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sábado, 31 de julho de 2010

Cena urbana normal? - 2

Sábado, por volta das 10h00, sol e brisa suave. Como minha mulher foi com o carro para a aula de massas, aproveitei a manhã agradável para caminhar até a lotérica e fazer a minha “fezinha”.
Estava a três quarteirões de casa, e notei que um Gol, cor de vinho, provavelmente ano 94 ou 95, bem conservado, passou por mim. Não vi quem estava dirigindo. Ele seguia pela direita, em velocidade compatível com a via, tudo como manda o figurino. Até aí, tudo normal.
Preocupado em não torcer o pé num dos muitos buracos da calçada, ouvi um barulho de moto acelerando, e depois um arrastar de pneus. Preparei-me para ouvir, logo a seguir, o som característico da batida.
Nada.
Olhei para a esquina seguinte e vi o Gol parado, e uma motocicleta passando espremida, cambaleando, por entre o carro e a calçada do lado direito da rua, na contramão. Ela veio da rua transversal, pelo lado errado, e quis fazer a curva pelo lado de dentro. Pelo barulho que ouvi da aceleração, seu condutor não tinha a intenção de respeitar o Pare. Deparou-se com o carro, que estava trafegando corretamente, na via preferencial.
Pilotando a moto, um homem, bastante fora do peso ideal, com camiseta sem mangas, braços cobertos de tatuagens, capacete preto, com a viseira aberta. Fez uma manobra irregular, olhou para trás, na direção do Gol, que já havia retomado seu caminho normal. Ameaçou retornar, balançou a cabeça, desistiu, e passou por mim acelerando, com cara de poucos amigos, mostrando contrariedade. Ouvi-o virar na rua de trás, novamente acelerando.
Continuei minha caminhada, pensando na situação que acabara de presenciar. O motorista do carro estava certo, pois ia pela via preferencial, e em velocidade adequada. Dirigia tranquilamente, pois não parecia ter compromissos naquele momento. O motociclista estava errado, por trafegar pela esquerda, por não respeitar o Pare, e pelo excesso de velocidade. Estaria atrasado? Ou nervoso? Ou estaria simplesmente querendo correr?
O que me deixou um pouco intrigado foi sua intenção de voltar para, supostamente, discutir com o pobre motorista. Mesmo estando errado.
E o pior de tudo: cenas urbanas como essa estão se tornando corriqueiras.
Este é apenas um exemplo, bem simples, do caos que está se tornando nosso trânsito, agravado pelas atitudes incoerentes do mais estúpido dos seres sobre a face da Terra.
Eu não me canso de bater nesta tecla...

quinta-feira, 29 de julho de 2010

A velocidade do tempo

Normalmente a conexão da internet aqui em casa não tem aquela velocidade toda.
Tudo bem, admito que meu computador não é aquele modelo "último tipo", e que eu preciso pedir para aumentar a velocidade da conexão.
Mas o acesso à rede, agora à noite, está uma lerdeza de dar inveja. Parece que está pior do que nos tempos da conexão discada, em que ouvíamos aquela sinfonia típica do modem.
Enquanto esperava carregar algumas páginas, senti-me angustiado e irritado com a espera.
Parei, respirei fundo e fiquei pensando sobre essa necessidade que sentimos de que tudo se realize com a rapidez que desejamos.
O trânsito, a fila no banco, a fila no supermercado, o computador (supostamente) lento, o garçom que não olha para nós, a pizza que não chega, a picanha que não assa até o ponto desejado, o resultado de um concurso, o autor do livro que não vai logo ao assunto, essa chuva que não vem, essa chuva que não para, os convidados que não chegam, os 18 anos que não chegam...
Só que, às vezes, não gostamos e não queremos que o tempo passe: os 18 anos que já passaram (há muito), você já vai embora?, o fim-de-semana voou, hein?, já estamos no Natal...
A nossa velocidade, definitivamente, não é a velocidade do tempo.

A nova versão de O Alienista

Na Folha:
28/07/2010 - 11h29
Manual de diagnósticos de doença mental rotula até birra infantil como distúrbio

Leia na íntegra aqui.

Seguem os três primeiros parágrafos:
Espécie de bíblia global dos psiquiatras, o guia americano de saúde mental pode incluir na nova edição "distúrbios" como birra infantil e comilança compulsiva.
Em breve ninguém mais vai ser classificado como normal, disseram profissionais da área. Em um comunicado, eles criticaram a atualização do manual de diagnósticos e estatísticas da doença mental (DSM, na sigla em inglês), que valerá para 2013.
Para os especialistas, o guia pode descaracterizar a seriedade das doenças mentais, ao diagnosticar quase tudo como algum distúrbio.


A notícia me lembra um romance do grande Machado de Assis (apesar de eu, particularmente, não gostar muito dele), intitulado O Alienista.
O personagem principal, Simão Bacamarte, interna todos os habitantes da vila de Itaguaí na Casa Verde, pensando que todos eram loucos. Só ele fica de fora.
Só que ele chega à conclusão de que o louco era ele mesmo. Então, solta todos e se interna.
Parece que, em breve, teremos de internar os psicólogos e psiquiatras.

Para quem quiser, há um link na Wikipedia sobre a obra.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Eis um banco confiável... mas só para quem acredita "mesmo"

Mais uma das que não podem passar em branco.

Na Folha:
27/07/2010 - 11h26
Banco da "Reencarnação" desafia autoridades reguladoras
Leia a íntegra aqui.
Os dois primeiros parágrafos:
A proposta inusitada de um banco criado na internet tem gerado dificuldades ao órgão regulador do sistema bancário de Gibraltar, no extremo sul da península Ibérica.
O estruturado funcionamento do Banco da "Reencarnação", que propõe depósitos para serem resgatados em outras vidas, convenceu clientes que acreditam em reencarnação. Mas o consentimento dos interessados não bastou para garantir a operação do banco. A instituição não tem autorização do órgão regulador para receber depósitos ou quaisquer outros bens.


Notou a frase: "...convenceu clientes que acreditam em reencarnação"? Notem bem: não questiono quem acredita na reencarnação. Isto é questão de fé religiosa, particularmente para quem é espírita. O que avalio aqui é que há incautos que ainda caem nessas arapucas, tal como no conto do bilhete premiado.
E cá entre nós: como você, reencarnado, ao chegar no banco, provaria que você é o outro, da outra vida? Isso se você se lembrasse de que fez o depósito. E quando seria isso? Daqui vinte, trinta, quarenta anos? E seus herdeiros, deixariam tudo lá, para que você eventualmente pudesse retirar e usufruir? E se você não reencarnasse? Para quem ficaria o dinheiro?
Segundo a reportagem, os depósitos foram congelados, e as quantias, ressarcidas aos "clientes".

Eu digo já há um bom tempo, mas sei que algumas pessoas ainda duvidavam.
Diga aí, caro leitor internauta: agora você acredita que o ser humano é um estúpido?

Cuba Libre

Duas notícias que merecem um comentário, mas que dariam páginas e páginas de análise. Melhor eu me preparar, pois a patrulha ideológica pode ser meio pesada...

A 1ª é uma nota no Blog do Noblat:

Enviado por Ricardo Noblat - 25.7.2010 - 22h28m
Foto do dia
Fidel Castro novamente de verde-oliva

Foto: Reuters
Depois de quatro anos, o ex-líder cubano Fidel Castro foi visto novamente, no sábado, usando a típica camisa verde-oliva com a qual costumava aparecer em público. Fidel participou de uma cerimônia em homenagem a combatentes da Revolução Cubana, na cidade de Artemisa, nos arredores de Havana.
Fidel não era visto com essa vestimenta desde 2006, quando ficou doente e saiu da cena política do país caribenho e cedeu o poder ao seu irmão Raúl Castro.


