Obrigado pela visita, e volte sempre que quiser!

Pesquisar este blog

sábado, 31 de dezembro de 2011

Feliz Ano-Novo!

Para nós, 2011 foi um ano maravilhoso. Assim espero que tenha sido para todos. Problemas, todos tivemos. Uns foram mais espinhosos, outros mais fáceis de resolver. As alegrias foram muitas, umas maiores, outras menores.
As tristezas, bem... Essas ficaram para trás.
As mudanças, enfim, vieram. E para melhor: de emprego, de cidade, de rotina.
As promessas... Ah! As promessas... Nem vou comentar. Provavelmente vamos renová-las daqui a pouco, certo?
Que a passagem seja tranquila, ao lado de amigos e/ou familiares, sem abusos na comida e na bebida. E quem for dirigir, por favor, cuidado, OK?
Que Deus guie nossos passos e ilumine nossos caminhos durante este novo período que se inicia.
Que a paz seja efetivamente comemorada, e não somente desejada.
Que nossos governantes finalmente cumpram suas promessas.
Que sejamos mais cordatos e amigáveis no trânsito.
Que não precisemos pisar no pescoço de ninguém para subir na vida.
Que aumentemos nosso círculo de amizades verdadeiras.
Desejamos a todos os amigos um excelente 2012.
Grande abraço a todos!
Em 2012 tem mais! Muito mais!


Foto: Reuters - Daniel Muñoz

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Chuvas

Cheguei ao planalto central no auge da seca. E falei sobre ela aqui no blog. São tempos difíceis para quem não está acostumado.
Passada essa fase, entramos no período das chuvas. E como chove por aqui...
Praticamente todos os dias ela dá o ar de sua graça.
Às vezes chega de mansinho, sem alarde. Mas, às vezes, anuncia já de longe que "está no pedaço".
Esta foto eu tirei há alguns dias, da janela da cozinha. É fácil perceber o que estava por vir...

Cidade de constrastes, em que rezamos duas vezes: uma para que chova, e outra para que pare de chover...

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Tempo demais longe do blog

Amigos, voltei.
Realmente, foi um tempo bem longo que passei sem postar.
Estou tentando cumprir uma das minhas promessas de início de ano, passando algum tempo longe da net e do teclado.
Aos poucos vou conseguindo, e com a ajuda inestimável dos livros. Meu novo local de trabalho dispõe de uma biblioteca bem grande, e isso aguçou minha curiosidade. Em praticamente três meses, já foram sete livros. E outros mais estão "na mira".
Entretanto, sinto que não posso deixar este espaço às moscas. Preciso retomar um certo ritmo de postagens.
E aproveito a ocasião para desejar a todos um Feliz Natal, ao lado dos familiares e amigos.
Desejo que todos nos lembremos daquele que veio para guiar nossos passos e iluminar nossos caminhos, o Mestre dos Mestres.
Que possamos deixar um pouco de lado a fúria consumista, alimentada pelo "deus mercado".
Que passemos a conviver menos virtualmente, e mais pessoalmente.
Que possamos reaprender a viver sem ter um celular à mão 24 horas por dia.
Que possamos ser mais cordatos e amigáveis no trânsito.
Que cultivemos nossas verdadeiras amizades.
Que não pisemos no pescoço de ninguém para "subir na vida".
E que tenhamos uma excelente passagem de ano, e um 2012 memorável.
Grande abraço, cuidado no trânsito, e não abusem na comida e na bebida.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Reflexões na sombra da jaqueira

Depois de jogar tênis sob um mormaço quase sufocante, descemos para o bar à beira do lago. O calor pedia uma cerveja gelada, antes do almoço.
Vimos uma mesa sob uma sombra bem convidativa, e dirigimo-nos para lá.
Ao chegarmos, notei que a sombra era de uma jaqueira, e bem carregada. Nossa sorte é que os frutos ainda estavam pequenos. Preciso me lembrar de não ocupar essa mesa daqui a algumas semanas, por motivos óbvios...
Estávamos lá, curtindo a tranquilidade da paisagem, quando uma conversa na mesa ao lado me chamou a atenção.
Tá bom! Prestar atenção na conversa dos outros é coisa de fofoqueiro, mas dessa vez não deu para evitar.
Eu voltei do banheiro, sentei, e minha esposa retomou normalmente o assunto que conversávamos antes. Só que ela me fez um sinal: franziu a testa, e olhou de rabo de olho para a mesa ao lado. Entendi o recado, e continuamos nosso papo.
Eram dois casais conversando, e uma das moças disse mais ou menos o seguinte:
- Eu andava meio desanimada, e o fulano me deu uns comprimidos para tomar. Ele disse que eu teria mais ânimo para fazer academia. Na primeira vez, não fez efeito na hora. Continuei na mesma... Voltei para casa, tomei banho e fui para a cama. Aí sim o troço fez efeito! Não consegui dormir. Passei a noite inteira em claro! Já imaginou como foi o dia seguinte...
E um dos rapazes perguntou:
- Mas e aí? Continuou tomando?
- Ô! Agora tomo três por semana, dia sim, dia não! Puxo ferro sem nem sentir! Dá para ver o resultado, né?
- Se dá!
- Caramba, agora não consigo viver sem esse negócio...
A partir daí, desligamo-nos da conversa “instrutiva”. A cerveja tinha acabado, e a fome apertou. Foi o sinal para irmos para o restaurante.
Durante o almoço, fiquei pensando não na conversa, mas no fato em si.
Nossa sociedade tem dado cada vez mais ênfase à aparência, em detrimento do que temos na massa encefálica. São legiões de pessoas, desde jovens a idosos, agindo como se isso fosse uma verdadeira religião. Um culto aos corpos sarados, bronzeados e torneados.
E um efeito disso pode ser visto no planalto central. As academias devem ser um excelente negócio por aqui, pois vivem cheias. Perto de casa, num raio de um quilômetro, mais ou menos, já contamos umas quatro.
É elogiável que se queira uma melhor qualidade de vida, mais saúde, mais tônus muscular, mais força e vitalidade.
Entretanto, muita gente passa a praticar tanto que isso se torna um verdadeiro vício. Não conseguem ficar mais do que dois dias sem “puxar um ferro”. Acho que devem sentir algo próximo à tal crise de abstinência.
E isso se torna ainda pior quando o vício físico se alimenta do vício químico, como no caso acima.
Outro aspecto desse fenômeno social é que já tenho visto pessoas acima de 60 anos totalmente “marombadas”. Pelas costas, vemos um homem ou uma mulher com corpos admitidos como bonitos. Já vi gente na rua “quebrando o pescoço” para olhar mulheres “desejáveis”, e depois de alguns segundos se aperceberem da realidade, ao verem o rosto de tais mulheres. Imagino o que se passou na mente do galanteador de plantão:
- Uau! Que beleza, hein? Vou chegar junto da gatinha...
Ao chegar mais perto, em frações de segundo, a decepção estampada no rosto:
- Ahn? Como? Mas... mas... Bem, deixa prá lá!
Braços e pernas musculosos, encimados por um rosto totalmente incompatível com a realidade corporal. Nada contra, mas também nada a favor.
Envelhecer com dignidade é uma arte, que poucos dominam.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Perrengues pluviais

Sábado à tarde, depois de sairmos do clube, passamos no mercado. Durante as compras, percebemos a diminuição da claridade, e ouvimos a chuva batendo forte no teto. Na saída, a chuva parecia querer diminuir.
Fiquei obviamente aliviado. Fizemos o retorno próximo ao shopping e pegamos o caminho de volta para casa. Ao entrar na EPGU, de repente, o mundo veio abaixo. A chuva passou de leve a torrencial, com a visibilidade abaixo de 10 metros. Ainda era dia, mas parecia que o crepúsculo havia se adiantado...
A velocidade foi reduzida, mas não havia onde parar. Segui em frente.
- Caramba, que chuva, hein?
Minha esposa estava bastante assustada, e apenas balbuciou, concordando.
Mais alguns metros e um barulho chamou-me a atenção: granizo! Pequenas pedras de gelo por todos os lados. Gelei, tal qual as pedras, pois simplesmente continuava sem lugar para que pudéssemos nos proteger. Felizmente foi rápido, e assim como surgiram, sumiram.
Chegamos em casa sob chuva forte, e tivemos que deixar as compras no carro. Somente depois de 40 minutos consegui descarregar tudo. Logo depois, ao olhar o céu, o sol se fez presente, e parecia não ter havido nada. Que bom! O susto ficou para trás.
Ao anoitecer, lá veio o convite:
- Vamos passear naquele shopping que ainda não conhecemos?
- OK! O céu está bastante carregado, mas acho que conseguiremos voltar antes da chuva, se é que vai chover de novo! - respondi com um sorriso.
E lá fomos nós, felizes, ouvindo o bom e velho rock'n'roll.
Como não havia vagas no estacionamento público, entramos no pago, coberto, e fomos "bater perna".
Passeio feito, chegou a hora de voltar para casa. Paguei o tíquete, e fomos para a garagem. Notei que alguns carros entravam molhados. Comentei, rindo:
- É, a chuva não esperou...
Ao sair, percebi que a enxurrada estava grande, e a chuva continuava a cair com certa intensidade.
- Bem, já que estamos aqui, vou pela W3, apesar dos semáforos. Não deve ter muito movimento.
Realmente, quase não havia movimento. O que havia era muita água acumulada, em vários pontos, ao longo de toda a Asa Sul. E a enxurrada vinha de todos os lados, complicando ainda mais o trânsito.
O medo da tarde voltou com força, quando cheguei próximo do Pão de Açúcar do final da W3, e vi os carros à minha frente atravessarem um verdadeiro rio.
A água chegava ao meio das rodas.
Pensei em pegar a pista de volta e cortar pelo meio da quadra, indo para o Eixão. Mas, ao olhar para a tal pista, desisti... Estava ainda mais cheia, por ser mais baixa.
Lá na frente, o nível da água continuava a subir, mas os carros estavam passando.
- Vou arriscar, não podemos ficar aqui parados.
Engatei a primeira, acelerei e segui, mas o receio era de que as coisas poderiam ficar piores a qualquer momento. A chuva continuava, inclemente.
Encostei o carro no canteiro central, onde a pista era um pouco mais alta, e cheguei ao sinal. Vários carros parados, aguardando nervosamente o sinal verde. A tensão aumentava, assim como o nível da água...
Finalmente, a tão esperada luz verde surgiu. Todos saíram tão rápido quanto possível, e respirei aliviado. Estávamos voltando para casa.
Aumentei o volume da música e já respirava mais tranquilamente, quando percebi vários pontos alagados na EPTG...
Todos reduziram a velocidade, e as cortinas de água subiam conforme os carros passavam.
- Pô, de novo? Não basta o que passamos à tarde?
Pensei: isso tudo aqui foi construído recentemente! Será que ninguém pensou na drenagem da pista? Para que um acidente ocorra, não precisa muito...
Finalmente a entrada para o Guará surgiu à minha frente. Relaxei minhas mãos no volante. Nossa casa estava próxima.
Fui dormir com os ombros ainda tensos. Ninguém merece dois perrengues pluviais no mesmo dia.

domingo, 2 de outubro de 2011

Einstein estava "mesmo" errado?

