Obrigado pela visita, e volte sempre que quiser!

Pesquisar este blog

segunda-feira, 5 de julho de 2010

O "Eclipse" e a "mãe-estepe"

Pois é, eu já assisti ao "Eclipse".
No dia em que o Brasil deu adeus à Copa da África do Sul, depois de dar boas risadas com o desespero dos torcedores (eu sei, é cruel dizer isso, mas o banho de água fria foi necessário e salutar) fomos ao shopping para passear e tomar um sorvete. Enquanto minha mulher estava numa das lojas, passei em frente ao cinema para ver o que estava em cartaz. Como já havíamos assistido aos dois primeiros filmes em DVD, voltei e avisei:
- O "Eclipse" já está passando no Cine II. Você falou tanto que queria assistir. Quer aproveitar? A sessão começa em dez minutos.
Preciso dizer qual a resposta?
E lá fomos nós. Ainda bem que não tinha fila para comprar os ingressos.
Só estranhei o tumulto próximo do rapaz que recolhia os tíquetes. Ao chegarmos mais perto, fomos puxados delicadamente por uma garota quase em desespero:
- Tia, a senhora pode me fazer um favor?
E minha mulher respondeu delicadamente:
- O que foi? Pode falar.
- A senhora quer ser minha mãe?
Os dois com cara de interrogação...
- É que o rapaz não quer me deixar entrar sozinha, apesar de estar com toda a turma aqui.
A ficha caiu: como o filme é desaconselhado para menores de 12 anos, ela deveria ter menos do que isso, e a entrada somente seria autorizada se ela estivesse com algum responsável.
Ela já havia tentado antes, o rapaz não acreditou, e mais uma vez não caiu na conversa.
E ali, naquele "rolo", o funcionário do cinema, impávido, cercado por garotos, em meio a pedidos chorosos, súplicas, desespero e ranger de dentes.
Entramos e ficamos pensando o que teria este filme para ser "impróprio para menores de 12 anos".
Em pouco tempo, entra um bando de garotos fazendo algazarra, e ela no meio deles. Contente, veio nos agradecer pela tentativa. Não sei ao certo como conseguiu. Não sei se a mãe verdadeira apareceu, ou se foi algum tio de verdade.
Quanto ao filme, bem, não teve nada de extraordinário. Alguns bons efeitos especiais, paisagens muito bonitas e a já tradicional cara "imexível" e pálida de Edward e Bella. No final, o gancho para o quarto filme da saga.
E nada que pudesse ser tão impróprio para menores de 12 anos. Nos programas da TV aberta, esse lixo insuportável composto de novelas, programas de auditório, jornalismo parcial, mundo cão e fofocas, há coisas muito piores e mais escandalosas do que alguns beijos sem tanto entusiasmo e uma ou outra cena mais "violenta".
Na plateia, gritos e suspiros a cada aparição, tanto do vampiro, quanto do lobisomem sem camisa. Além de alguns comentários meio indecorosos e nada lisonjeiros para a Bella, quando ela beijou o vampiro numa cena, e logo depois beijou o lobisomem.
Não, ela ainda não foi transformada em vampira. E está balançando entre dois amores, o gelo e o fogo. Victoria morreu, e os Volturi estão meio indóceis.
Não li os livros, e não sei como seguirá a história. Não estou muito interessado.
Mas sei que vou ter que levar alguém ao cinema quando vier o próximo. Até lá, a garota não precisará mais da "mãe-estepe".

Nenhum comentário:

Postar um comentário