"...cedeu o poder ao seu irmão..." É um líder muito bondoso, não é mesmo? Se é que o poder foi mesmo cedido, ficou na família. Esta pequena frase é emblemática. É o retrato fiel daquilo que se convencionou chamar de "regime cubano de governo".
Fidel foi o líder de uma revolução necessária (pois Cuba era um quintal dos EUA, comandado pelo ditador Fulgêncio Batista), mas que se tornou uma ditadura (tal qual a anterior, ou até pior) anacrônica, sanguinária e revanchista.
Com a queda do Muro de Berlim e o fim da URSS, secou a fonte de recursos vinda do lado de lá da Cortina de Ferro, e o regime começou a definhar.
A foto mostra a realidade: seu tempo já passou, mas ele não quer admitir. Cerca-se com seguranças (ou alguém duvida que não sejam?), e todos fazem cara de mau, prontos para afastar qualquer suposta ameaça ao querido líder, que também está com cara de poucos amigos. É o retrato do ocaso de uma era.

A 2ª está no JBOnline. Para ler na íntegra, clique aqui.
Festa em Cuba tem a ausência de Fidel e anúncios de reformas

Parte da reportagem:
"Fidel cuja visível recuperação é motivo de profunda alegria para todos os revolucionários (...) está presente e combatendo neste dia que tanto significa para ele e para todos nós", afirmou o número dois de Cuba, José Ramón Machado, ao fazer o discurso.

Revolucionários? Décadas depois ainda são classificados assim os que sofrem com a escassez de alimentos e o alto custo de vida? Fidel presente e combatendo? Combatendo o quê?

Outra parte:
Em seu lugar, o número dois de Cuba, José Ramón Machado, descartou uma esperada aceleração de reformas econômicas e afirmou que o Governo "continua buscando soluções" para os problemas.

Número dois? Talvez três, pois Fidel ainda não largou o osso, e continua a dar cartas, nem que seja de vez em quando. Querem soluções? Elas são simples. Basta implantar a democracia, revogar a proibição da lei de mercado e sepultar de vez a ditadura sanguinária.
Se o clima na ilha fosse tão bom quanto eles dizem que é, não haveria milhares de pessoas querendo sair de lá, arriscando suas vidas em travessias perigosas até a Flórida.
Pergunta Básica: por que as pessoas são proibidas de sair de Cuba? As autorizações para viagens ao exterior são extremamente difíceis de serem obtidas.
Há muito mais para escrever, mas só o que está neste post já deve ser suficiente para que me julguem um reles imperialista ianque.

domingo, 25 de julho de 2010

Você já trabalhou à noite?

Na Folha:
25/07/2010 - 15h04
Corpo sofre com trabalho à noite
Veja a íntegra aqui.

A reportagem cita uma estimativa de 15 milhões de trabalhadores no turno noturno.
Eu já fiz parte deste contingente, durante o período em que trabalhei numa siderúrgica. A usina trabalhava (e trabalha, ainda) 24 horas por dia, 365 dias por ano, em ritmo frenético. Fiquei durante um tempo numa das cinco equipes da Central Termoelétrica. Trabalhávamos em horários alternados, sendo dois dias das 23 às 7, dois dias das 7 às 15, e dois dias das 15 às 23, com folga de 96 horas. Na época, essas folgas eram bem aproveitadas, pois podia resolver assuntos pessoais, visitar meus pais, encontrar a namorada, bater uma bola com os amigos.
O problema era a volta, pois tinha de enfrentar a estrada (sorte que eram pistas duplas) logo depois do almoço, para chegar a tempo de dormir um pouco, e pegar o ônibus da usina por volta das 22.
No começo eu estranhei bastante. Depois, entrei no ritmo. Quando saí do turno, e fui para o horário administrativo, demorei um pouco para me acostumar.
O ritmo de trabalho no chamado ADM era melhor, por conta dos horários certos. O ruim é que as folgas passaram a ser somente aos finais de semana, com dois dias, e também tive um problema no órgão mais sensível do corpo humano: o bolso. Saindo do turno, perdi o adicional noturno...
Foi um período muito produtivo, em termos profissionais. Aprendi boas lições, que uso até hoje. Às vezes tenho sonhos relacionados com essa época. Alguns deles, meio catastróficos. O mais recente, há alguns dias, envolvia explosões e um incêndio infernal num dos Altos-Fornos. Nunca passei por uma situação semelhante na empresa. Sinceramente, espero que esse sonho seja apenas isso, um sonho ruim. Espero que minha antiga empresa não enfrente um problema desses.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

De vilão a mocinho - um caminho que pode demorar

Você já deve ter vivido a situação de ser apontado como o vilão da história, devido a determinada postura, ou atitude, ou previsão, ou mesmo comentário.
Você enxerga o problema, mata a charada, fala, age, faz aquela cara de “Eu estou dizendo”, mas parece que só você se dá conta do tamanho da encrenca.
Muitos viram a cara, torcem o nariz, fazem comentários maldosos pelas costas (pois ninguém tem coragem de falar na cara), ou até mesmo se afastam completamente.
Só que o tempo passa, as evidências aparecem, as atitudes e os comentários foram acertados, certas previsões se concretizam, e aí todos aqueles que criticaram se reaproximam, como se nada tivesse acontecido, com a cara mais lavada do mundo.
Mas não espere que alguém se manifeste favoravelmente a você. Isso será doloroso demais para certos egos inflados pela teimosia soberana.
Mesmo que uns e outros não queiram, o vilão torna-se, milagrosamente, o mocinho-herói. O único inconveniente é que esse caminho pode demorar um pouco para ser percorrido. Você só precisa estar preparado.
Parece uma certa história da ficção científica (que alguns classificam como sendo apenas um capa-e-espada moderninho).
Comigo isso já aconteceu diversas vezes. E como eu estou acostumado, e me sinto bem no papel de vilão que se torna mocinho, aí vai uma homenagem ao personagem.

A foto está em vários sites, mas eu baixei daqui.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Você pensa que é só no Brasil? Na Alemanha também tem!

Outra que não pode passar em branco.
Na Folha:
22/07/2010 - 07h46
Deputado alemão quer que gordos paguem imposto adicional

DA FRANCE PRESSE, EM BERLIM (ALEMANHA)
Os gordos deveriam pagar um imposto para compensar os gastos de saúde resultantes de sua excessiva carga corporal, afirmou um deputado alemão em entrevista publicada nesta quinta-feira.
"É preciso discutir se os imensos custos resultantes, por exemplo, de uma alimentação excessiva devem ser assumidos a longo prazo pelo sistema de saúde", afirmou ao jornal "Bild" o deputado Marco Wanderwitz, do Partido Cristão-Democrata (CDU), da chanceler Angela Merkel.
"Eu considerado razoável que quem tem voluntariamente uma vida pouco saudável deve assumir a responsabilidade financeira dela", acrescentou Wanderwitz, 34, dirigente das juventudes cristão-democratas

Eu não inventei isso, não. Se quiser conferir, clique aqui.

Você pensa que é só no Brasil que tem ideia estapafúrdia no Legislativo? Na Alemanha também tem!
Que tal um imposto para os feios, para o caso de eles irem ao cirurgião plástico?
Melhor ainda: que tal um imposto para sair de casa? Ou para respirar?
No caso de se instituir um imposto extra para políticos incompetentes, ociosos, obtusos, parcos de inteligência e excedentes em gatunagem, estariam solucionados os problemas com o déficit público no Brasil.
Alguém ainda duvida de que a estupidez não é exclusividade nossa?