Li agora há pouco na Folha, aqui.
02/10/2011 - 10h14
Teorias de Einstein são postas à prova por cientistas europeus

Nos últimos anos, tenho visto uma verdadeira busca por tentar desmontar as teorias de Einstein que, definitivamente, foi um dos maiores gênios da história. E essa busca assume contornos de ópera-bufa, com lances bastante midiáticos.
É certo que a ciência e a pesquisa são o caminho para o desenvolvimento da humanidade. Mas elas devem ser o meio, e não um fim em si mesmas. e não precisam ser o caminho para tentar chegar à fama. A ciência, assim como o mundo dos famosos, também tem seus pavões, que querem chegar à tão almejada "celebridade". Nem que, para isso, tenham que desqualificar os grandes mestres.
A física quântica, por exemplo, tirou o mérito de Newton? Ou de Galileu?
Menos, pavões, menos...

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Crônicas candangas 5

Amigos, voltei. Estou me acostumando com a nova rotina, OK? Em breve, mando um post sobre isso.

Mais de cem dias sem chuva. Secura total no planalto central. A grama está marrom, e parece crocante ao ser pisada. Qualquer brisa levanta nuvens de pó nos imensos espaços vazios.
Mesmo sem beber, parece que estamos de ressaca permanente. Os lábios ficam duros, a pele fica esbranquiçada, os olhos ardem e raspam. Os sintomas clássicos são a dor de cabeça e a urina bem amarela, que aparecem quando o estrago já está feito, ou seja, depois que passamos um bom tempo sem beber água.
Já adotei o costume: a garrafa e a caneca ficam sempre à mão. Mesmo sem sede, forço-me a beber este líquido precioso.
A seca, claro, deixa o céu sem nuvens. Ao amanhecer, este fenômeno proporciona um espetáculo impressionante: manhãs de um azul profundo, que só vai ser manchado lá pelo meio da tarde, quando começam a aparecer algumas manchas brancas.
Segundo os locais, é o prenúncio de que as chuvas começam a se aproximar.
Todos rezam para que isso aconteça logo. Eu também...

Este texto foi escrito há alguns dias, e logo depois tivemos dois dias de chuvas fracas, que foram suficientes apenas para causar alguns acidentes e para baixar um pouco o pó. Torço para que chova de verdade...

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Crônicas candangas 4

A mudança chegou sem problemas, sem quebras e sem riscos. Enfim, sem traumas.
Boa parte das caixas foi aberta, muita tralha já está no seu devido lugar.
A casa já está com cara de casa, apesar de algumas coisas ainda estarem desaparecidas. Quem mudou alguma vez na vida, sabe do que estou falando.
A vizinhança é tranquila, com exceção de um cachorrão que late e uiva, e ouriça minha vira-lata, que desanda a latir. Coisas caninas...
Estamos estranhando a tal da secura do planalto central. Os lábios chegam a trincar de tão secos, e parece que vivemos de ressaca. A solução é abusar da água, e apelar para a manteiga de cacau.
Ontem ouvi que, aqui perto, a umidade relativa do ar chegou a 6%. Sorte que não uso lentes de contato...
Hoje o céu amanheceu coberto de fumaça. O entorno está em chamas. Que a chuva chegue logo!

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Crônicas candangas 3

Finalmente, a hora da mudança chegou.
Foram dias de preparação, descartando o que não servia mais, doando o que ainda servia, mas que não queríamos mais, desmontando móveis, retirando e lavando as cortinas.
Dezenas de caixas preparadas, fechadas e numeradas.
Roupas e documentos separados.
Eletroeletrônicos embalados com carinho, assim como os cristais.
Em breve o caminhão seguirá para seu destino, nosso novo lar.
Lá, estaremos esperando, para enfrentarmos mais uma maratona, que é a remontagem de nossas coisas.
Há pessoas que se desesperam com essa situação. Não é fácil transformar um amontoado de caixas num lar, mas isso não nos assusta. É uma experiência renovadora.
Já estamos acostumados... Para mim, essa será a 16ª mudança.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Crônicas candangas 2

O ônibus avança pela estrada, rumo à capital. O trânsito ainda é tranquilo.
Já acordei faz tempo, de um dos muitos cochilos. Ao meu lado, minha esposa dorme profundamente. Não foi um sono contínuo. A mistura de sensações, a tensão e o desconforto não me deixaram descansar. Em algumas horas, começarei a materializar o sonho de assumir o tão desejado cargo.
No horizonte, a faixa amarela do amanhecer de 9 de agosto empurra o manto da noite. Não há nuvens no céu, e as últimas estrelas dão um até breve.
Ao longe, desenha-se o perfil das cidades-satélites, emolduradas pela iluminação artificial, que começa a se desligar.
O amanhecer de um novo dia, também o amanhecer de uma nova etapa, pessoal e profissional.
Fecho os olhos, e o passado me vem à mente, misturado aos sonhos do futuro. Erros e acertos, grandes e pequenos sucessos, amigos que vieram e que se foram. Em alguns dias, tudo isso vai se repetir, no nosso eterno ciclo de aprendizado.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Crônicas candangas 1

Inicio neste post a série Crônicas Candangas, resultado de minhas primeiras observações no Cerrado.

Esta mudança veio de repente, mas veio para ficar.
Em breve estarei definitivamente instalado no planalto central.
Correria, viagem, exames médicos, psicotécnico, procura por imóvel para alugar, cidade nova, trânsito maluco, seca. Uma salada digna de mexer com as bases de qualquer vivente. Mas vamos tirar isso tudo de letra.
Graças à internet e aos fóruns e grupos de discussão, já sou conhecido de muita gente. Minha fama chegou antes de mim.
Quarta-feira à tarde, paletó e gravata, antes do psicotécnico.
Chego na porta de uma sala previamente indicada por e-mail. Bato levemente na porta já aberta, olho para dentro e vejo uma moça se levantando, sorriso e braços abertos. Ganho um abraço longo e apertado.
- Muito prazer, eu sou...
- Ah, você é o Fulano! Que legal te conhecer pessoalmente. (virando-se para trás) Ei, olha só quem está aqui!
Do fundo da sala:
- Caramba! Finalmente você chegou. Todo mundo queria te conhecer! Vem cá! Vamos tomar um café!
Parece que já somos amigos de longa data. Quer dizer, somos, só que pelo mundo virtual. A conversa segue animada, com lembranças dos tempos iniciais do concurso.
Pela recepção carinhosa e atenciosa, definitivamente, vim para o lugar certo.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A mudança está a caminho

Amigos, atendendo o pedido da Mônica, do Crônicas Urbanas, consegui um tempinho para sair de minha correria para satisfazer a curiosidade.
Mais uma mudança está para acontecer em minha vida profissional.
A notícia que recebi, e sobre a qual falei no post passado, foi a nomeação em um concurso público, que foi muito enrolado, teve altos e baixos, mas finalmente se desenrolou.
Fiz todos os exames médicos, apresentei a documentação, e aguardo a data da posse, correndo atrás de imóvel para alugar. Mas este probleminha deve se resolver em breve.
Falta terminar de preparar as caixas, desmontar os móveis e carregar o caminhão.
Em breve, mais novidades.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Você acha que está preparado?

Às vezes, sabemos que a boa notícia vai chegar.
Ela só não tem hora marcada.
Estamos aguardando ansiosamente, dia após dia.
Pensamos que estamos preparados.
Afinal, nossa mente está doutrinada e calejada, todos os passos foram meticulosamente passados e repassados. Quando fechamos os olhos ela já está ali, quase na nossa frente, e não pode haver surpresa, certo?
Errado!
Quando ela chega, de repente, sem avisar, vem aquela tremedeira, aquela sensação de iceberg na boca do estômago, as mãos suadas, a voz some dentro da garganta, e você fica sem saber direito o que fazer em primeiro lugar...
Passei por isso tudo hoje de manhã.
Graças a Deus recebi uma excelente notícia há tempos esperada.
E fiquei por alguns momentos sem saber o que fazer.
Mas, passado o "susto", agora temos de colocar os planos em execução.
Em breve teremos muitas mudanças. E para melhor, claro!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Conversa de consultório

Aproveitamos a semana que passou para fazer algumas coisas que estavam pendentes, como tirar a segunda via do RG (disseram-me que o “velho”, sem o dígito de controle, seria inválido. Será? Em todo caso...), e para algumas consultas médicas.
Levantamos cedo, e lá estávamos, esperando nossa vez, num dos consultórios.
Eu estava bastante entretido na leitura, curtindo os últimos momentos de minhas lentes antigas (pois uma das consultas da semana seria no oftalmologista), quando minha mulher me cutucou:
- Eu pensei que só em salão de beleza se fizesse fofoca.
- Ahn? Como assim?
- Você não está ouvindo? - e apontou discretamente para o balcão, onde a recepcionista conversava animadamente e em voz alta com outra mulher.
- Não. O que foi?
- Repara só! As duas ali, aparentemente, só não falaram de quem está aqui na sala de espera...
Parei minha leitura e prestei atenção por alguns instantes. Falaram de roupas de festa em casamentos, de quem não sabia se vestir, de quem parecia ter perdido a vontade até de pintar o cabelo após um acidente, e de alguém que, por gostar de beber, agora, se quisesse continuar com isso, teria que abdicar do whisky e apelar para a pinga, por estar “quebrado”.
Isso tudo sem perder o fôlego, em menos de quatro minutos, e entremeado com os telefonemas e atendimentos de quem chegava ao balcão.
Balancei a cabeça e voltei à minha leitura, não sem antes me lembrar da pergunta de minha esposa, e também de uma frase que vi no Facebook há alguns dias:
Promoção imperdível: pague minhas contas, assuma meus problemas e ganhe, inteiramente grátis, o direito de se meter na minha vida.
Este é o tal cerumano, cada vez mais intrometido e fofoqueiro, e cada vez menos discreto.
Ainda bem que fomos chamados para a consulta logo a seguir.
Mas... Esperem um pouco...
Pensando bem, quem me garante que não fomos o próximo assunto?

sábado, 23 de julho de 2011

Malas, malinhas e maletas

A semana que passou foi sui generis.
Parece que todos os malas da região fizeram um flash mob e apareceram lá no escritório.
Chegamos a ter seis ao mesmo tempo na tarde de sexta-feira.
Os que não puderam comparecer, fizeram-se presentes pelo telefone.
Sem querer fazer propaganda, mas dei um nome a este período: semana Le Postiche. Malas para todos os gostos...
E vocês sabem que mala que é mala pensa que é legal, que sabe contar piadas, que não fala alto. E que todos precisam ouvir suas conversas extremamente “importantes” no celular, atendido em altos brados. E tem cada toque “legal”: desde canto de curió e latido de cachorro a grilos, músicas de gosto duvidosíssimo e uma frase tipicamente mala “pai, ô pai, atende o celular, pai”.
E todos têm a certeza de que, por não terem mais nada a fazer a não ser nos aporrinhar, podem ficar nos alugando, pois nós também não temos mais nada a fazer a não ser atendê-los...
E o pior é o mala que fuma tanto, mas tanto, que parece que ainda está fumando, mesmo depois de apagar o cigarro, pois o cheiro da fumaça está impregnado nele.
Alguém sabe como faço para conseguir um estágio no check-in de uma companhia aérea? Preciso aprender, com urgência, a despachar malas...

domingo, 17 de julho de 2011

Um papo e um susto

Aproveitei o fim de semana para visitar meu pai. Encontrei-o bem de saúde, graças a Deus. Seu joelho continua a “reinar”, como dizia a minha avó, mas são coisas da idade.
Daí, óbvio, aproveitei para tomar um chope (tá bom, tá bom, maneira de falar, foram vários) e bater um papo com os amigos de infância. As cabeças estão mais brancas, a boa forma ficou lá no passado, os encontros demoram mais para acontecer, mas a amizade continua a mesma. E as piadas e sarros, idem. Divertimo-nos bastante, e demos muitas risadas.
Um dos temas, claro, foi carros e motos, gostos comuns desde sempre. E perguntei para um deles se ainda estava com sua 1300.
Cara de espanto, e a pergunta: espera aí, você não sabia que eu sofri um acidente com ela em abril? E foi me contando os detalhes. E eu fui gelando por dentro.
Aquele que é praticamente meu irmão quase morreu, por culpa de um maluco que cortou-lhe a frente. Felizmente, sofreu apenas uma pancada no joelho direito, que ficou mais ou menos do tamanho de um melão, daquele dos grandes.
A moto, que voou por algumas dezenas de metros, teve perda total. Ainda bem que tinha seguro.
Agora ele disse que está apenas com uma 750, adquirida num daqueles negócios que aparecem somente poucas vezes na vida, e que a velocidade também se reduziu.
Espero que ele cumpra a palavra de andar mais devagar, pois parece que o susto foi realmente grande. Para ele, e para mim...

