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terça-feira, 21 de setembro de 2010

Mas isso é uma falta de educação!

O título do post tem tudo a ver com esta notícia, que já tem alguns dias.
Você pode vê-la aqui.

Na Folha:
13/09/2010 - 09h46
1/5 dos estudantes brasileiros sai do colegial com matemática de 4ª série

DE SÃO PAULO
Um quinto dos alunos que terminam o ensino médio no Brasil não sabe em matemática nem o que se espera para um estudante do 5º ano (ou 4ª série) do fundamental. A informação é da reportagem de Antônio Gois publicada na edição desta segunda-feira da Folha (íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL).
Ainda de acordo com o texto, apenas 11% têm conhecimento adequado para este nível de ensino na disciplina. No caso dos estudantes com conhecimento abaixo do 5º ano, isso significa que fazem apenas operações básicas como soma e divisão. Ao se depararem com gráficos com mais de uma coluna ou na hora de converter medidas --como quilogramas em gramas-- apresentam dificuldades.
Os dados foram obtidos pela Folha a partir da Prova Brasil e do Saeb, exames do Ministério da Educação que avaliam alunos de escolas públicas e particulares em matemática e português. Entre todos os níveis analisados --a prova avalia alunos no 5º e 9º anos do fundamental, além da última série do médio--, o pior desempenho foi em matemática no 3º ano do antigo colegial.


Acredito que o problema não é só em matemática.
Parece-me que, de uma maneira geral, o conhecimento dos alunos é cada vez menor.
Às vezes recebo aqueles e-mails com supostas "pérolas do ENEM". Se são todos verdadeiros, sinto arrepios quando penso que o país estará, em breve, nas mãos (e nas cabeças) de pessoas sem qualquer nível de preparo para enfrentar os desafios que se imporão. Se ao final do colegial (sim, no meu tempo era esse o nome) temos falhas como as citadas na reportagem, que condição têm esses alunos para enfrentar a universidade?
Que tipo de mentalidade, de conhecimento e de consciência crítica terão esses jovens? Como terão base teórica para questionar posições demagógicas e supostamente libertadoras de um modelo dito ultrapassado? Como saberão comparar fatos atuais com fatos históricos? Como farão as devidas correlações para descobrir que a História se repete, só mudando um pouco as "cores ideológicas"? Como saberão identificar teses fascistas travestidas de modernas e inclusivas?
Será que estamos num caminho sem volta, e que leva à ignorância coletiva?
Sou contra essa tal "empurração continuada". Sou do tempo em que o aluno, se não soubesse, "repetia de ano". Alguns amigos passaram por isso. É claro que o problema não é só esse, sendo um pouco mais complexo: estrutura física, formação, remuneração e qualificação dos professores, educação dos alunos (aquela que deveria vir de casa, e que muitos pais "delegam"), material didático, métodos de ensino, só para citar alguns.

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