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Você pagaria tanto assim para conhecer alguém?

Na Folha:
20/07/2010 - 14h36
Justin Bieber cobra mais de R$ 7.000 para conhecer fãs pessoalmente

Se você tiver estômago, e ainda aguentar ler mais alguma coisa sobre o rapazinho que é o novo queridinho de plantão das "teens", leia a reportagem aqui.

Precisa falar alguma coisa? "Presente" para os fãs a esse preço? Se fosse de graça, estaria caro.
Você jogaria seu dinheiro fora dessa maneira, caso sua filha fosse uma "fã desesperada"? Não precisa responder. Basta fazer uma reflexão sincera.
Gosto não se discute. Lamenta-se.
O Blog adverte: os níveis de estupidez continuam com tendência de alta. Será que há um jeito de investir nisso?
Se alguém souber a resposta, estou cobrando baratinho para uma entrevista.

A nova fauna urbana

No G1:
20/07/2010 10h50 - Atualizado em 20/07/2010 11h07
Canguru precisa de ajuda para descer de telhado na Austrália
Ainda não se sabe como ele subiu na casa da família James.
Equipe de TV flagrou resgate em subúrbio de Sydney no fim de semana.


Leia o texto aqui.

Segundo a reportagem, acontecimentos semelhantes podem se tornar comuns, devido à expansão urbana para regiões que originalmente eram os habitats desses animais.
Fenômenos assim ocorrem também por aqui.
Basta observar a nova fauna urbana. Calma, não estou falando dos "novos adolescentes".
Há alguns anos, ver um exemplar da chamada pomba asa branca era um privilégio de poucas pessoas que moravam em áreas rurais. Hoje, elas estão se tornando figurinha fácil em muitas cidades. O mesmo vale para as maritacas, com aquele infernal alarido característico e as eventuais invasões de forros de casas, com a respectiva destruição de instalações elétricas.
Até tucanos e araras são vistos com frequência cada vez maior.
A sistemática destruição de matas tem empurrado esses animais para as cidades, na busca de locais de reprodução e alimentação. E atrás deles vêm os predadores naturais, como os gaviões.
Ontem pela manhã tive mais uma amostra desse fenômeno.
Por volta de 07h00, saí para comprar pão, e ouvi um barulho e um canto que há tempos não ouvia.
Reduzi o passo e passei a procurar nas árvores do quarteirão, mas não vi nada.
Ao retornar, observei, no alto de um poste de eucalipto, o "causador" do barulho: um pica-pau. É mais uma ilustre visita, que se torna cada dia mais comum.
Se não preservarmos nossas matas (as poucas que ainda restam), teremos de nos acostumar com nossos novos vizinhos.

Mais uma vez, um tema domina a mídia 2

Só mais este post, por hoje. Estou com a corda toda!

Na Folha; seguem a manchete e os dois primeiros parágrafos.
20/07/2010 - 10h43
"Fantástico" dedica um terço de seu tempo a caso Bruno
DE SÃO PAULO
O "Fantástico" do último domingo (18) usou um terço de suas quase duas horas para exibir reportagens sobre o caso Bruno.
O "show de variedades" focou numa "entrevista exclusiva" com o goleiro. Com estética de câmera escondida feita dentro do avião que levou o goleiro a Belo Horizonte, onde está preso.


Leia a íntegra aqui.

Estão tentando tirar leite de pedra. Se nem essa "entrevista exclusiva" fajuta conseguiu aumentar o Ibope... O próprio Fantástico, já faz um bom tempo, não é mais tão fantástico assim.
Esse assunto já deu o que tinha que dar. O tal caso Bruno (aliás, deveria ser caso Eliza, que é a vítima), e o caso Mércia, são coisas que já saturaram, e no entanto a mídia quer continuar a empurrar o assunto pela goela do pobre espectador, para ver se os tais pontinhos preciosos aparecem, para não afugentar os patrocinadores.
Feliz de quem tem TV a cabo.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Dia da Amizade - 20 de julho

Em 20 de julho é comemorado o Dia da Amizade, sendo esta uma data internacional.
Segundo algumas pesquisas que fiz, no Brasil o Dia do Amigo é comemorado, oficialmente, em 18 de abril.
Então tá! Como não temos muito mais o que fazer (veja os posts anteriores), e somos tão felizes, "comemora-se" a efeméride duas vezes.
Quando precisamos de duas comemorações oficiais para dar valor a um sentimento que deveria ser corriqueiro, temos um sintoma de que algo não vai bem. Seja na sociedade, seja no país.
Amigos são importantes? Claro que sim! Já disse aqui no blog que a amizade é sagrada.
Certas datas foram criadas para homenagens justas, mas muitas delas tornaram-se apenas motivos para movimentar o comércio. Preciso citar quais são? Está claro, ou quer que eu desenhe?
Desvirtua-se o sentimento, em detrimento do lucro. Afinal de contas, o deus-mercado precisa ser devidamente alimentado. E você precisa satisfazer todos os desejos que você não tinha, mas que foram criados pelos nossos queridos marqueteiros.

Aproveitando a ocasião, vamos a mais uma palavra do dia.
Segundo o dicionário:
Amigo - sm.
1 Aquele que mantém (com outrem) relação de amizade, coleguismo ou companheirismo.
2 Indivíduo que toma o partido de alguém ou de algo ou o protege (amigo da natureza).
3 Povo, nação, instituição etc. que mantém boas relações com outro (povo, nação etc.).
4 Aquele que cultiva algum hábito, vício, hobby etc.
5 Aquele que tem ou demonstra apreciação, simpatia, afeto etc. por algo ou alguém.
[Aum.: amigaço, amigalhão, amigão]

a.
6 Que demonstra afeto, simpatia, benevolência por algo ou alguém.
7 Que protege, consola, defende, acolhe.
8 Que mantém relações amistosas com outro (povo, nação, país).
9 Que está do mesmo lado, numa causa, competição, conflito etc. (exército amigo).
10 Diz-se de fogo (tiros, explosão etc.) originário de forças amigas (9).
11 Que favorece, que é benéfico, promissor.
[F.: Do lat. amicus, i. Ant.: (acps. 1 a 6, 8 a 10): inimigo, (acp. 9: tb. adversário]

Amizade - sf.
1 Sentimento de estima ou de solidariedade entre pessoas, grupos etc. [+ a, (para) com, por].
2 Pessoa amiga.
3 Relação de caráter social [Mais us. no pl.].
4 Sentimento ou estado de entendimento entre pessoas, grupos, países etc.
5 Apego de alguns animais pelo homem.
6 Benevolência.
[F.: Do lat. vulg. amicitatem.]

Efeito da concorrência

No JB Online - manchete e os dois primeiros parágrafos:
Uso de armas de fogo em homicídios cresce 12%, diz estudo
Portal Terra
DA REDAÇÃO - Mesmo com a promulgação do Estatuto do Desarmamento em 2003, o uso de armas de fogo para cometer homicídios cresceu 12% em 12 anos no Brasil, segundo levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM). O estudo ainda aponta que algumas regiões do Brasil contabilizam taxas de assassinados semelhantes a de países em guerra.
Em 1996, conforme a CNM, o uso de revólveres e pistolas estava presente em 59% dos quase 40 mil assassinatos registrados. Em 2008, 71,3% dos mais de 48 mil homicídios foram cometidos com armas de fogo. A comparação dos dados motra que, a partir de 2003, 7 de cada 10 mortes foram causadas por revólveres e pistolas. Em 2008, segundo os dados, praticou-se uma média de 95 homicídios com armas de fogo por dia.