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Dia do Rock 2

Yes, Genesis, Deep Purple, Led Zeppelin, Rolling Stones, The Beatles, Scorpions, Bob Dylan, Elvis Presley, The Cure, Def Leppard, Oasis, Eric Clapton, Supertramp, Queen, Bon Jovi, Guns’n’Roses, INXS, The Smiths, Iron Maiden, Metallica, Skillet, Black Sabbath, Faith no More, Midnight Oil, Linkin Park, Nirvana, Angra, Sepultura, Jethro Tull, Mötley Crue, The Who, Scars on 45, Uriah Heep, The Doors, Whitesnake, Ozzy Osbourne, Poison, Prince, Roxette, Styx, The Fixx, Steely Dan, Alter Bridge, Triumph, Fitz and the Tantrums, The Vaccines, The Head and the Heart, Manfred Manns Earth Band, Florence and the Machine, Skid Row, Nirvana, Europe, Asia, Boston, B 52s, Bruce Springsteen, A-Ha, Aerosmith, Blondie, Dire Straits, KISS, Creedence Clearwater Revival, Nazareth, Savage Garden, Steppenwolf, Seal, Stratovarius, The Clash, Frank Zappa, AC DC…

Precisa falar mais alguma coisa? Bem, tirando quem eu não citei, acho que só me resta dizer:
13 DE JULHO - ROCK’N’ROLL!!! LIVE LONG AND PROSPER!!!

domingo, 10 de julho de 2011

Dia da Pizza

Hoje é o Dia da Pizza.
Para comemorarmos, já fizemos nossa homenagem.
Depois de um passeio no shopping, traçamos uma bela redonda, meia portuguesa, meia caprese.
Pena que este prato italiano, completa e totalmente incorporado à nossa culinária, esteja tão associado com o lado negro da Força, em certa cidade de um planalto qualquer...
Em todo caso, feliz Dia da Pizza a todos!

A imagem eu tirei daqui.

Produção caseira

Uma das vantagens de se morar em cidade do interior e em casa com quintal é poder ter algumas plantas por ali, para embelezar e para produzir.
Há pouco tempo plantamos uma amoreira. Pensamos que iria demorar para vermos seus frutos escuros e saborosos "dando o ar da graça".
Entretanto, tivemos agradáveis surpresas com um pé ainda pequeno. Eles não só já apareceram, como nos surpreenderam com o tamanho.
Um exemplo está aí, abaixo, colhido agora há pouco.

Durou apenas o tempo necessário para a foto! Estava deliciosa!

sábado, 9 de julho de 2011

Dica de Filme

Depois de vários sábados bem agitados, com esse friozinho, resolvemos ficar em casa, assistindo alguns filmes.
Seguem duas dicas que garantem a diversão:

Percy Jackson e o Ladrão de Raios, que deve ser assistido, de preferência, com um bom equipamento de som, desses chamados "home theaters". É daqueles que a gente nem vê o tempo passar.
A outra dica é um desenho da Disney. Só para variar, uma animação extremanente bem feita, usando a técnica tradicional. Tem momentos bem alegres, e alguns bem emocionantes.

Ambos valem a pena! Diversão para toda a família.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Uma brasileiríssima Noite Portuguesa

Tinha tudo para ser uma memorável noite de sábado.
Encontraríamos os amigos na Noite Portuguesa, logo depois de um outro compromisso.
Quando chegamos, o evento já havia começado. Deixei minha esposa na entrada e fui procurar uma vaga para estacionar. Orientado pelo segurança no estacionamento, deixei o carro láááá longe, e vim andando pela parte de trás do salão. O som do conjunto chegava até mim meio abafado, mas percebi claramente: tanto o cantor, quanto a cantora, deram uma desafinada homérica. Tremi, mas pensei que poderia ter sido apenas um deslize numa música mais difícil de cantar.
Encontrei minha esposa, entregamos os convites e entramos no salão. Apesar de lotado, tínhamos nossos lugares já guardados, e não teríamos problemas para sentar.
Tomei um susto: o som estava insuportavelmente alto, chegando a doer nos ouvidos. Quando sentamos, percebemos que só conseguiríamos conversar se gritássemos uns com os outros, mesmo que fosse com a pessoa do lado na mesa.
A comida estava excelente, principalmente o bacalhau, mas o vinho tinto seco acabou antes do meio do jantar. Dali a pouco, o branco seco teve o mesmo destino. A seguir, o tinto suave. O branco suave deixava muito a desejar. Sobrou a cerveja...
E o tal conjunto não se emendava. Além do som altíssimo, simplesmente destruiu várias músicas, a ponto de torná-las irreconhecíveis com arranjos, digamos, diferentes. Por exemplo, só consegui identificar um Creedence Clearwater Revival lá pelo meio da música, e uma Alcione só pelo refrão...
Mas os dançarinos eram especialistas em trocar de roupas. No máximo a cada duas, lá se iam pela cortina adentro, para voltar em novos trajes, e com coreografias meio assim, como direi, duvidosas...
De repente, o cantor anuncia: o melhor dos anos 70. Agora sim, pensei, deve vir alguma coisa boa. Os dançarinos com roupas, óculos escuros e perucas estilo black power, todos em tons berrantes, e atacam de Can You Feel It, do Jean-Roch. Tá, a música é legal, animada, o som pode até ser parecido com o dos anos 70, mas a música, definitivamente, não é dessa década...
Tentam outra vez, anunciando o melhor de Sidney Magal, e tocam Gipsy Kings...
Bem, era para ser uma noite portuguesa. Mas não ouvi nem um fado, nem sequer um Roberto Leal. E o conjunto, mais uma vez, errou a mão. De repente, do nada, começam a tocar uma tarantella, com os dançarinos vestidos a caráter, de verde, vermelho e branco, e de pandeirinho na mão...
Pista cheia, apesar da música mal tocada, e eis que surge uma axé-music (argh!!). A pista limpa num piscar de olhos, e o conjunto ainda insiste, tentando "animar" a galera. As pessoas só voltam depois de soarem alguns acordes de forró. Mas só deu para entender que era uma música conhecida pelo refrão...
Minha paciência já havia se esgotado. Sabe quando você começa a olhar insistentemente para o relógio e pedir para que o martírio acabe?
Final de festa, meus ouvidos definitivamente detonados e zumbindo, minha garganta destruída de tanto gritar para me fazer entender, posso resumir: valeu pela comida e pela companhia.
Se eu quiser ouvir boa música, em níveis civilizados de altura, tenho certeza: vou fazer isso em casa. Pois, se depender dessas tais super-bandas cheias de firulas e figurinos, contratadas a peso de ouro, já tenho o meu veredito: não vai dar certo...

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Fim de semestre com chave de ouro

Há algum tempo eu escrevi um post que terminou com uma frase enigmática. Para quem não se lembra, está aqui.
Aquele vento, realmente, limpou os horizontes, e a chuva lavou os caminhos, facilitando o início do novo ciclo solar.
E as coisas realmente começaram bem. Nada como uma boa notícia para encerrar este primeiro semestre com chave de ouro. Por conta disso, os próximos meses prometem fortes emoções e muitas novidades.
Espero que elas se concretizem em breve. E sei que isso tudo vai render muitos posts.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Frio básico

Amigos, voltei.
Precisei tirar uns pinguins de cima do notebook, para poder postar uma mensagem.
Fui dormir no sábado com um céu estrelado, e uma temperatura bem agradável, com o já tradicional pensamento: levantar cedo e encarar uns sets de dupla no clube, com direito a algumas cervejas como aperitivo para o almoço...
Acordei todo encolhido, perguntando-me o que havia de errado... Levantei-me, e fui até o banheiro. Pelo vitrô fechado, parecia que o céu estava encoberto... Que estranho...
Abri-o, e tomei um susto: temperatura baixíssima, um vento cortante, e o céu realmente carregado. Pensei: de onde veio essa mudança súbita e radical, ocorrida em apenas seis horas?
De repente, caiu a ficha: lá no meio da semana, eu ouvi na TV que a previsão era de mudança do tempo no domingo. Mais uma vez, eles acertaram em cheio!
Voltei para a cama resmungando um pouco, mas ao mesmo tempo pensei: dormir com esse frio é o bicho! Puxei o edredon quietinho para não acordar a minha mulher, e dormimos até tarde. Depois do almoço, fomos jogar baralho na casa de amigos, e retornamos diretamente para casa, ansiosos por nos enfiarmos embaixo das cobertas.
Enfrentamos temperaturas bastante baixas também nesta segunda-feira, com a diferença de que o céu amanheceu e permaneceu totalmente limpo. Assim que o sol se pôs, meus pés viraram pedras de gelo... Hora de tirar o meião de futebol da gaveta. Ele é bem útil, e não só no campo!
Conversei agora há pouco com uma grande amigo pelo telefone, para cumprimentá-lo por seu aniversário. Ele está em Nova Friburgo, RJ. Perguntei-lhe sobre o clima na serra, e a resposta fez-me tremer: a temperatura havia chegado a apenas 3 ºC.
E temos a previsão de mais uma madrugada gelada. Enfim, o inverno chegou, trazendo um friozinho básico.
Bem, chega de conversa fiada. Preciso alimentar os pinguins.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Coisas simples

Muitas vezes pensamos que, conforme vamos crescendo, aprendendo e tendo mais experiências de vida, nossos gostos vão se alterando e se refinando, e que precisamos vivenciar coisas cada vez mais sofisticadas para que possamos nos satisfazer.
É, pode até ser...
Mas há coisas simples que ainda me satisfazem, e que me dão imenso prazer: aquecer-me ao sol, em um dia de frio; descansar à sombra, em um dia de muito calor, saboreando um copo de água gelada; uma sopa quente, numa noite fria de inverno; um pedação de chocolate ao leite; uma lasanha fumegante; uma boa pizza; uma dose de cachaça artesanal, numa boa roda de papo com os amigos; chegar em casa, tirar os sapatos e calçar aquele velho e confortável chinelo; um sorvete de pistache; poder travar o despertador e dormir até mais tarde, junto da pessoa amada; brincar com minha cachorra; passear de mãos dadas; apreciar o por do sol; olhar as estrelas; ler um bom livro; escutar minhas músicas preferidas; um bom jogo de truco; cochilar após o almoço; comer pipoca; olhar uma paisagem; sentir o cheiro gostoso de um fogão de lenha, de café recém-moído, de pimenta-do-reino e de folhas de louro; raspar o resto de massa de bolo de chocolate na tigela.
Como se vê, a simplicidade é uma das chaves da felicidade. A sofisticação, às vezes, só atrapalha...

