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domingo, 5 de setembro de 2010

Homem e Meio – um é produto do outro?

Por um lado, o homem é um produto do meio, segundo uma leitura da teoria existencialista.
Sartre cunhou primeiramente o conceito “a existência precede e governa a essência”.
O indivíduo, no princípio, somente tem a existência comprovada. Com o passar do tempo ele incorpora a essência em seu ser, não existindo uma essência pré-determinada.
Com esta frase, os existencialistas rejeitam a idéia de que há no ser humano uma alma imutável, desde os primórdios da existência até a morte. Esta essência será adquirida através da sua existência. O indivíduo por si só define a sua realidade.
Em 1946, no "Club Maintenant" em Paris, Jean Paul Sartre pronuncia uma conferência, que se tornou um opúsculo com o nome de "O Existencialismo é um Humanismo". Nele, ele explica a frase acima:
"... se Deus não existe, há pelo menos um ser, no qual a existência precede a essência, um ser que existe antes de poder ser definido por qualquer conceito, e que este ser é o homem ou, como diz Heidegger, a realidade humana. Que significa então que a existência precede a essência? Significa que o homem primeiramente existe, se descobre, surge no mundo; e que só depois se define. O homem, tal como o concebe o existencialista, se não é definível, é porque primeiramente é nada. Só depois será, e será tal como a si próprio se fizer."

Mas, por outro lado, o meio é produto do homem? O mundo como o vemos é produto da ação sistemática e voluntária do homem?
Segundo Durkheim, o homem é produto do meio, e ele cumpre à risca as regras impostas pela sociedade. Assim, o homem é mais influenciado pelo meio do que o meio pelo homem.
O homem precisa de leis para viver em sociedade, com regras e coerção, pois se não houvesse leis, a sociedade estaria doente. A coerção social, por sua vez, é o remédio da sociedade, é a força que os fatos exercem sobre os indivíduos, levando-os a se conformar com as regras da sociedade. O grau de coerção se torna evidente com a sanção, que é dividida entre sanções legais, que são as prescritas pela sociedade sob forma de leis, e as sanções espontâneas são as que surgem em decorrência de condutas não adaptadas pela sociedade (costumes).

Esse nó filosófico vem atormentando os pensadores desde a Grécia antiga, e não sei se conseguiremos chegar a um consenso, pois este traz em si o germe da unanimidade, e toda unanimidade é essencialmente burra.

Mas alguns exemplos podem reforçar a tese de que uma parcela do meio, no caso, o meio ambiente, é produto do homem. O que me dizem a respeito?



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