Para ler na íntegra, clique aqui.

Esta notícia acaba complementando a do post anterior.
Isso é muito esquisito, não é?
Quando o tal Estatuto do Desarmamento foi implantado, estimava-se que esses números cairiam.
Só que os "especialistas" (sempre eles) se esqueceram de um fato básico: quem entregou as armas foram os cidadãos honestos, que procuravam evitar complicações com as "autoridades", e que não queriam se sujeitar à burocracia e às altas taxas pagas para o registro e posse de armas de fogo.
Os bandidos, pelo contrário, permaneceram com as suas, e até investiram na "melhoria" do seu poder de fogo. Deve ser efeito da concorrência...

Brasil - 12º país mais feliz do mundo

Na Folha:
19/07/2010 - 15h23
Brasil é 12º país mais feliz do mundo, segundo pesquisa da "Forbes"
Leia a reportagem aqui.
O primeiro parágrafo é o seguinte:
DE SÃO PAULO
Os brasileiros têm motivo para comemorar. Segundo uma pesquisa Gallup divulgada pela revista "Forbes", o Brasil é o 12º país mais feliz do mundo, de uma lista de 155 nações. No topo da felicidade, está a Dinamarca e, como o país mais infeliz do mundo, está Togo, pequena nação africana no noroeste da África.


Realmente, rico ri à toa.
Não existe mais inadimplência, principalmente nas classes B, C e D.
Todos os problemas do país estão resolvidos: segurança pública, educação, saúde, infraestrutura, saneamento básico.
Ninguém está mais abaixo da linha da pobreza.
Nosso trânsito é um dos mais seguros do mundo.
Todas as reformas foram feitas: tributária, política, previdenciária, trabalhista.
Nosso sistema legal é moderno, e não tem leis redundantes e desnecessárias. Todos, sem exceção, respeitam as leis.
O desmatamento caiu a zero na Mata Atlântica, no Cerrado, no Pantanal e na Amazônia.
Os Poderes da República trabalham como máquina nova e bem lubrificada. A meritocracia é uma bênção. Não há mais fraudes em vestibulares e concursos públicos. Não há ministérios e secretarias em excesso e com atribuições sobrepostas.
A liberdade de imprensa e a ausência de censura são uma constante.

Podemos dormir tranquilos e, claro, com sorriso nos lábios.

domingo, 18 de julho de 2010

O Príncipe das Trevas está de volta!

No Correio Braziliense, link aqui:

ROCK
Ozzy Osbourne lança autobiografia e novo álbum após três anos

Sim, o Príncipe das Trevas, Ozzy Osbourne, com seu estilo sui generis, está de volta, em dose dupla, com sua autobiografia, Eu sou Ozzy, cuja capa está logo abaixo, e seu 11º disco, Scream.
Considerado um dos precursores do heavy metal, genial para uns, e medíocre para outros, é um artista que desperta paixões e ódios.
Gosto do trabalho de Ozzy. Para quem se lembra, Changes, quando ele estava no Black Sabbath, é de arrepiar. Ela está no disco Black Sabbath Vol. 4, de 1972. Foi lançado pela Vertigo, no Reino Unido, e pela Warner, nos EUA.

Boa notícia para quem gosta de livros

Em tempo de escassez de boas notícias, quando uma delas ocorre, deve ser aclamada.
No Globo, hoje. Para ler no original, clique aqui.

Segue o texto da reportagem:

Marcha dos pinguins
Acontecimento do ano no mercado editorial nacional, a parceria entre a Penguin e a Companhia das Letras chega às livrarias

Plantão | Publicada em 18/07/2010 às 07h40m
Miguel Conde
RIO - Daqui a oito dias, na última segunda-feira do mês, o animal mais conhecido do mundo dos livros vai se aboletar em prateleiras por toda parte do país na companhia de uma língua com a qual nunca teve lá muita intimidade: o português. O encontro foi anunciado no ano passado, e os curiosos com o resultado foram tantos que os responsáveis tiveram que rever seus planos. Os primeiros livros da parceria entre a multinacional Penguin e a brasileira Companhia das Letras chegam às livrarias no próximo dia 26 em tiragens entre oito mil e 18 mil exemplares, mais que o triplo dos cinco mil previstos inicialmente, graças às encomendas de livreiros que apostam no interesse em torno do maior acontecimento do mercado editorial nacional em 2010.
A sociedade Penguin-Companhia promete trazer ao Brasil a fórmula que fez da empresa inglesa uma importante marca mundial: livros de qualidade em edições cuidadas, a preços baixos. Uma combinação ainda não muito comum num país em que livros tradicionalmente são um luxo para poucos, e onde as principais editoras ainda começam a investir nas edições de bolso.
A primeira leva é de quatro títulos: "O príncipe", de Maquiavel, ganhou nova tradução direto do italiano por Maurício Santana Dias, e prefácio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (leia trecho na página 2); o romance "Pelos olhos de Maisie", de Henry James, em tradução revista por Paulo Henriques Britto; e as coletâneas, organizadas pelo historiador pernambucano Evaldo Cabral de Mello, "O Brasil holandês", com textos históricos do século XVII, e "Joaquim Nabuco: Essencial", seleção de textos do abolicionista, cuja morte completa cem anos em 2010. Os quatro, como todos os títulos da Penguin-Companhia, serão lançados também em e-books, mas por questões comerciais e tecnológicas por enquanto não serão compatíveis nem com o Kindle nem com o iPad. As obras (que já estão em pré-venda nas principais livrarias brasileiras) terão ainda guias de leitura e aulas na internet, complementos direcionados para o mercado educacional, um grande alvo do selo.
Com preços entre R$ 15 e R$ 35, as edições brasileiras não serão tão baratas quanto os primeiros livros lançados pela Penguin nos anos 30, que custavam o mesmo que um maço de cigarros. Ainda assim, podem preencher uma lacuna, acredita Matinas Suzuki, diretor de comunicação da Companhia e editor do selo:
- Não vejo no Brasil hoje ninguém trabalhando com consistência o mercado de clássicos. O que você tem são, de um lado, edições populares não muito caprichadas, e, de outro, edições de luxo ocasionais. Entre as duas, há um espaço que nós queremos ocupar.
A partir de setembro, ele explica, serão lançados dois livros por mês, num total de 24 no primeiro ano - um terço deles brasileiros, os outros selecionados do enorme catálogo da Penguin. Além dos quatro que sairão agora, oito já estão definidos: "Recordações do escrivão Isaías Caminha", de Lima Barreto, e "Livro da vida", de Santa Teresa d'Ávila, com prefácio de Frei Betto (leia trecho na página 2), em setembro; "Ensaios selecionados", de Montaigne, e "Jorge Amado: Essencial", organizado por Alberto da Costa e Silva, em outubro; "Dez dias que abalaram o mundo", de John Reed, e "O emblema rubro da coragem", de Stephen Crane, em novembro; e "O amante de Lady Chatterley", de D. H. Lawrence, e "Últimos dias: os escritos tardios de Liev Tolstói", em dezembro.
Um dos convidados da próxima Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), onde participará de um debate com o historiador americano Robert Darnton sobre o futuro dos livros, o CEO da Penguin, John Makinson, diz que o Brasil foi escolhido entre outros países da América Latina pelo tamanho de sua população e por ter um público letrado em expansão.
- Antes de entrarmos num novo mercado, consideramos três pré-requisitos. Existe ali potencial de crescimento? Há espaço para edições baratas e bem feitas de livros clássicos? E há um parceiro com o qual possamos trabalhar? O Brasil preenchia todos os campos - afirma.
A Companhia das Letras espera também incluir títulos do seu catálogo na coleção internacional da Penguin. Por enquanto, o único livro brasileiro publicado pela Penguin é "Os sertões", de Euclides da Cunha, dentro da sua série de clássicos. As negociações já estão avançadas, porém, para a publicação em 2012 de três livros de Jorge Amado: "Capitães da areia", "A morte e a morte de Quincas Berro d'Água" e "Terras do sem-fim", que ganhou o título provisório de "Violent lands" (Makinson dá a publicação como certa, mas a Companhia ressalva que o contrato ainda não foi assinado). A diversificação do catálogo faz parte de uma estratégia de expansão comercial, diz Makinson:
- Estamos incorporando livros de outras regiões ao nosso catálogo internacional porque muito do crescimento da nossa indústria nos próximos anos virá dos mercados emergentes.