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Novo ciclo solar

Os esotéricos costumam dizer que há na vida das pessoas o chamado “inferno astral”, que é aquele período de 30 a 40 dias antes do aniversário.
Para uns, durante essa fase aconteceriam coisas terríveis, para outros é apenas um período de reflexão, preparatório para o próximo ciclo solar, que em ambos os casos estreia uma nova idade cronológica.
Digo que, no meu caso, esse tal período, encerrado ontem, em 14 de junho, trouxe boas notícias e bons acontecimentos.
E também muita felicidade, pois muitos foram os que me telefonaram ou mandaram mensagens.
Até o pessoal do escritório me fez uma agradável surpresa, devidamente auxiliados, claro, pela minha mulher.
Só posso agradecer a todos, de coração, pelo carinho.
Agora, já estou devidamente instalado na minha nova idade (4.6, mas com corpinho de 4.5).
Mudanças (para melhor, claro) são ansiosamente aguardadas. Efeito do excelente inferno astral. Que todo ano eu passe por um período semelhante!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Programa turístico

Estou lançando o mais novo pacote turístico do mercado.
É sensacional, não custa nada, e você ainda perde algumas calorias.
Chama-se: conheça seu bairro correndo atrás da Suri.
Devido a um defeito na presilha da guia, só hoje ela conseguiu fugir duas vezes seguidas. Com isso, já contabilizamos sete fugas!
Nas correrias atrás da cadela mais rápida que eu já vi, conheci quatro novos botecos, um salão de eventos, uma padaria, uma oficina, algumas novas construções no bairro, uma madeireira, sem contar as ruas em si, nas quais eu ainda não havia passado.
Quem vê essa coisinha fofa na foto não sabe do que ela é capaz...
Como diz o "velho deitado": quem não te conhece que te compre!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Para quem gosta de rock 2

Descobri o som deste conjunto meio que por acaso, ouvindo a 95.1 The Fox, de Montgomery, Alabama, da qual falei há alguns posts.
Skillet é uma banda de rock cristão de Memphis, Tennessee, formada em 1996. A banda é composta por John Cooper (vocalista, baixista), Korey Cooper (guitarrista, tecladista e backing vocal), Jen Ledger (baterista e backing) e Seth Morrison (guitarrista). A mocinha da bateria toca muito bem, além de fazer uma excelente segunda voz.
No Youtube é fácil encontrar clipes deles. Este link é para a música Awake and Alive, com um som fantástico.
Vale a pena conhecer.

Eu tô um caco...

Na Folha On-line, aqui.

06/06/2011 - 09h43
Jovens de classe média adotam a preguiça como profissão - um artigo de Carlos Minuano

Um dos parágrafos da reportagem:
Andréa M., 22, formada em gastronomia, revela sua receita predileta: levar a vida em banho-maria. "Em plena quarta-feira, fui à praia com uma amiga. Se eu estivesse trabalhando, isso não seria possível", diz.
Outro trecho:
Ela conta que, para espantar a monotonia, sai três ou quatro vezes por semana. Seu roteiro inclui bares e baladas na Vila Madalena.
Andréa admite que os seus pais não concordam muito com sua situação atual. "Vivem me dizendo para ir trabalhar. Mas agora, no inverno, prefiro é ficar embaixo das cobertas."


Um descansozinho de vez em quando, tudo bem. Às vezes eu também tenho vontade de ficar embaixo do edredon, principalmente nos dias mais frios. Mas abusar da sorte já é demais, certo?
No lado dos mais novos, tenho visto com frequência pessoas dizendo que querem retardar sua entrada no mercado de trabalho. Muitas vezes, o motivo é fazer uma pós-graduação, ou um curso de línguas. Mas, às vezes, o motivo é querer ficar o maior tempo possível na barra da saia, ou na aba.
Já no lado dos mais velhos, vejo um contingente cada vez maior de profissionais querendo se aposentar o mais rápido possível. Os motivos são vários: cansaço, desânimo, falta de perspectivas.
Poderíamos escrever um tratado psicológico abordando esse aspecto da vida moderna.
Seria uma busca do prazer, pelo prazer, ou do ócio, pelo ócio? E sem querer pagar o preço? Onde chegaremos?
Bem, não sei onde chegaremos, mas posso descansar um pouquinho antes de irmos? Eu tô um caco...

Para complementar, na reportagem da Folha tem um gráfico com os 10 mandamentos do ócio. Vocês vão se divertir:

terça-feira, 7 de junho de 2011

Vento, ventania

Manhã de sol, com poucas nuvens. Parecia que o frio estava se afastando, apesar da brisa suave.
Na TV, a mocinha do tempo falou que havia grandes possibilidades de chuvas fortes. Hã? Como assim? Com ESSE tempo ali fora? Rá!
E lá fui eu para o serviço, sem o guarda-chuva, claro.
Ao longo da manhã, a velocidade do vento simplesmente atingiu níveis estratosféricos, com folhas e galhos para todos os lados. A poeira vermelha tomou conta do céu.
Nuvens de um cinza ameaçador vieram sabe-se lá de onde, e o cheiro de terra molhada começou a se fazer presente, vindo de longe.
E não é que aquela tal previsão começou a fazer sentido? Parecia que meu tênis iria ficar para outro dia.
E o vento continuava ali, implacável, açoitando as janelas.
De repente, vejo o que parecia improvável há algumas horas: a chuva havia chegado com força. Apagou a poeira, e fez cair novamente a temperatura.
No final da tarde o vento, finalmente, parou por completo, deixando seu rastro de folhas caídas por toda a cidade.
O tênis? Bem, certamente fica para outro dia.
Na volta para casa, vi que meus vizinhos de bairro já começavam a limpeza das calçadas. Eu já sabia o que me esperava, ali perto.
Talvez esta tenha sido uma das últimas chuvas antes do inverno.
Mas tudo tem o lado bom. Parece que bons ventos realmente sopraram, clareando o horizonte.
Huuummm, algo me cheira enigmático nesta última frase...

domingo, 5 de junho de 2011

Dia mundial do meio ambiente

No ano passado, postei sobre este mesmo tema, o Dia Mundial do Meio Ambiente, "comemorado" em 5 de junho.
Após ler o texto, reitero tudo o que disse, apenas trocando a catástrofe do Golfo do México pelo problema dos reatores da usina de Fukushima. Aqui no Brasil, a tragédia da região serrana do Rio continua lá, sem solução, e com muitas outras semelhantes apenas esperando para acontecer. O verão está logo ali, e quem viver, verá.
E o maior evento "comemorativo" da efeméride foi a concessão da licença de instalação da usina de Belo Monte.
Sim, o Brasil precisa de energia para o seu desenvolvimento. Talvez não precise de uma usina que não vai gerar, durante todo o ano, os mais de 11 mil MW projetados, mas tão somente uma média de 4,5 mil MW, e que vai custar aos nossos bolsos mais de R$ 30 bilhões (se bem que o valor, em si, pode variar, mas não será muito diferente disso), sem contar as linhas de transmissão.
Talvez também não precise de mais usinas nucleares, e certamente não precisa de gestores incompetentes na área de energia e meio ambiente.
Certamente não precisamos de mais megalópoles, de mais poluição, de mais carros particulares nas ruas, de mais população carente e sem educação, de mais bairros sem saneamento básico, de simples programas de bolsa-isso ou bolsa-aquilo.
Precisamos de muitas coisas: mais educação, menos impostos, mais segurança, mais saneamento básico, mais infraestrutura, menos políticos profissionais, mais vergonha na cara.
Precisamos, mais do que nunca, refletir se nosso modo de vida atual poderá se perpetuar, sem nos destruir aos poucos.
Precisamos ter motivos para comemorar o Dia Mundial do Meio Ambiente. Eu, hoje, não tenho tais motivos.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Para quem gosta de rock

Agora há pouco descobri, pelo Facebook, um verdadeiro tesouro: uma página que tem vários links para rádios dos EUA, e que só tocam rock'n'roll.
A página é esta, VH1 Classic Rock Nights, com Eddie Webb.
Agora, estou ouvindo esta, a 95,1 WXFX The Fox, de Montgomery, Alabama, justamente no programa do Eddie. Show!
Os fãs de rock, juntamente com certas "bandinhas coloridinhas café fraco com leite morno" devem conhecer, e com urgência.
Vida longa ao rock'n'roll!!!

Retorno ao lar, uma constatação, ou onde há fumaça...

Aproximamo-nos do inverno, estação obviamente mais fria e também mais seca nesta região tropical.
Já começamos a ver os reflexos disso na paisagem: chuvas bastante escassas, folhas pelo chão, e paisagens cada vez mais em tons de marrom, substituindo o verde característico dos meses mais chuvosos.
A recente viagem de volta para casa rendeu, além da reflexão do post anterior, uma constatação: observando a paisagem, vi a ocorrência de várias queimadas em pastos e matas, tanto durante o dia (várias colunas de fumaça), quanto à noite (a luminosidade propriamente dita do fogo).
Essa combinação de tempo seco e de queimadas piora a qualidade do ar, tornando mais difícil a vida de quem tem problemas respiratórios, além de tornar as paisagens e os horizontes muito mais embaçados.
No ano passado, escrevi alguns posts a respeito disso em agosto e setembro, começando por este aqui.
Provavelmente teremos por aqui um vale a pena ver de novo... E começando bem mais cedo do que eu esperava.

sábado, 28 de maio de 2011

Retorno ao lar, uma reflexão

Depois de uma marginal congestionada, oito e meia longas horas dentro de um ônibus, vários cochilos e muitas paradas, finalmente cheguei de volta ao lar.
Estava, claro, com saudades das minhas meninas.
Mas durante a viagem, feita parte à tarde e parte à noite, vi algo que não vemos nas cidades, por conta da iluminação: uma enorme quantidade de estrelas.
Fazia bastante tempo que não via aquela mancha esbranquiçada, característica do nosso braço da Via Láctea. Aliás, sabia que esta é a origem do nome que demos à nossa galáxia?
Passei um bom tempo olhando aqueles milhões de estrelas, que estão lá a nos lembrar da nossa pequenez diante do universo, forçando-nos a parar e a refletir.
Tinha acabado de sair da maior metrópole do país, um aglomerado de milhões de pessoas que convivem, fisicamente, naquele espaço. Mas que estão, ao mesmo tempo, separados na sua individualidade, nos seus sonhos, nos seus problemas, nas suas alegrias. O paradoxo: juntos, mas separados.
Saem de suas casas e fazem verdadeiras viagens para poder trabalhar e ganhar seu sustento. Grande parte sai e volta sem a luz do dia, que vai encontrá-los e acompanhá-los durante a jornada, mas não em casa.
O ritmo dessa vida (se é que se pode chamar de vida esse suceder de viagens), alucinante, sufocante, os impede de olharem-se, para que possam ver seus rostos, com olhar fixo num horizonte indefinível e inalcançável, olhos mortiços, olhares perdidos.
Só Deus sabe o que se passa atrás daquelas janelas de suas almas, trancafiadas em veículos de aço ou de carne. Que sonhos sufocados, que emoções embaralhadas se escondem sob as colunas de fumaça?
Ao mesmo tempo em que estamos todos juntos, também estamos sós, olhando as estrelas, quer possamos vê-las, ou não.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Máquina de fazer doido

Viagem a trabalho de uma semana a São Paulo. Cheguei na segunda, junto com o sol nascente, e fico até amanhã à tarde.
Estou num hotel estilo "muquifinho", próximo da sede da autarquia. Ácaros por todos os lados, e um colchão um tanto quanto desconfortável. Comodidade da distância, sacrificando um pouco o conforto. É a famosa expressão "em compensação", aplicada na prática.
A conexão da internet no quarto é instável. O sinal varia muito, dificultando o acesso.
Agora, por exemplo, consegui sinal ao lado da porta. Estou sentado num banquinho, com o notebook equilibrado nas pernas...
O hotel fica numa das ruas mais movimentadas da cidade, e os barulhos se sucedem numa verdadeira salada sonora: serras e furadeiras numa construção próxima; helicópteros vindos de todos os lados; carros, ônibus, caminhões e motos durante todo o dia, e também à noite, com suas respectivas buzinas e seus freios; tosses, espirros, gritos e conversas no hotel e fora dele; sirenes da polícia e das ambulâncias.
Tudo isso aliado à poluição, essa entidade nada etérea, à qual não estou acostumado.
Resultado: noites mal dormidas.
Quem mora por aqui, e convive com essa realidade, adora. Tem gente que não troca Sampa por nada...
Mas eu ainda penso que essa megalópole é uma verdadeira máquina de fazer doidos.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Ele ficou surpreso...

