a mesma coisa. Temos que aprender a ouvir mais, e a falar menos.
Gosto de brincar um pouco com os amigos. Uma frase espirituosa, um gracejo, algo que possa aliviar a tensão, ou que possa desarmar os espíritos, mas sempre tento fazê-lo dentro de limites civilizados. Não gosto de brincadeiras brutas ou pesadas pois, para mim, isto é deprimente.
Entretanto, venho enfrentando verdadeiras saias justas, pois alguns não têm aceito nada que se assemelhe a simples gracejos. Algo assim:
- Olha o sumido! Vê se aparece mais. Virou visitante? (em tom de brincadeira, sorriso aberto, com o tradicional tapinha no ombro)
- Puxa lá na lista de presença. Vê se a minha freqüência não é maior que a sua... (em tom irritado, semblante fechado, já virando-se para o lado e saindo da roda, pisando duro)
As pessoas partem para a ignorância, e despejam uma ira insana sobre este pobre vivente. Chego a me espantar com o estresse acumulado, liberado instantaneamente, tal como um raio saído de uma nuvem de chuva.
Começo a pensar seriamente nas hipóteses radicais:
1. O mundo todo está certo, e só eu estou errado?
2. Todo mundo está errado, e só eu estou vendo isso?
Seria um caso clássico de aplicação do princípio "mas o rei está nu, vocês não estão vendo"?
Qualquer que seja a solução do dilema, vou passar a me policiar mais. Vou tentar aplicar a regra de ouro da escutatória, aderindo ao silêncio por mais tempo.
Sei que alguns vão comemorar essa decisão. O duro vai ser aguentar o falatório...

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

As mãos falam (e como...)

No Estadão, aqui.
Falar com as mãos para pensar melhor

Pense duas vezes antes de fazer aquela piadinha com aquele seu amigo que “fala com as mãos”: cientistas descobriram que falar fazendo gestos espontâneos com as mãos pode desencadear imagens mentais que ajudam a resolver alguns problemas. A pesquisa foi publicada na revista Journal of Experimental Psychology, da Associação Americana de Psicologia.
Segundo a pesquisa, falar com as mãos ajuda na solução de problemas relacionados à visualização espacial – essa é a habilidade necessária para, por exemplo, visualizar objetos em diferentes posições sem a necessidade de tirá-los do lugar. Essa habilidade é vital para motoristas, arquitetos, designers, decoradores e diversas outras profissões.
Para analisar a relação dos gestos com a visualização espacial, os pesquisadores realizaram três estudos diferentes. No primeiro, os voluntários realizaram testes individualmente. Os cientistas notaram que a frequência de gestos com as mãos aumentaram conforme os se tornavam mais difíceis.
No segundo, voluntários divididos foram três grupos. Um foi encorajado a usar gestos, um teve as mãos imobilizadas, e um terceiro grupo, de controle, não recebeu instruções. Os pesquisadores notaram uma performance significativamente melhor no grupo que falou com as mãos.
No último experimento, um grupo encorajado a falar com as mãos realizou tarefas de maneira mais eficaz, demonstrando que os gestos estão ligados a um melhor domínio da visualização espacial.
E ai, vai adotar a tática?


Na reportagem acima eles colocaram o seguinte quadro, praticamente auto-explicativo.


O hábito de falar com as mãos, para os descendentes de italianos (como é o meu caso), é praticamente genético.
Muitas vezes, um gesto ajuda a explicar um conceito, a detalhar uma peça, a enfatizar um ponto de vista, e muitas outras coisas.
Há um velho ditado que diz: quer calar um italiano? Basta amarrar suas mãos.
Só não gosto de um determinado extremo: pessoas que falam e ficam tocando em você a cada frase. Ou que se aproximam demais, quase encostando, sem a menor necessidade.
A invasão do espaço particular de cada um pode causar muito desconforto, ainda mais se você não gostar muito da outra pessoa, ou se não estiver muito a fim de saber sobre aquele determinado assunto, ou se não tiver tanta intimidade.