Para quem gosta de livros, assim como eu, será uma boa oportunidade para adquirir bons títulos, e por preços razoáveis.
As coisas não estão fáceis para ninguém. Para quem estuda, já está difícil. Imagine para quem simplesmente não lê nada. Há pessoas que preferem fazer uma hora de esteira a ler uma simples página. Há espaço para compatibilizar músculos e neurônios. Basta um pouco de vontade.
Sempre relembro Monteiro Lobato: um país se faz com homens e livros.
E aproveito para citar uma campanha que a MTV fez, há algum tempo: desligue a TV e vá ler um livro. Acrescento: depois de ler meu blog, desligue o computador e vá ler um livro.
E você, já leu ao menos um livro neste ano? Ou está muito cansado para isso?

sábado, 17 de julho de 2010

A hora da bomba e a segunda-feira

Sexta-feira, final de expediente. No escritório, aquela sensação gostosa de que o final de semana será bom, de que vamos encontrar os amigos, jogar futebol, tomar uma cerveja, fazer um churrasco, ir para o rancho, coisas assim.
E finalmente chega a hora da bomba. Calma, que eu explico: é a hora exata do fim do expediente. Exemplo: 17h00min00s. Se uma bomba cair no local às 17h00min10s, não matará ninguém. Simples assim, e sem qualquer conotação terrorista.
Computadores desligados e cobertos, fecha-se a porta, tranca-se o portão, e cada um vai para o seu lado, com aquele ar de contentamento e com aquele sorriso no rosto, por vezes misterioso. E sem medo da bomba.
Se você perguntar às pessoas qual é o dia da semana de que elas mais gostam, muitos responderão que é o sábado, outras, a sexta, alguns, o domingo. As opiniões variam, claro. Depende muito do que se gosta de fazer.
Eu penso que o melhor dia da semana é a segunda-feira.
Calma, que eu explico de novo. A segunda é o dia que está mais longe da próxima segunda, certo?
Depois de amanhã, novamente a segunda-fera. Ela está logo ali, na espreita. Cada um sabe (ou pelo menos desconfia) o que terá de enfrentar.
Não se desespere. Deixe seus problemas lá na segunda-fera. Descanse. Curta o final de semana. Encontre os amigos. Divirta-se.

Ah! Sim! Já ia me esquecendo. Não, você não leu errado. E eu também não me esqueci de digitar a letra “i” por duas vezes. É segunda-fera, mesmo. Precisa explicar por quê?

quinta-feira, 15 de julho de 2010

O nome da bola

Após o final da copa na África do Sul, começaram a circular pela rede mensagens e mais mensagens com sugestões de nomes para a bola.
Perguntinha: precisa ter nome? Por que não simplesmente bola?
E depois ainda teremos que aguentar as "escolhas" do "mascote" e do nome dessa criatura...
E o que me dizem do lançamento do logotipo da copa de 2014? Bem feinho/meia boca, por sinal. E se as cores do mesmo têm a ver com as cores da bandeira do país-sede, por que o ano está em vermelho, e não em azul?

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Aromas da infância

Tenho a felicidade de poder ir para o trabalho a pé. Meu carro, às vezes, fica dias na garagem, e só o tiramos para ir ao mercado, ou para algum compromisso. Bom para o bolso, e também para o meio ambiente. Coisas de cidade média.
Hoje pela manhã, tempo nublado, aquele friozinho causado pela massa de ar polar da vez, sigo meu caminho habitual. Ao passar por um determinado trecho, sinto um aroma conhecido, cuja lembrança vem desde a infância, na casa de minha avó materna, a saudosa Dona Áurea.
Às 08h00 o aroma das esfirras recém-tiradas do forno se espalhava pela vizinhança.
Reduzi um pouco a marcha para desfrutar daquele prazer repentino, e me lembrar das esfirras abertas que minha avó assava. Era uma daquelas cozinheiras que sabia quase todas as receitas de cabeça, apesar de ter seu livro com as mesmas, bem guardado numa das gavetas da cozinha.
Os aromas são uma parte importante na formação das nossas lembranças. E, na casa de minha avó, isso era particularmente intenso: fogão de lenha, pimenta do reino, café moído na hora, massas feitas em casa, molhos, bolos, pudins, doce de mamão, biscoitos, pães, limão galego, alecrim, uvas colhidas diretamente na parreira, rosas, figos, queijo com goiabada, feijão com folhas de louro, tomates com azeite, doce de abóbora e cheiro de terra molhada.
A vizinhança de minha casa de infância também tinha seus aromas próprios: a fábrica de macarrão, a padaria, a torrefação de café, a fábrica de essências, a sapataria (com uma curiosidade: o sapateiro também era violinista).
Bons tempos que voltam, assim, de repente, quando somos agradavelmente surpreendidos por um aroma familiar. Eu era feliz, e sabia. Sorte que ainda sou.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Crocodilo carinhoso

Esta é mais uma daquelas que não dá para deixar passar.
No UOL:
13/07/2010 - 02h00
Bêbado invade zoo, senta em crocodilo e é mordido na Austrália

O link: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2010/07/13/bebado-invade-zoo-senta-em-crocodilo-e-e-mordido-na-australia.jhtm

Cá entre nós: fazer carinhos em um crocodilo de água salgada de 5 metros? Este é um dos animais mais perigosos do mundo.
Uma mordida só foi pouco.
Aposto que o "fogo" do cidadão passou na hora!
Vai ser estúpido assim lá na Austrália! Esse mereceu!

A classe C começa a "descobrir o paraíso"

No UOL:
13/07/2010 - 09h04
Em três anos, TV por assinatura dobrou entre a população da classe C
O link: http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/infomoney/2010/07/13/em-tres-anos-tv-por-assinatura-dobrou-entre-a-populacao-da-classe-c.jhtm

Alguém tem dúvidas sobre a causa do fenômeno?
Nem é preciso desenhar: esse tal "desejo", citado na reportagem, em ter uma multiplicidade de canais se deve à baixíssima qualidade da TV aberta. Já comentei aqui antes: poucos são os que aguentam a combinação novelas, programas de auditório, mundo cão, "notícias" de celebridades e "enxurrada de milagres".
Ainda mais agora, que vai começar o show dos horrores, que é a "propaganda eleitoral gratuita". Que de gratuita, mesmo, não tem nada. Mas essa já é outra história.
Quem descobre o paraíso dos canais por assinatura não quer mais voltar para a TV aberta. Pelo contrário, quer ampliar o pacote, passando do básico para os mais completos.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Dia Mundial do Rock

Há 25 anos, em 13 de julho de 1985, Bob Geldof, vocalista da banda Boomtown Rats, promoveu o Live Aid. O concerto beneficente foi realizado em prol das vítimas da fome na Etiópia, na África.
Foi realizado em Londres e na Filadélfia, nos EUA, simultaneamente. Contou com a presença de The Who, Status Quo, Led Zeppelin, Dire Straits, Madonna, Queen, Joan Baez, David Bowie, BB King, Mick Jagger, Sting, U2, Paul McCartney, Phil Collins (que tocou nos dois lugares), Eric Clapton e Black Sabbath.
Foi transimtido ao vivo pela BBC para diversos países e abriu os olhos do mundo para a miséria no continente africano.
Além dos fundos arrecadados, o concerto também produziu a música "Do They Know It's Christmas Time at All", que reunia cantores do pop inglês dos anos 80, como Sting (do Police), Boy George e Simon LeBon (do Duram Duran).
Desde essa data, o dia 13 de julho ficou conhecido como Dia Mundial do Rock.