No Estadão, aqui.
Evangelista se diz 'surpreso' por mundo não ter acabado no fim de semana
Fiéis se disseram preocupados e estão preocupados com dinheiro gasto
23 de maio de 2011 | 16h 01

Como já havia dito no post anterior, agora os bocós estão preocupados com o dinheirão que foi gasto na "campanha".
E o bocó-mor se diz "surpreso". Por que será que eu não fiquei? Estou cansado de charlatães desse naipe. Eles têm aparecido aos montes, e sempre há os que seguem essas ideias estapafúrdias. E a tendência é que apareçam cada vez mais.
- Você é intolerante! diriam alguns.
- Você é um chato, insensível, agnóstico! diram outros.
Não, sou extremamente implacável com fanáticos.

sábado, 21 de maio de 2011

O que aconteceu?

O que aconteceu?
Por que todos ainda estão por aqui? Ou quem ficou vai curtir um inferninho básico?
Já passa das 18h00 e, pelo que se sabe, ninguém foi "arrebatado".
Os bocós erraram mais uma vez, certo?
Podem entregar minha paçoquinha aqui em casa. Caso não queiram aparecer, por estarem com vergonha, peçam para o motoboy.
E agora, como ficam as famílias que saíram para acompanhar a tal distribuição de panfletos e pregar o arrependimento?
Os tontos pediram demissão, venderam tudo (ou entregaram gratuitamente?), e gastaram o que tinham.
Vão pedir para que suas coisas sejam devolvidas?
E quem vai dar emprego para eles, já que o mundo não acabou, e nem vai acabar? Quem vai empregar um fanático religioso, que pode abandonar suas atribuições e responsabilidades a qualquer momento, pois acreditou em algum líder religioso lunático?
Eu costumo dizer que lugar de doente é no hospital, e lugar de louco é no hospício.
Ei, esperem um pouco. Respondam-me uma coisa: alguém percebeu que a temperatura está um pouco mais alta?

Contagem regressiva

Bem, já passa da meia noite.
Segundo meia dúzia de malucos, estamos em contagem regressiva para o fim do mundo.
Veja a notícia aqui, na Folha. Segue a manchete e os dois primeiros parágrafos.
20/05/2011 - 20h23
Nos EUA, cristãos fundamentalistas estão prontos para apocalipse

DA FRANCE PRESSE, EM WASHINGTON
O seguidores de um pregrador cristão americano já estão prontos para o Juízo Final que, acreditam, acontecerá neste sábado. Alguns deixaram seus trabalhos e viajam por todo o país, instando aos demais a que se arrependam dos pecados "antes que seja tarde demais".
O sermão de Harold Camping, de 89 anos, é que às 18h (horário local) em cada país do mundo --a começar pela Nova Zelândia, às 6h de Brasília-- o arrebatamento acontecerá e os bons cristãos serão levados aos céus, o que dá muito pouco tempo para que os pecadores se arrependam.


Cá entre nós: são vários universos possíveis. Estamos em um deles, que tem aproximadamente 200 bilhões de galáxias. A que chamamos Via Láctea é uma delas, e tem aproximadamente 100 bilhões de estrelas. Nossa estrela, que está numa das pontas de um dos braços desta galáxia, é uma anã amarela, antigamente chamada de estrela de 5ª grandeza, tem ao seu redor 9 planetas. Um deles, na 3ª órbita, tem pouco mais de 3 milhões de espécies catalogadas pela nossa incerta e ainda engatinhante ciência. Entre elas há uma, que se diz inteligente, e que tem mais de 6 bilhões e 200 milhões de indivíduos. Entre eles, meia dúzia de bocós acha que o Grande Arquiteto mandou-lhes uma mensagem, avisando que vai acabar com toda essa coisa insana que aí está.
Algum deles quer bater uma aposta?
Se não acabar, eles me pagam uma paçoquinha.
Mas... E se acabar?
Bem, aí vamos ter que acertar a conta da aposta em algum dos círculos do inferno, como já citou Dante, na Divina Comédia.
Bora lá!
Alguém ainda duvida que Einstein tinha razão?

terça-feira, 17 de maio de 2011

Ficha corrida extensa

- Perturbação da ordem pública;
- Invasão de propriedade;
- Destruição de propriedade;
- Agressão física;
- Brigas;
- Desobediência;
- Cinco fugas.
Alguém diria:
- É uma bela ficha suja, hein?
Ou talvez:
- Mas que bela ficha corrida!
Concordo em gênero, número e grau, mas não estamos falando de um reles delinquente.
Quem está nesta situação constrangedora é ninguém mais, ninguém menos do que ela, a cadela mais safada da paróquia: Suri.
Já destruiu parte uma cadeira giratória (duas coberturas dos pés e a peça de ajuste da mola do assento reclinável), dois tapetes, um pincel usado para tintura de cabelo e parte do pé da tábua de passar roupas, e quebrou três copos.
Numa de suas fugas, invadiu dois bares e uma festa de aniversário, causando verdadeira comoção na vizinhança.
Noutra fuga, arengou com dois cachorros muito maiores do que ela, em uma marcenaria. A sorte é que o alambrado era resistente, e os dois brutamontes não conseguiram pegá-la.
Numa das fugas, mordeu a mão do filho da vizinha, que estava nos ajudando na captura.
Quase todos os dias, fica latindo (não sei se conversa, ou se troca acusações e xingamentos) para o cachorro do vizinho dos fundos.
Quando pedimos para ela sair, ela entra, e vice-versa. Quando pedimos para dar a pata, ela deita.
Bem, toda situação tem dois lados. Ela adora correr e brincar, está sempre disposta, adora colo e carinho, não sai do nosso lado, é muito companheira, e sua audição é particularmente aguçada, estando ligada 24 horas por dia. Ninguém passa em frente de casa impunemente. Ela pode até não latir, mas segue os passos da pessoa em toda a extensão do portão e do muro. Atende um chamado com uma rapidez típica de cachorros pequenos e ágeis.
Sua saudosa “irmã”, Madonna, quando tinha sua idade, também era uma pestinha. Depois tornou-se uma “lady”.
É o que esperamos do furacão Suri.

domingo, 15 de maio de 2011

Ficando de molho 2

Tudo parecia ter voltado ao normal: os espirros, a tosse, a coriza e as dores pelo corpo haviam ficado no passado.
Recuperado, era hora de voltar à quadra, e assim foi feito. Terminado o jogo, a pergunta básica: a garganta está OK? Então, aquela cervejinha foi devidamente aberta. Na noite do sábado, um belo jantar com os amigos.
Um sono profundo e recuperador, para que a manhã de domingo fosse devidamente ocupada com nova incursão pelas quadras de saibro.
Mas eis que, ao acordar, fui surpreendido por mais uma série inexplicável de espirros, devidamente acompanhada pela chatíssima e indesejável coriza.
Recaída devidamente caracterizada, cá estou eu, inconformado por ser novamente infernizado por essa doençazinha chata e inútil.
E dá-lhe chá de alho... Argh!!

sábado, 14 de maio de 2011

Mudança

Os gregos já diziam que a única coisa constante e permanente é a mudança.
Tenho passado por muitas ao longo dos últimos anos.
Foram mudanças de residência, de cidade e de emprego.
Por vezes, rezamos para que elas nem passem perto de nossa porta. É a zona de conforto falando mais alto.
Mas, às vezes, queremos intensamente que elas ocorram. São tempos turbulentos, velozes, incertos, que podem causar escoriações generalizadas e até mesmo permanentes nos relacionamentos não muito bem estabelecidos e firmes.
O tempo passa, certas situações vão se sucedendo e se acomodando, e outras prioridades vão surgindo. A vida vai passando, e aquele desejo ardente torna-se morno, chegando até a tirar um cochilo.
De repente, um fato novo, inesperado, ilumina e limpa os caminhos que pareciam escuros e poeirentos. E lá está ela novamente, a mudança, nos espreitando, brilhando e sorrindo, marota, pronta para nos arrebatar e nos levar pelo caminho há tanto desejado.
Deus escreve certo por linhas tortas, e essa tal mudança se encarrega de nos levar por tais linhas.
Já passou por isso, meu amig@? Isso tudo lhe parece familiar? Pois é, para mim, é quase uma constante. Parece que os gregos já sabiam...
Entretanto, tudo está muito calmo neste momento.
Por isso, algo me diz que ela pode estar na espreita, de novo...

Livros, livros e mais livros

No Estadão, aqui.
13 de maio de 2011 | 0h 00
Acervos pessoais "encalham" em livrarias da cidade

Eis um aspecto interessante da vida de quem gosta de livros.
O que fazer com o acervo, quando seu dono:
1. Não se interessa mais; (é difícil, hein...)
2. Está em dificuldades financeiras; (hoje em dia, bem provável)
3. Passa desta para melhor. (todos estamos sujeitos a ela, que "vive" nos procurando...)
Muitas vezes, a família não quer nem saber daquele "monte de papel velho", que só "fica ocupando espaço".
Daí, temos o outro lado, o das pessoas que querem adquirir os acervos, seja por gosto, seja por querer aparecer.
É a lei da oferta e da procura. mas, pelo que diz a reportagem, parece haver mais oferta do que procura.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Drops

- Com tantas coisas para se preocupar, afinal de contas, por que o Brasil quer entrar (aqui, uma das muitas reportagens) para o Conselho de Segurança da ONU?
- Osama, Obama, execução, eliminação, Seals, terrorismo, Al-Qaeda, Bin Laden, CIA, Síria, Paquistão, Afeganistão, guerra, mansão, pardieiro... Já encheu! Ninguém fala de outra coisa?
- Tucanos falam mal de petistas, petistas falam mal de tucanos, mudanças de partidos travestidas para enganar a legislação de fidelidade, reforma política para inglês ver, 2012, 2014, trem-bala empacado, obras empacadas, ministros que abusam de diárias... Sinceramente: mudou alguma coisa?
- Inflação que sobe, inflação que não desce, álccol que some, álcool que aparece, juros altos, juros altíssimos, carga tributária altíssima, carga tributária nas nuvens, gasolina cara, gasolina exorbitante... Pergunto de novo: mudou alguma coisa?
- E, para terminar, o prontuário da Suri aumentou de novo: mais uma fuga contabilizada. Agora, já são três. E isso em um mês. Ah, essa cachorra...

sábado, 7 de maio de 2011

Ficando de molho

E o final de semana chegou!
Na sexta-feira, jantar e flash-back.
No sábado pela manhã, tênis. À noite, churrasco.
No domingo pela manhã, mais tênis. Depois, almoço especial do Dia das Mães.
...
Seria uma programação muito boa, se não fosse por um pequeno detalhe: um resfriado totalmente inesperado.
Muitos espirros, muita tosse, e uma coriza simplesmente infernal.
Nada como uma doençazinha besta e chata para atrapalhar toda uma estratégia bem armada.
O resultado esperado: muita diversão.
O resultado obtido: dois doentes de molho.
Quem gostou? A Suri, que ganhou companhia.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Prepare-se, contribuinte 2

Na Folha, aqui.
05/05/2011 - 13h01
Câmara aprova plebiscitos para dividir Pará em três Estados
Reportagem de Larissa Guimarães, de Brasília
O primeiro parágrafo:
A Câmara aprovou nesta quinta-feira a realização de plebiscitos no Pará para a criação de dois novos Estados, Carajás e Tapajós. Os dois territórios poderão ser desmembrados do Estado do Pará.

