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sábado, 4 de dezembro de 2010

Notas sobre uma cidade grande 6, ou os muitos falares

Sendo Sampa do tamanho que é, é natural que pessoas de todas as partes do mundo venham para cá, sentindo-se atraídas pelas oportunidades. Só não sei se elas existem para todos...
Como resultado, uma réplica da Babel citada na Bíblia, com seus muitos falares. Em cada esquina se ouvem várias gírias, diversos sotaques, e até mesmo línguas diferentes. Como todos se entendem? Ou não se entendem? Será que apenas fingem conversar, mais preocupados com suas próprias vidas?
As pessoas falam sozinhas nas ruas. Não importam o sexo, a idade ou a classe social. A quantidade é impressionante. Basta prestar um pouco de atenção. Seria reflexo do estresse? Seria falta de companhia ou de um interlocutor?
Já vi verdadeiras guerras verbais no metrô, por conta do futebol. Na plataforma de embarque, do lado de cá, torcedores do time A. De repente, do lado de lá, aparecem torcedores do time B. Todos, claro, devidamente uniformizados, e facilmente identificáveis. Começam então os risos e as provocações, com gritos de guerra, músicas, gestos obscenos, chacotas e afins. Daí para a barbárie é, literalmente, um pulo. Enfim, um ritual macabro que tem tudo para dar errado. E, às vezes, dá.

Um comentário:

  1. Às vezes vejo alguém que parece estar falando sozinho no meio da rua. Quando vou ver, ele está é no celular... :)
    Mas eu adoro a variedade de sotaques numa mesma língua!
    abraço
    Mônica

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