É um ritmo muitas vezes classificado como maldito. Há os que o amam, assim como há os que o odeiam. Mas não se pode negar que sua influência na música foi, é e continuará a ser marcante, não importando qual seja o sub-rótulo que se lhe dê: acid, art, blues, country, folk, funk, garage, glam, hard, heavy, instrumental, piano, pop, power, progressivo, pub, punk, sinfônico, surf, entre outros.

Vida longa ao Rock’n’Roll!

Para ilustrar o post, dois ícones que representam com maestria a magia do rock, sem tomar partido por nenhuma delas:
Fender Stratocaster


Gibson Les Paul

domingo, 11 de julho de 2010

Teia de Aranha

A Teia de Aranha de hoje relembra algumas guloseimas.
Você, que viveu naquela época, certamente vai se lembrar. Vamos lá, não minta!
Sei que o sabor delas ficou na lembrança. Penso que nem será preciso fechar os olhos.


Bala Soft: quem nunca se engasgou com uma?


Cigarrinhos de chocolate da Pan: quem nunca fez pose com um desses entre os dedos, fingindo que fumava?


Eskibon: um verdadeiro clássico dos sorvetes, de sabor inimitável.


A propaganda é um clássico: groselha vitaminada Milani - Yahoo! (muito tempo antes do site, claro!).


Kri, um chocolate do barulho!


Um verdadeiro clássico dos chicletes.


Finalmente, o clássico dos clássicos, até hoje imbatível nos cinemas.

Mais uma vez, um tema domina a mídia

Nos últimos dias, um tema dominou a mídia por completo: a Copa do Mundo. Só arrefeceu graças ao fiasco da seleção brasileira nos gramados africanos. Já disse e repito: o baque sofrido pelos brasileiros foi necessário e salutar. O ufanismo, que é o patriotismo em excesso, pode levar a algumas situações meio vexatórias e preocupantes. Mas esta é uma outra conversa.
A campanha política começa a esquentar, e também terá sua oportunidade de dominar a mídia. Mas ainda vai demorar algum tempo para isto se consumar.
Para ocupar este hiato, um fato veio bem a calhar: o caso do goleiro do Flamengo.
Já notaram que começou como nota de pé de página, e agora ocupa horas e horas da programação, em praticamente todos os canais?
É impossível assistir qualquer telejornal, sem que pelo menos dois blocos sejam destinados a esmiuçar dados, fatos, estatíticas, entrevistas, laudos, imagens, opiniões, versões, reportagens, teorias, casos semelhantes ou parecidos, ou qualquer outra coisa que tenha relação ou vinculação com os envolvidos.
O que tenho notado, neste e em casos anteriores, é uma verdadeira espetacularização do fato, sob a desculpa de se ter a necessidade de levar a informação ao telespectador/cliente/consumidor, de maneira rápida e supostamente completa.
E as autoridades também têm sua parcela de culpa.
Dou o exemplo, pois está bem claro na memória de todos. Vi porque quis saber até onde a situação iria: ontem, quando os acusados foram levados para a penitenciária, já estavam devidamente vestidos com seus uniformes vermelhos. Estavam dentro do prédio, e seriam conduzidos aos veículos para o transporte. Tais veículos estavam afastados vários metros da saída, com as portas traseiras abertas.
Os três tiveram que caminhar, sob escolta armada até os dentes, e sob os flashes das câmeras, do prédio até os carros. E o goleiro teve que andar mais ainda, pois o seu carro era o primeiro da fila. Mais período de exposição, mais histeria dos repórteres, mais comoção e, consequentemente, mais audiência.
Faço agora as perguntas básicas: os carros não poderiam ficar mais próximos, já naquele recuo do prédio? Para que aquele espetáculo forjado? E para que aquela histeria dos repórteres? Eles não sabiam que nenhum deles falaria? Para que gritar, e implorar que eles dissessem alguma coisa?
Eu sei, eles ganham para isso, e são orientados para agir assim. Mas é uma estupidez, e ninguém pode dizer que não é.
Eu também sei que o "público" gosta. Mas, por favor, "me incluam fora dessa".
Mais uma vez, um tema domina a mídia. E sinto dizer que não será o último.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Os bípedes e os quadúpedes, supostamente inteligentes

Tem gente que pensa que eles são só cachorros.
Que só dão trabalho: tem que dar banho, limpar a sujeira, não deixar que peguem a roupa do varal, mandar sair de baixo da cama, não deixar que durmam no nosso quarto, levar ao veterinário, comprar ração, limpar a vasilha de água, lavar a casinha.
Só que tem um outro lado, muito mais gostoso: eles brincam conosco (o dia todo, se precisar), nos fazem companhia, protegem a casa, quando retornamos, fazem a maior festa, não deixam os pardais comerem as sementes na horta, e não deixam os gatos passearem “pelo pedaço”. E aquele rabo pontudo abanando não tem preço.
Os machos, claro, gostam de marcar o território. As rodas dos carros é que “pagam o pato”. Mas as fêmeas não têm esse problema. Na maior parte das vezes, basta ensinar onde devem fazer as necessidades, e tudo se resolve.
Sua amizade por nós é incondicional. Não querem muita coisa em troca. Só atenção e carinho.
Em minha opinião, são melhores do que muitos bípedes supostamente inteligentes que vagam por nosso mundo sem ter coisas mais importantes para fazer, além de encher o saco dos outros.
Penso que são anjos, que vieram para nos proteger e ensinar algumas boas lições.
Este é o anjo que Deus colocou na nossa vida, Madonna, uma cadela pit-bull, carinhosa, companheira e que já foi mais arteira.

Uma senhora me perguntou, há algum tempo:
- Moço, esta é aquela raça que come gente?
Não, ela não come gente. Ela só defende a sua matilha (no caso, nós) e o seu território (nossa casa) de estranhos (no caso, supostos invasores). Simples assim.
- Você sai com esse bicho bravo para passear?
Claro que saio (não tanto quanto precisaria, sou franco em admitir). Tomo as precauções devidas, estabelecidas por lei estadual (em SP), que são focinheira, enforcador e guia curta. E não facilito as coisas, deixando a guia frouxa.
Sei quais são “as diferenças” dela: gatos, cavalos, carteiros, lixeiros e entregadores de folhetos de propaganda. Penso que ela não é muito diferente dos demais cachorros.
- Você recomenda o pit-bull?
Não recomendo para qualquer um. Para ter essa raça, tem que saber bem o que se está fazendo. Deve-se comprar o cão de um criador confiável, pois tem muita gente por aí que reproduz e cria os bichinhos para rinha. Os mais agressivos não devem se reproduzir.
A raça é forte por natureza. É um cão ágil, que gosta de exercícios, e que pode engordar bastante se não correr, pular e brincar. E pode se tornar agressivo se ficar trancado num cubículo por muito tempo.
Não sou a favor dessas leis que querem implantar, e que visam à eliminação da raça. Sou a favor da posse responsável.
- Ela é sociável?
Minha sogra passou um tempo em nossa casa, para se recuperar de um problema de saúde. Foi amor à primeira vista. Pareciam amigas de infância. Aonde minha sogra ia, lá ia a Madonna junto. Ela sentava-se para assistir TV, a Madonna deitava-se nos pés dela.
Com meu pai, também não foi diferente.
É claro que não se deve confiar 100% num animal. Não sou irresponsável de deixá-la sozinha com desconhecidos.
Aliás, não se deve confiar dessa maneira nem nos bípedes supostamente inteligentes.
Você estranhou um pouco o título? Pareceu-lhe errado, ou talvez enigmático?
Não. Foi proposital. Pense um pouco...