Com as tradicionais desculpas de que as regiões se desenvolverão, os contribuintes, já devidamente espoliados de seu suado dinheirinho, devem se preparar, pois teremos:
- 2 novos governadores e seus 2 vices, devidamente assessorados por várias dezenas de secretários de estado e por centenas de cargos comissionados (a suprema felicidade dos partidos políticos das chamadas bases aliadas);
- 2 novas Assembleias Legislativas, com várias dezenas de novos deputados estaduais e seu séquito de assessores parlamentares;
- Mais 6 Senadores e, no mínimo, mais 16 deputados, a não ser que algum Estado reduza a quantidade de seus representantes (o que acho muito difícil de acontecer), e seus respectivos assessores parlamentares (centenas deles);
- Novos Tribunais de Justiça, com seus respectivos juízes e desembargadores, 2 novas seções da Justiça Federal, e novos Ministérios Públicos, federais e estaduais, além dos analistas e técnicos judiciários;
- Dois novos Tribunais de Contas Estaduais, com seus respectivos auditores, analistas e técnicos;
- Duas novas capitais, com todos os respectivos prazeres e problemas daí advindos (entre eles, a especulação imobiliária);
- Dois novos conjuntos de palácios e prédios públicos para acomodar toda a máquina administrativa (a suprema felicidade das empreiteiras);
- Milhares de novos servidores públicos para fazer as engrenagens administrativas andarem (a suprema felicidade para a indústria dos concursos), inclusive fiscais do ICMS.
Está bom assim, só para começar?

Se é moda lá...

Na Folha, aqui.
05/05/2011 - 07h05
Moda nos EUA, cílios para carros chegam ao Brasil
Reportagem de Ricardo Ribeiro

Eis aí mais uma importante inutilidade importada dos reis do "marketing": "cílios" para colocar nos faróis dos carros.
Um típico exemplo do supra-sumo de não ter mais em que gastar dinheiro.
Será que esses "acessórios" são mesmo uma moda nos EUA? Isso é de gosto extremamente duvidoso. Se bem que gosto não se discute. Lamenta-se...

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Pai desnaturado

Caramba! Sabe aquela "pulga atrás da orelha" que fica incomodando?
Já faz alguns dias que estou assim, mas não descobri o que era.
Até agora há pouco...
Ao olhar os primeiros posts, constatei algo terrível: sou um pai desnaturado!
Em 12 de abril de 2011, mais exatamente às 22h12, este blog completou um ano de existência.
Nem uma lembrança, nem um bolinho, nem um brigadeiro...
Mas faço agora um mea culpa.
E faço este post comemorativo, com direito a bolo, em homenagem aos meus leitores, que me acompanham desde então. São poucos, AINDA, mas são queridos.
Se não fosse por eles, talvez eu já tivesse desistido.
Obrigado pela companhia, e pelos comentários.
Uma pessoa, dentre tantas, merece um agradecimento especial: Mônica, do blog Crônicas Urbanas.
Bem, meu presente, bem singelo, é continuar a escrever.
E peço que vocês, meus caros companheiros de caminhada digital, continuem a aparecer.
E vamos rumo ao 2º aniversário. Só espero me lembrar a tempo...


A imagem eu tirei daqui.

Crônica de uma morte anunciada

Caros amigos, infelizmente somos testemunhas oculares da história, e lemos, ao mesmo tempo em que escrevemos, a crônica de uma morte anunciada.
Vemos, através do vidro da UTI, nosso meio ambiente moribundo, deitado numa cama, todo entubado.
Grandes partes de seu corpo são amputadas, a cada dia.
As atribuições dos principais órgãos ambientais estão se esvaindo, tal como o sangue flui de um corte profundo.
A capilaridade dos órgãos ambientais diminui a olhos vistos, tal como as pequenas veias colapsam.
Sua capacidade de execução está reduzida, garroteada pelo corte de verbas, tal como um membro prestes a ser amputado.
Estão todos fracos e atrofiados, por não poderem se mover.
Estão enjoados, de tanto engolir sapos.
Sua capacidade pensante está prejudicada pela evasão de servidores,
tal como a morte dos neurônios causada pelo Alzheimer.
Aquele que seria o suposto remédio, o tal novo código florestal, pode ser um
veneno amargo, de efeito muito rápido.
O sangue está contaminado, tal qual nossas águas.
Os pulmões estão prejudicados, devido ao ar poluído.
Os olhos estão obstruídos, devido à ganância, tal qual catarata.
A surdez já se instalou, causada pelo barulho incessante das máquinas do progresso.
A pele está insensível, devido ao efeito dos produtos químicos tóxicos.
Depois que o último tubo for retirado, depois que o último suspiro ocorrer, o que não deve tardar, por favor, alguém pode apagar a luz da UTI?

terça-feira, 3 de maio de 2011

Dica de Rádio

Para quem é da Geração Rock'n'Roll, fica mais uma dica: Kiss FM, aqui. Depois, basta clicar em "Ouça ao Vivo", e escolher o player de sua preferência.
Para quem estiver nas cidades abaixo, basta sintonizar:
São Paulo: 102,1 MHz
Litoral Paulista: 90,1 MHz
Brasília: 94,1 MHz
Campinas: 107,9 MHz



Quem tiver mais dicas de rádios dedicadas ao Rock, fique à vontade para nos indicar. A Família Roqueira, penhorada, agradece.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Olha ela aí de novo!

Lembram dela? Escrevi um post sobre o caso, aqui.

Na Folha, aqui.

26/04/2011 - 08h53
Londres nega entrada à mexicana que fez greve de fome para boda real

A "greve de fome" tal Estíbalis Chávez durou 16 dias, e ela emagreceu 8 quilos. Acabou conseguindo um "patrocinador" para pagar a viagem a Londres, e levou o tal quadro embaixo do braço. Isso é que é ter dinheiro sobrando.
Agora o cara tenta conseguir que alguém se responsabilize por ela na Inglaterra, para que as autoridades a deixem entrar no país.
Com isso, ambos vão ganhando mais quinze minutinhos de fama.
A propósito: Billy e Kat nos convidaram, mas não vamos poder comparecer. Temos um outro casamento no sábado, e não conseguiríamos voltar a tempo.
Para quem quiser, as TVs (abertas e a cabo) vão cobrir o "casamento real" já a partir das 05h00, com direito a comentários dos "especialistas" (sempre eles! Decerto devem ser especialistas em casamentos reais, pois não?).
Realmente, um programa "imperdível".
Por favor, me incluam fora dessa.

Seus problemas acabaram!

Tanto faz se você assiste aos canais abertos ou aos canais pagos. Eles estão lá, implacáveis, quase onipresentes: os tais infomerciais de equipamentos de ginástica.
Eles são a última palavra em tecnologia.
Todos prometem verdadeiros milagres, como reduzir medidas, tonificar músculos, definir contornos, aumentar a massa muscular, criar corpos de dar inveja em “ratos de academia”, e tudo isso com apenas cinco minutos diários, sem esforço, no conforto do seu lar etc, etc, etc. Basta assistir a qualquer “programa” do tipo “seus problemas acabaram” para saber do que estou falando.
Vejo esse verdadeiro bombardeio como uma faceta negativa da vida atual.
Toda essa parafernália tem sido criada, fabricada e vendida por empresas norte-americanas, legítimas representantes do “american way of life”.
Nossos irmãos de continente sempre foram os reis da invenção e da “criação de necessidades”: máquinas de lavar roupas, máquinas de secar, máquinas de lavar louça, fornos elétricos e de microondas, enceradeiras, aspiradores de pó, facas elétricas para pães e carnes, TVs, videocassetes e DVDs com controles remotos universais, videogames...
Se, por um lado, tais brinquedinhos facilitaram e facilitam e reduzem nosso trabalho braçal, por outro lado fazem com que, cada vez mais, trabalhemos menos.
Eles também são os inventores do “fast-food”, verdadeiras bombas calóricas que atormentam nossos combalidos sistemas digestivos (não gosto da expressão sistema digestório, como já li em alguns livros).
Esses dois fatores, sedentarismo e excesso de calorias, fabricaram, fabricam e continuarão fabricando gerações de obesos.
Para resolver isso, os mestres do marketing inventaram os tais aparelhos de ginástica, numa vã tentativa de transformar entediados gordinhos em verdadeiros atletas.
São milhares de dólares (ou reais) gastos em traquitanas que, depois de algumas semanas de pouco suor, resultados pífios e ocupação de lugares preciosos nas casas e apartamentos, serão verdadeiros estorvos acumuladores de pó.
Quem gosta são as empresas, que faturaram e levaram o seu precioso e suado dinheiro.
Ficam a frustração e o buraco na conta bancária.
Mas, espere um pouco! Em mais um daqueles muitos programas matinais (ou seria em um vespertino?), eu ouvi que o chocolate ajuda a diminuir a depressão e o sentimento de vazio. Além disso, disseram que ajuda a emagrecer... Onde está aquele maldito telefone sem fio? Vou ligar já e pedir aquela caixa que a moça falou. Ei! Ei! Por que não duas? Eles dão desconto, e ainda parcelam no cartão! E ainda tem o tal cogumelo milagroso...
Definitivamante, seus problemas acabaram... de começar!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Para você que se acha muito importante

Há pessoas neste mundo, nosso querido terceiro planeta, que se acham o supra-sumo da quintessência, que se acham extremamente importantes. Pensam(?) que deveriam ser tratadas como delicadíssimas peças de cristal, ou com uma improvável veneração.
Aqui você pode assistir a um vídeo do filófoso Mário Sérgio Cortella, que fala de maneira magistral sobre uma coisa que penso já há muito tempo. O nome do vídeo já dá uma boa pista: Você sabe com quem está falando?
Vale a pena gastar alguns minutos para assisti-lo.
Mas você, meu caro leitor, deve prometer-me uma coisa: reflita bastante sobre o que ele fala. Analise bem as suas atitudes. Você pensa que a arrogância ainda vai levar nossa mísera espécie a algum lugar, além do túmulo?

domingo, 24 de abril de 2011

Final de festa

Quatro dias de folga, com muito sol, tênis, música, algumas leituras e descanso.
Espero que todos tenham curtido o feriadão com moderação na bebida e muita responsabilidade no trânsito. Só para variar, as notícias que vi agora há pouco davam conta de muita lentidão nas principais vias de acesso a Sampa e ao Rio. Nada de novo no front. É o preço que se paga pela viagem.
Por aqui, o chocolate em si não foi um problema. Comi só uma barrinha e um bombom.
O que pegou foi o almoço: bacalhau, peixe assado na brasa, sushi, lasanha, churrasco de linguiça e espetinho de queijo coalho... Light, mesmo, foi a salada de legumes no vapor.
Ah, sim! E ainda teve creme de cupuaçu e sorvete de creme de sobremesa.
Já ouviram falar de "olhos maiores que o estômago"?
Caramba, estou estufado até agora. Algo me diz que vou ter que caprichar no tênis nos próximos dias.
Uma boa semana a todos, e até de repente!

quarta-feira, 20 de abril de 2011

A procura pelo foragido e pela procuradora

Na Folha, aqui.
20/04/2011 - 09h16
Foragido da Justiça, médico Abdelmassih será pai de gêmeos
O médico Roger Abdelmassih, 67, que está foragido da Justiça sob suspeita de ter abusado sexualmente de pacientes, será pai novamente. A informação é da coluna Mônica Bergamo, publicada na edição desta quarta-feira da Folha.
A reportagem completa está disponível para assinantes da Folha e do UOL.
A mulher do médico, a procuradora Larissa Maria Sacco, 32, o acompanha na fuga e está grávida de gêmeos. Ela já tinha engravidado no ano passado, mas perdeu o bebê.

Esta merece um post.
Não li a reportagem completa, pois não sou assinante da Folha.
Mas algumas coisas precisam ser esclarecidas com urgência, e se isso está na tal "reportagem completa", não deveria ficar restrito somente aos "assinantes":
1. Se a nota foi dada pela Sra. Mônica Bergamo, ela soube desse "importante fato", uma simples gravidez, através de alguém, que sabe do paradeiro do foragido. Mesmo que mantenha o sigilo de sua "fonte", ambas estão ocultando algo muito importante da Justiça, que é o paradeiro desse procurado, acusado de dezenas de estupros.
2. A mulher do médico, segundo a reportagem, é uma procuradora. Não sei a qual nível federativo ela está ligada, municipal, estadual ou federal. Mas o fato de uma procuradora estar junto dele, e acobertando um foragido, é uma infração funcional gravíssima.
3. E, se é realmente uma procuradora, e se está participando da fuga, não está trabalhando. Está afastada? Está de licença? Pediu exoneração? Ou simplesmente abandonou o emprego? Se ainda está vinculada a um empregador, está recebendo salários?
4. Se ela está junto dele, não se pode rastrear eventuais saques em contas bancárias, para estabelecer uma rota de fuga?
Perguntas, perguntas, e mais perguntas. Até o momento, nada de respostas, e muita indignação.
Só mais uma perguntinha: até quando?

terça-feira, 19 de abril de 2011

Uma nova companhia

Passados seis meses (caramba, como o tempo passa rápido!) da partida de nossa querida Madonna (aqui), temos uma nova companheira.
Perto do Carnaval, fui passar uns dias com o meu pai. Já sabíamos que ele recebera de “presente” uma cadelinha. Lá chegando, encontramos dois seres estressados: um de duas patas, e outra de quatro patas.
Ele nunca teve um cachorro, e não sabia cuidar dela, que passava os dias num corredor e na lavanderia. Não podíamos abrir a porta da cozinha, que ela entrava como uma doida em casa, pulando em todo mundo e fazendo a maior bagunça. Ele gritava com ela, e ela não entendia nada, com um medo terrível, tremendo como vara verde.
Depois de uma conversa séria, de filho para pai, resolvemos trazê-la para nossa casa.
Compramos uma caixa de transporte, e fomos direto para o adestrador que treinou a Madonna. Lá ela passou um mês, sob os cuidados de seu “professor”.
Chegou aqui em casa há duas semanas.
Deu-nos alguns prejuízos, pois derrubou três copos que deixamos ao seu alcance, e mordeu uma proteção plástica do pé de uma cadeira giratória.
E também nos deu uma bela dor de cabeça, fugindo por uma fresta do portão, durante frações de segundo de vacilo, logo na sua segunda noite por aqui. Tivemos que rodar o bairro por quase meia hora, até encontrá-la às turras com dois cachorrões de uma madeireira, a cinco quadras de casa. E, para ajudar, ela estava no começo do cio. Tive que espantar um vira-latas preto que estava por perto, já tentando uma paquera.
Mas, depois disso, afirmo que ela está se adaptando. Podemos dizer que começou a “entrar nos eixos”.
Adora brincar, ainda não é totalmente obediente, não para quieta, mas é muito carinhosa. Sua audição é muito boa, e seu faro parece ser muito apurado. Segundo sua “certidão de nascimento” (a ficha do veterinário), tem quase um ano.
Eis aqui nosso novo anjo de quatro patas: Suri, uma legítima vira-latas.

Não é uma homenagem à filha do Tom Cruise. É que ela, quando fica em pé, se parece com um suricato. Magrela, marrom, com o focinho afilado, e está sempre atenta.
Essa cadelinha ainda vai dar muito o que falar.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O fascínio pelas pedras

No Globo, aqui.

Publicada em 13/04/2011 às 16h47
Diamante rosa fica sem comprador em leilão

A pedra em questão é um diamante rosa arroxeado, de meros 10 quilates (por volta de 2 gramas). A previsão era de que atingisse um valor próximo a US$ 15 milhões, num leilão organizado pela Christie’s. Mas nenhum dos dois clientes que deram lances sequer chegou perto do que o proprietário pedia.
Não sou geólogo, mas gosto de pedras.
Sei lá, mas deve ser por causa da influência de minha mãe, que era professora de geografia. Boa parte dos livros, lá em casa, era dessa disciplina.
Quando viajávamos, ela ficava me mostrando e explicando os tipos de formação rochosa, e também as características dos diversos tipos de vegetação que víamos. Imagine só: eu tinha uma professora particular de geografia.
Muitos anos depois, morei próximo a Búzios, no litoral do estado do RJ. O local, por si só, é um paraíso para turistas, e também para geólogos e biólogos.
Às vezes íamos passear por lá, nos finais de semana, e uma passada pela chamada Rua das Pedras era obrigatória.
Havia (não sei se ainda está aberta) uma loja de venda de pedras preciosas e semi-preciosas, e minha parada ali era religiosa. Eu ficava (e ainda fico) fascinado, apreciando a beleza e a variedade das gemas ali expostas. Não foram poucas as ocasiões em que minha esposa ia olhar as lojas de roupas, e eu ficava conversando com um dos vendedores sobre aquelas preciosidades. Chegaram até a perguntar se eu era geólogo. Fui franco em admitir que era apenas um engenheiro curioso. A moça não pareceu ter ficado muito satisfeita com a resposta.
Acredito que muitas outras pessoas se sintam atraídas pelas pedras. E penso não ser só pelo preço, mas também por essa estranha energia que elas emanam.
Disseram-me certa vez que, esotericamente, não somos nós que escolhemos uma gema, mas sim que ela nos escolhe.

terça-feira, 12 de abril de 2011

O céu dos gauleses

Em Asterix, história em quadrinhos clássica de Goscinny e Uderzo, os gauleses tinham medo de que o céu caísse sobre suas cabeças.
Hoje sei o que eles sentiam.
O dia começou calmo, fresco, com céu completamente azul.
Por volta de dez horas, temperatura mais alta, sol forte e várias nuvens no céu.
Na hora do almoço, muito vento, nuvens escuras e ameaçadoras. Caiu apenas uma garoa.
Por volta de três horas a chuva parecia querer ir embora, pois alguns raios de sol voltaram a aparecer.
Às cinco voltou a ventar, e já parecia quase noite.
Às cinco e meia, raios começaram a estalar pelo céu.
Às seis, estou dentro do carro indo buscar minha esposa na aula de ginástica e, enfim, vejo o dilúvio "em pessoa", parecendo ter voltado com toda a pompa e circunstância, diretamente das páginas bíblicas, auxiliado por ventos muito fortes, muitos raios e várias quedas de energia, complicando o trânsito na volta para casa.
A enxurrada estava por todos os lugares.
Folhas caídas, galhos partidos, semáforos inoperantes e vários pontos da cidade às escuras.
Eu e minha esposa resolvemos fazer uma parada providencial numa padaria. Pedimos dois sanduíches e, calmamente, esperamos.
Chegamos em casa debaixo de chuva, mas tudo parecia estar voltando ao normal.
O céu ainda está nublado e ameaçador, mas parece estar mais calmo. Ao menos por enquanto...
Agora sei o Asterix queria dizer com "espero que o céu não caia sobre nossas cabeças"!

domingo, 10 de abril de 2011

Drops

- As águas de março fecham o verão, e as águas de abril abrem o outono: em Araraquara, 20 minutos de chuva fizeram bastante estrago. Na casa do meu pai, apenas alguns rufos se soltaram. O jardim ficou bastante prejudicado. A força da natureza é implacável.
- O outono parece que finalmente resolveu dar as caras: dias ainda quentes, noites com temperaturas mais baixas (muito gostoso para dormir), e aquele céu azul inconfundível. Uma luminosidade mágica.
- Uma barbaridade, com final trágico para muitas famílias. Sobram perguntas sobre a aquisição das armas e da munição, sobre o treinamento no manuseio das armas, sobre o ingresso na escola, sobre a premeditação, sobre tendências comportamentais, sobre abusos, sobre religião, sobre segurança, sobre, sobre, sobre... Agora, ou ouvimos "especialistas" à exaustão, querendo provar suas "teses", ou desligamos nossos aparelhos de TV, pois esse assunto vai dominar a mídia por um bom tempo. Mas, assim como ele, há muitos outros por aí, prontos para "dar o bote". Serei direto: pessoas assim não precisariam fazer parte de nosso convívio. Lugar de louco é no hospício. Se bem que louco, mesmo, come cocô e rasga dinheiro. Esse aí, ao que me consta, não fazia nenhuma das duas coisas...
- Este afastamento voluntário da internet até que tem feito bem. Já consegui organizar muitas coisas aqui em casa. Só falta ânimo para retomar minhas leituras. A pilha de livros é grande... O tênis vai muito bem, obrigado.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Desejos e necessidades

Caro amigo leitor,
Como estão seus níveis de desejo? Estão compatíveis com suas reais necessidades?
Você tem sido um comprador compulsivo? Tem olhado as vitrines com avidez? Tem acessado com excessiva frequência vários sites de compras? Seu cartão de crédito está no limite do aceitável?
O quê? Já está no limite do seu quinto cartão?
Bem, talvez todos nós estejamos precisando rever nossos conceitos, e baixar a velocidade de nossas vidas.
Vale a visita no site de onde tirei estas imagens, que comparam bem desejos e necessidades, aqui. A página é de Erin Hanson, e se chama Recovering Lazyholic.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Prepare-se, contribuinte!

Essa eu li no Correio Braziliense, aqui.

LEGISLAÇÃO » Veículos deverão usar placas refletivas a partir de 2012

Agência Estado
Publicação: 23/03/2011 17:26
A partir do ano que vem, todos os veículos deverão usar obrigatoriamente placas refletivas nos emplacamentos, segundo resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) publicada no Diário Oficial da União hoje.