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Coldplay

Esta é uma das bandas da "nova geração" de que eu mais gosto.
Tem um som diferente, que mexe comigo. Navegando na net, coloco os fones e fico curtindo, com os olhos na tela e o cérebro prestando mais atenção à música do que às notícias.
Alguns arranjos são fantásticos, como em Speed of Sound e Viva La Vida.
Caso alguém ainda não conheça, vale a pena. Como eu sempre digo, nem que seja para, depois, poder falar mal, mas com conhecimento da causa.
Para saber um pouco mais sobre a banda, segue o link da Wikipedia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Coldplay

Palavra do dia

Pochete sf.
1 Pequena bolsa, usualmente presa à cintura ou a tiracolo.

[F.: Do fr. pochette.]

Pode ter origem francesa, mas é de gosto, no mínimo, duvidoso.
E pensar que já foi moda...

Cena urbana normal?

Manhã de um útil, por volta de 10h00, muito sol, poucas nuvens, temperatura agradável, uma leve brisa. Tudo aparentemente calmo.
Local: área dentro de um Zoológico, muitas árvores, com trânsito restrito por cancela. Portanto, ali circulam eventuais motos, algumas bicicletas, e vários pedestres. Via com paralelepípedos e calçadas planas e largas.
Ao longe, crianças brincando no parquinho ou fazendo um lanche, sob o olhar atento das professoras. Certamente, o passeio ao Zoológico é um acontecimento em suas vidas.
O pedestre caminha tranquilamente pela calçada larga. Aparenta ter uns quarenta anos, mas não se pode ver seu físico ao certo, devido ao casaco jeans.
Uma bicicleta vem em sua direção. Detalhe: o ciclista está sobre a calçada. Portanto, circulando de maneira incorreta. A rua, que seria o seu lugar, está completamente vazia.
O pedestre, ao notar a aproximação, desvia-se para a esquerda da calçada, dando espaço para que o ciclista possa descer da mesma, sem problemas, e continua a caminhar, distraidamente.
A bicicleta desvia-se para a direita, ou seja, diretamente para cima do pedestre. Este para, ligeiramente assustado, com a bicicleta praticamente em cima dele. O ciclista tem a expressão contrariada. O pedestre desvia-se um pouco para a direita e continua andando, balançando a cabeça.
Pilotando a bicicleta, um vovô-garoto. Explico: certamente mais de sessenta, pele bronzeada, metido a esportista, com bermuda térmica e camiseta coladas, demonstrando que os exercícios não têm surtido muito efeito, MP3 ou similar, com fones de ouvido, sem o capacete de ciclista, mas carregando alguns outros apetrechos numa pochete (argh!). Garrafinha de água, talvez? Ou as chaves de casa?
O diálogo:
Ciclista: Direita é direita. E recomeça a pedalar, um pouco zangado, mas sem razão, pois continua sobre a calçada.
Pedestre: E lugar de bicicleta não é na calçada. E volta a andar, irritado, duplamente com razão.
Ciclista: Eu sei. Resposta com ênfase de contrariedade, típica de quem comete o erro mas não quer admitir.
Pedestre: Então... Recomeça a andar e resmunga alguma coisa.
Afastam-se.
Dali a alguns metros, o pedestre nota algo e olha por sobre o ombro. O ciclista começa a dar a volta e ameaça retornar.
O pedestre volta-se, para e fica olhando fixamente o ciclista, braços ao longo do corpo, em atitude de espera. O ciclista olha, hesita, desiste, faz a volta e afasta-se. O pedestre retoma sua caminhada.
De onde vieram? Para onde foram? O estavam pensando, antes e depois do fato?
Fiquei imaginando qual poderia ser o desfecho, se o ciclista tivesse voltado. Pensei, lá com os meus botões: o ciclista estava errado, admitiu (contrariado, claro), e ainda queria "bater boca"? O pedestre falou o que precisava ser dito, mas o ciclista achou-se "no seu direito". Que direito? O de estar errado e de achar que podia mais, por algum motivo imponderável? Seria a influência da pochete?
Observando determinadas cenas urbanas e as atitudes delas advindas, vejo que quem está errado pensa que está certo, e quem está certo, diante de posturas arrogantes, chega até a pensar que está errado.
Cenas assim estão se tornando comuns. Parece-me que algo de muito estranho está acontecendo na nossa “sociedade”.
Estaria a estupidez assumindo o lugar da civilização?
Sinceramente, espero que não. Também espero que a pochete não tenha nada a ver com isso.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Palavra do dia

Aproveitando a ocasião:
Paelha (pa:e.lha) [ê] sf.
1 Cul. Prato típico espanhol, feito de arroz cozido com legumes, carne, peixes e diversos crustáceos.
[F.: Do esp. paella.]

O polvo está com tudo

Não se fala em outra coisa.
O polvo Paul, de dois anos, que vive no aquário Sea Life, em Oberhausen, Alemanha, está com índice de 100% de acerto em suas previsões.
Ele previu que a Espanha venceria a semi-final contra a Alemanha.
Após um jogo que não chegou a ser tudo aquilo que se esperava, a Fúria será a protagonista, junto com a Holanda, da final inédita do próximo domingo.
Como disse a Mônica, do blog Crônicas Urbanas (veja aqui), ainda não é hora da paella.
O polvo está com tudo e não está prosa.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Mais uma febre...

Mais uma "febre" consumista, e totalmente inútil, claro.

No Estadão:
Lentes circulares viram febre nos EUA
Moda inspirada em mangás ganha popularidade graças a Lady Gaga; uso indiscriminado pode causar até cegueira
O link: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100706/not_imp576874,0.php

Os dois primeiros parágrafos da notícia:
De todas as roupas e adereços exóticos que Lady Gaga usou em seu vídeo Bad Romance, quem imaginaria que o detalhe que pegaria fogo seriam os enormes olhos no estilo mangá - as HQs japonesas - que ela exibiu na banheira? Os olhos gigantes de Lady Gaga foram provavelmente gerados por computador, mas mulheres entre 15 e 25 anos dos EUA os vêm copiando com lentes de contato especiais importadas da Ásia.
Conhecidas como lentes circulares, são lentes de contato coloridas - por vezes em tons exóticos, como violeta e rosa - que fazem os olhos parecerem maiores porque cobrem não só a íris, como as lentes normais, mas também parte do branco. Seu uso virou febre graças a um vídeo no YouTube, visto por 9,4 milhões de pessoas, no qual uma maquiadora chamada Michelle Phan demonstra como obter "os olhos malucos, esbugalhados, de Lady Gaga".