É, meu caro leitor contribuinte.
Não basta pagar praticamente 50% do valor do carro em impostos. Ainda temos que pagar o licenciamento, o IPVA e o seguro obrigatório.
Nas estradas, temos os inúmeros pedágios.
Os nossos combustíveis estão entre os piores e mais caros do mundo.
Nossas estradas e ruas são mal projetadas, e estão sempre esburacadas. Os radares são insaciáveis. A sinalização é sofrível.
Temos que "renovar" nossas carteiras de habilitação de 5 em 5 anos, fazendo "cursos" e "exames médicos".
O preço das autopeças e da hora de serviço nas oficinas está pela hora da morte. Nem vou falar sobre os preços das chamadas "autorizadas", porque aí entramos no caso de assalto a mão desarmada.
O preço do seguro não para de aumentar, apesar de o valor dos veículos despencar ladeira abaixo.
Agora nossas "autoridades" vieram com mais esse custo para os nossos já combalidos bolsos.
Alguém aí se lembra do famoso "kit de primeiros socorros", que não serviu para absolutamente nada, a não ser para que alguns fabricantes ganhassem às nossas custas?
Alguém também se lembra daquele selinho que tínhamos de colar no vidro dianteiro, lá pelo início dos anos 90?
Quando será que vamos exigir que nossos "pais-da-pátria" façam algo de realmente relevante por nós? Algo assim do tipo "redução drástica da carga tributária", por exemplo.
Minha paciência está começando a se esgotar...

quarta-feira, 23 de março de 2011

Dia da água

Ontem, 22 de março, foi comemorado o Dia Mundial da Água.
Como sempre, tivemos as tradicionais reportagens exaltando a posição privilegiada do Brasil com relação à disponibilidade deste importante recurso natural.
Ufanismo à parte, temos pouco a comemorar.
Ainda temos pouco acesso à água tratada, e muito menos acesso à coleta e tratamento de esgoto.
Muitos rios importantes sofrem com a poluição despejada por cidades e indústrias. E isso não é exclusividade dos grandes rios.
Lixo de todo tipo é encontrado às margens dos cursos d'água.
Doenças de veículação hídrica ainda são causa de mortes, tanto de adultos, quanto de crianças.
Entre os que militam na área, é praticamente consenso: a cada R$ 1,00 aplicado em saneamento, economizam-se R$ 4,00 em saúde pública.
Margens desmatadas e assoreamento são espantosamente comuns.
Há descaso por parte das autoridades e da população.
O desperdício ainda faz parte da nossa cultura.
Ainda se passarão muitos verões até que tomemos consciência de que a água é um bem importante e escasso. Só então poderemos comemorar essa data como se deve.

sábado, 19 de março de 2011

Muito circo, muitos palhaços

Essa visita de Barack Obama ao Brasil está uma chatice.
Todos babando o ovo de Mr. President: políticos, assessores, serviços secretos, serviços não tão secretos, polícias e militares de modo geral.
O público está a milhas de distância.
A segurança está reforçadíssima, a ponto de supostos e possíveis terroristas e manifestantes desistirem muito antes de sequer terem a mais leve intenção de fazer um simples cartaz do tipo "Yankees, Go Home!".
A pauta da mídia está totalmente preenchida pela viagem, pelos detalhes, pelos suspiros, pelas falas oficiais e oficiosas, pelos piscares de olhos, pelas roupas, pelos penteados, pelas comidas, pelos carros, navios e aviões usados ou postos à disposição.
Fico me perguntando: quanto está custando aos nossos bolsos essa visitinha de cortesia de Barack?
Quais serão os efetivos dividendos que essa passagem-relâmpago renderá para a Banânia?
Será que passaremos milagrosamente da condição de simples chicanos à situação de personas gratas na terra do Tio Sam?
Será que não mais precisaremos de visto para ir à Disney?
Será que nossas relações comerciais serão mais parelhas?
Será que deixarão de existir barreiras comerciais e sobretaxas a nossos produtos?
Bem, eu sei qual é a resposta para essas perguntas, com exceção da primeira.
Essa excursão pela América Latina de um dos homens mais poderosos do mundo está plenamente caracterizada: muito circo e muitos palhaços, apesar do pouco público.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Cuidado com a patrulha

Na Folha, aqui; reportagem de Fernando Magalhães.

14/03/2011 - 07h52
Venda de moedas com marca nazista causa reações
O site de vendas Mercado Livre disponibiliza para seus clientes moedas com a suástica, símbolo do nazismo. São mais de 20 peças que correspondem a vários anos da década de 30, algumas da época da Segunda Guerra.
A venda e a divulgação no site provocaram reações na comunidade judaica.


Vivemos tempos de atitudes "politicamente corretas". No fundo, isso tem se tornado uma chatice, devido ao excessivo patrulhamento ideológico. Não se pode mais falar, criticar, fazer piadas, escrever. Em breve, sequer poderemos pensar.
Essa suposta "comoção" por causa da venda de moedas é apenas uma das facetas dessa história. Seria o mesmo se ocorresse com selos.
Não se trata de propaganda nazista, nem de incentivo ao anti-semitismo. Tratam-se de moedas de determinado período histórico, no caso, do período de dominação do nazismo, nas décadas de 30 e 40.
E se as moedas fossem da ex-URSS, do período de governo de Stalin, um dos mais sangrentos de que se tem notícia na história mundial? Haveria manisfestações contrárias? Afinal de contas, dezenas de milhares de soviéticos foram simplesmente varridos da face da Terra por discordarem do regime (muitas vezes, nem isso ficou efetivamente provado, pois bastava uma simples denúncia para que os gulags ficassem cheios).
Oh, tempora! Oh, mores!

domingo, 13 de março de 2011

Uma estiagem providencial

Hoje à tarde, depois de uma ventania daquelas, do aparecimento de muitas nuvens ameaçadoras e de alguns primeiros pingos, cheguei a pensar que os céus desabariam em mais uma chuva daquelas.
Felizmente me enganei. O céu limpou, o azul voltou a reinar, as nuvens se tornaram brancas como algodão e o calor voltou com força.
Com isso, já são dois dias seguidos sem chuva. Nada mal. Já estávamos sentindo cheiro de mofo por aqui.
Conseguimos até lavar e secar as roupas acumuladas durante a semana.
Perguntinha: quanto tempo vai durar essa estiagem providencial?
Já tem gente com medo de que se repitam os mais de 90 dias sem chuva, quando chegar o inverno...

quinta-feira, 10 de março de 2011

A comemoração e o silêncio constrangedor

Durante a apuração do resultado dos desfiles de escolas de samba, as equipes de reportagem fizeram várias entradas ao vivo das quadras das principais escolas. Quem acompanhou viu que todos estavam lá, parados, tensos, preocupados, com os olhos pregados na tela da TV.
Mas bastava que a imagem da quadra chegasse à tela para que todos entrassem em verdadeiro transe, passando da inércia à dinâmica.
Você, caro amigo, já deve ter assistido muitas cenas assim, ao vivo, durante as coberturas de comemorações relativas a títulos, seja de times de futebol, vôlei, o que for.
Está todo mundo lá, feliz, mas relativamente comportado. Bandeiras praticamente enroladas, tambores quase quietos. Enfim, praticamente reina a calma.
O estúdio avisa ao repórter que o link está OK, e a contagem se inicia: 4, 3, 2, 1... Vai!
O problema é que a imagem e o áudio mostram todos ali, parados ao lado do repórter, num silêncio constrangedor, até que, somente alguns segundos depois, a imagem chega no retorno e, aí então, todos entram em euforia, e começam a pular, a gritar, a cantar, a bater os tambores, a tocar as cornetas. Parece até que é de verdade.
Só então o repórter fala a frase tradicional, praticamente aos berros, na tentativa de suplantar o súbito barulho:
- Aqui todos estão muito animados. A festa não tem hora para acabar, etc, etc, etc...
Depois que a entrada é encerrada, e o repórter dá a "famosa deixa", "é com vocês aí no estúdio", tudo volta ao normal. Bandeiras enroladas, tambores e cornetas quietos, calma quase absoluta. Exceção feita às quadras das escolas de samba, onde o êxtase atinge níveis inimagináveis.
Comemoração por encomenda, via satélite, ao vivo e a cores, para todo o Brasil. Todo mundo quer aparecer na televisão...
Afinal de contas, Andy Warhol declarou, um dia, que todos têm direito a seus quinze minutos de fama. Mesmo que os quinze minutos se resumam em alguns segundos, por trás do repórter, numa emissora que nem tenha lá tanto índice de audiência... Se for na Vênus Platinada, melhor...

terça-feira, 8 de março de 2011

Está acabando...

Em algumas horas estará terminado.
Depois de dois meses e oito dias, finalmente o Brasil começará a funcionar, segundo reza a lenda. Bem, em Salvador e Olinda pode demorar mais um pouco, é claro.
Para muitos, o Carnaval é tempo de se esbaldar, de calçar as pantufas de jaca, de escancarar as portas dos armários, de se portar/comportar próximo às raias do ridículo, com uma certa dose de perigo inerente.
Bem, tem gosto e louco para tudo neste mundo meio torto e destrambelhado do cerumano.
Alguns podem perguntar se não sou supostamente "normal", se não gosto de carnaval. Bem, serei sincero: já gostei. Mais pela bagunça e pelos porres homéricos, do que pelo samba em si. Começávamos a secar garrafas já na quinta-feira, e só parávamos no alvorecer da quarta-feira. Uma breve pausa na quinta, e na sexta a maratona continuava. Simples assim: não tínhamos fundo, nem fim. Coisa de adolescentes irresponsáveis, inconsequentes e impertinentes. Que atire a primeira pedra quem nunca fez, ou nunca teve vontade de fazer...
Hoje em dia quero sossego, para poder tomar minha cerveja (ou whisky, ou pinga, o que vier, desde que não seja gim, mas em doses civilizadas) em paz, para poder ler um pouco, e para ouvir o bom e velho rock'n'roll, alternado com algumas músicas dos anos 80 e 90.
Tem gente por aí querendo que não acabe. E tem gente pedindo para que não tenha mais.
Sinal dos tempos.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Dica de Filme

Assisti agora há pouco um filme muito bom, realmente emocionante.
Concorreu ao Oscar de melhor filme, mas quem ganhou a estatueta foi Sandra Bullock, no papel de Leigh Anne Tuohy, coincidentemente no mesmo ano em que ganhou o Framboesa de Ouro por All About Steve.
Trata-se de Um Sonho Possível (The Blind Side), com direção de John Lee Hancock. Tem ainda no elenco, em grande interpertação, Quinton Aaron, no papel de Michael Oher.
O filme se passa em Memphis, Tennessee, e narra a história real de um jovem negro que vem de um lar destruído, sendo sua mãe usuária de drogas.
Ele é ajudado por uma família branca de classe alta, os Tuohy, que acredita em seu potencial. Com a ajuda do treinador de futebol de sua escola, Sr. Cotton, de sua nova família, e da Sra. Sue, Oher trava uma batalha pessoal de superação de desafios, mudando não só sua vida, como a das pessoas próximas.
Vale a pena assistir.

sábado, 5 de março de 2011

Pausa para descanso

Tirei uns dias para descansar, e fiquei propositalmente longe do computador e da internet. Resultado: dezenas de e-mails não lidos, acumulados nas caixas-postais.
Como se diz no Nordeste, o "perrengue" foi enfrentar a estrada debaixo de chuva. Felizmente, tudo correu bem, tanto na ida, quanto na volta. Só vi um caminhão com o "focinho" num barranco, mas não houve vítimas.
Infelizmente, a chuva não deu trégua. Fazia tempo que não via tanta água cair dos céus.
Não pude jogar tênis, saí pouco, mas pude curtir uns dias com meu pai.
E também aproveitei para rever alguns amigos da juventude, com direito a várias cervejas, pois ninguém é de ferro.
Agora, vamos embalar esse tal carnaval com muito rock'n'roll.
Ah! Já ia me esquecendo: folião é o cacete!