Querem apostar que essa babaquice logo chega por aqui? Sempre tem tonto para tudo.
Eu falo e repito, sempre que possível: os níveis de estupidez continuam em alta.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

E por falar em Eclipse

E por falar em Eclipse, acabo de ver na Folha Online:
05/07/2010 - 20h24
Protagonistas de "Crepúsculo" vão ganhar US$ 41 milhões por próximos filmes
O link: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/762296-protagonistas-de-crepusculo-vao-ganhar-us-41-milhoes-por-proximos-filmes.shtml
DE SÃO PAULO
O trio de protagonistas da franquia "Crepúsculo" está negociando valores astronômicos para estrelar os próximos filmes da saga.
Segundo a "NY Magazine", Robert Pattinson, Kristen Stewart e Taylor Lautner querem um cachê de US$ 25 milhões (R$ 44 milhões) para cada um.
O salário já teria sido garantido pelo estúdio, segundo fontes de Hollywood ouvidas pela publicação.
Além disso, de acordo com a revista, os atores deverão ganhar 7,5% do arrecadado em bilheteria, o que pode fazer o salário deles alcançar US$ 41 milhões (R$ 72 milhões).
O terceiro filme da saga, "Eclipse", estreou no dia 30 de junho e já arrecadou mais de US$ 161 milhões (R$ 283 milhões).

Segue aí uma palhinha do milionário trio ternura.

O "Eclipse" e a "mãe-estepe"

Pois é, eu já assisti ao "Eclipse".
No dia em que o Brasil deu adeus à Copa da África do Sul, depois de dar boas risadas com o desespero dos torcedores (eu sei, é cruel dizer isso, mas o banho de água fria foi necessário e salutar) fomos ao shopping para passear e tomar um sorvete. Enquanto minha mulher estava numa das lojas, passei em frente ao cinema para ver o que estava em cartaz. Como já havíamos assistido aos dois primeiros filmes em DVD, voltei e avisei:
- O "Eclipse" já está passando no Cine II. Você falou tanto que queria assistir. Quer aproveitar? A sessão começa em dez minutos.
Preciso dizer qual a resposta?
E lá fomos nós. Ainda bem que não tinha fila para comprar os ingressos.
Só estranhei o tumulto próximo do rapaz que recolhia os tíquetes. Ao chegarmos mais perto, fomos puxados delicadamente por uma garota quase em desespero:
- Tia, a senhora pode me fazer um favor?
E minha mulher respondeu delicadamente:
- O que foi? Pode falar.
- A senhora quer ser minha mãe?
Os dois com cara de interrogação...
- É que o rapaz não quer me deixar entrar sozinha, apesar de estar com toda a turma aqui.
A ficha caiu: como o filme é desaconselhado para menores de 12 anos, ela deveria ter menos do que isso, e a entrada somente seria autorizada se ela estivesse com algum responsável.
Ela já havia tentado antes, o rapaz não acreditou, e mais uma vez não caiu na conversa.
E ali, naquele "rolo", o funcionário do cinema, impávido, cercado por garotos, em meio a pedidos chorosos, súplicas, desespero e ranger de dentes.
Entramos e ficamos pensando o que teria este filme para ser "impróprio para menores de 12 anos".
Em pouco tempo, entra um bando de garotos fazendo algazarra, e ela no meio deles. Contente, veio nos agradecer pela tentativa. Não sei ao certo como conseguiu. Não sei se a mãe verdadeira apareceu, ou se foi algum tio de verdade.
Quanto ao filme, bem, não teve nada de extraordinário. Alguns bons efeitos especiais, paisagens muito bonitas e a já tradicional cara "imexível" e pálida de Edward e Bella. No final, o gancho para o quarto filme da saga.
E nada que pudesse ser tão impróprio para menores de 12 anos. Nos programas da TV aberta, esse lixo insuportável composto de novelas, programas de auditório, jornalismo parcial, mundo cão e fofocas, há coisas muito piores e mais escandalosas do que alguns beijos sem tanto entusiasmo e uma ou outra cena mais "violenta".
Na plateia, gritos e suspiros a cada aparição, tanto do vampiro, quanto do lobisomem sem camisa. Além de alguns comentários meio indecorosos e nada lisonjeiros para a Bella, quando ela beijou o vampiro numa cena, e logo depois beijou o lobisomem.
Não, ela ainda não foi transformada em vampira. E está balançando entre dois amores, o gelo e o fogo. Victoria morreu, e os Volturi estão meio indóceis.
Não li os livros, e não sei como seguirá a história. Não estou muito interessado.
Mas sei que vou ter que levar alguém ao cinema quando vier o próximo. Até lá, a garota não precisará mais da "mãe-estepe".

domingo, 4 de julho de 2010

Você costuma agradecer?

Este é um tema que gera paixões e ódios, além de várias postagens.
Frequentamos muitos lugares, tais como bares, pizzarias, sorveterias, supermercados, farmácias, bancos, entre muitos outros. Uns por prazer, outros por necessidade, ou qualquer outro motivo.
O atendimento tem sempre um antes, um durante e um depois. Você costuma cumprimentar, conversar e/ou agradecer à pessoa que o atendeu?
Você avalia se o estabelecimento merece uma nova visita, caso tenha sido bem atendido?
Agora há pouco fomos a uma pizzaria (afinal de contas, domingo à noite merece uma boa pizza), e mais uma vez exerci este ato de gentileza que costumo praticar, agradecendo ao garçom, tanto na hora do pedido, como na hora em que ele nos serviu, na hora de trazer a conta e na hora da despedida, juntamente com um "bom trabalho, e tenha uma boa semana". Fiz o mesmo com a moça da recepção, e obtive respostas cordiais e sorrisos sinceros de agradecimento de todos.
É uma boa maneira de encerrar/começar a semana.
E pensar que já vi muitos que sequer olham quem os serve ou atende, exibindo um ar de suposta superioridade, como se fossem melhores do que os demais à sua volta.
O mundo, apesar de ter os seus problemas, pode ser um lugar um pouco melhor para viver. Basta que saibamos fazer algo para melhorá-lo.
Boa semana a todos, e obrigado por terem me aguentado até aqui, pois já estamos próximos de 100 postagens.
E vem muito mais por aí.
Até de repente!

sábado, 3 de julho de 2010

Simples assim - o circo vai continuar

Simples assim: um time que não me agradou desde o começo, e que agora volta para casa (se bem que, para muitos deles, a casa não é bem o Brasil...) de cabeça baixa.
Os especialistas (sim, sempre eles) procurarão, por várias semanas, todos os sinais que já apontavam para o fracasso, e afirmarão, categóricos: eu não disse? Não, eles não disseram, pois todos acreditavam que o hexa era nosso.
Também devemos lembrar que todos eles estavam exaltando e elogiando esse amontoado de jogadores, e tentando incutir em nossas mentes que o time era bem montado, que a defesa era a melhor do mundo, que o Kaká estava melhorando e tinha sido o melhor em campo, e muitas outras besteiras.
Eu cantei a bola, e acertei na mosca. Acertei tanto que disse para alguns amigos pessoais, e também no trabalho, que o Brasil não passaria das quartas. Já estou ouvindo, desde ontem, que não sou patriota, que estava torcendo contra, que sou pé-frio, e outras coisas menos delicadas. Mas são coisas da vida. Em compensação, também já me pediram os seis números mágicos da Mega (Pô, meu, sua bola de cristal está bem sintonizada! Como você sabia?).
Fiz a pergunta antes, e volto a fazê-la: sua vida mudaria em quê se o Brasil fosse campeão mundial de futebol? E outra: como o Brasil não foi campeão, devido a isso alguma coisa vai mudar na sua vida? Tudo bem, eu já sei: as prestações da TV nova continuarão a cair no cartão de crédito...
Pelo menos alguma coisa muda no nosso país: as coisas voltam ao normal, e o Brasil volta a trabalhar. Mas por pouco tempo, pois as eleições estão chegando. Vem aí mais um circo para entreter as massas.